NAVEGANDO SOB SEU PRÓPRIO COMANDO, a pequena usuária de akuma no mi, Barlowe D. Pearl estava se dando bem. Pearl vinha de família indigente, e uma das akuma no mis mais temidas e perigosas havia sido comida por questões de fome, e não poder.
ERA QUE...
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A pequena Pearl havia perdido a noção do tempo em que ficou presa naquele quarto escuro e silencioso. O único momento do dia que a garotinha loira se sentia feliz era quando a luz de fora batia pelas grades grossas da janela minúscula que havia no quarto durante o pequeno período de tempo do nascer e por do sol, fazendo Pearl presenciar, mesmo que por um tempo curto, a luz do dia.
A comida vinha de três em três dias, pão e água. Ela estava acostumada a comer pouco por conta das circunstâncias de sua vida, então isso não lhe era problema. Mas quantas vezes havia comido enquanto estava aprisionada? Quinze? Não saberia dizer. Eram dias o suficiente presa para que a garotinha perdesse completamente as contas.
As correntes das algemas kairoseki era longas o suficiente para permitir que Pearl andasse pela sala, mesmo que seja apenas quatro paredes simétricas sem absolutamente nada ao redor. Mas por ter comido uma akuma no mi, cujo pearl nem se quer sabia o nome e muito menos quais eram os poderes, E por ter tido contato direto com kairoseki por dias e dias seguidos, Pearl mal conseguia se por de pé.
A ideia de Doffy era manter a criança presa até que conseguisse capturar seu alvo principal. Ele não se importou em ir ver a garota nem se quer uma vez, na verdade, não ligou quando decidiu deixá-la a sós no navio com seu construtor naval enquanto ele se divertia em Dressrosa. Pearl ficou feliz com Doflamingo longe, Preferiria nunca mais vê-lo. Havia plantado em sua mente uma figura monstruosa de Doflamingo após entender o que ele quis dizer com "quero os poderes da sua fruta". Ele queria a matar.
Doflamingo realmente não se importava de deixá-la presa por anos, se necessário. Afinal, ela nunca poderia se livrar das algemas, certo?
Errado.
Era mais um dia chegando ao fim, pearl estava sentada abraçando os próprios joelhos. Ela sentia frio. Ela sentia medo. Ela sentia saudade de sua mãe. Mãe. onde estaria Ophelia? Parecia que o tempo havia esfriado e com o frio tudo ficava mais difícil. Pearl com o passar do tempo perdeu a esperança e finalmente cedeu ao destino. Sentiu como se aceitar tudo aquilo fosse o caminho mais fácil para suportar todas essas coisas de uma só vez.
Deitou sua bochecha nos joelhos e encarou o nada. Mas um barulho chamou a atenção de Pearl. Um barulho pequeno e baixo, de algo caindo no chão denso. Uma pedra.
Pearl olhou para a pequena pedra que havia entrado pela janela no quarto, parecia ter sido arremessada, pela velocidade que entrou. Encarou a confusa por alguns segundos, até que, de repente, no lugar onde antes havia a pedra, um homem estava de pé.
O homem era alto, mas não chegava perto da altura de Doflamingo. Usava um longo casaco preto que havia desenhado a jolly Roger na cor amarela, mas Pearl não foi capaz de distinguir o que era, na bainha e manga do grande casaco. Usava calças jeans claras que carregavam na barra manchas escuras desenhadas de tamanho irregulares, assim como no chapéu que usava, que era branco com as mesmas manchas. Para a mente de Pearl, as manchinhas lembravam um leopardo das Neves.
