🫧 Prólogo.

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Há muitos anos, circulava-se uma história pelos corredores da universidade de Shiz que existia uma espécie de dirigível que fez com que inúmeros civis da terra de Oz desaparecerem.

- Vocês realmente acreditam nessa lenda? Eu particularmente acho que seja mais uma sandice que o Mágico saiu espalhando pela cidade para que ninguém desconfiasse que ele era um tremendo mentiroso! - Disse Elphaba zombando do que o grupo de professores conversava.

- Eu não acho que seja mentira, nessas minhas duas décadas e meia já vi muita coisa estranha nesse lugar - Respondeu Galinda.

Elphaba levantou-se da mesa rapidamente e proferiu: - Que bobagem! Já cansei de ouvir essas historinhas de ninar bobas, com a licença de todos, preciso me recolher!

Quando ela terminou de falar, sua voz mostrou-se alterada, o tom levemente alto ecoava pela pequena sala. Elphaba se mostrava estressada quando alguém a contrariava em situações óbvias

Galinda empalideceu com a atitude rude da colega de trabalho, pediu desculpas aos demais e também saiu da sala envergonhada pelo que tinha acontecido naquele lugar. Os corredores estavam quase vazios, avistava-se apenas uma figura verde no fundo segurando um pequeno bloco de notas e um lápis grafite. Galinda se aproximava cada vez mais com o fito de corrigir a atitude grosseira de Elphaba.

— Senhorita razão, aonde você pensa que quer chegar tratando mal todo mundo que tem uma opinião contrária a sua quando se trata desse assunto? Se você não acredita, tudo bem, mas tem pessoas que acreditam e você precisa respeitar as opiniões alheias, afinal, aquilo era uma roda de conversa e não um ringue de luta! - A loira perdeu o fôlego com a rapidez e intensidade que cuspia as palavras em relação à colega.

Elphaba a encarava enquanto afrouxava o colarinho da própria camisa, deu uma risada sarcástica e olhou nos olhos da professora:

- Arduenna, achei que você era bem mais inteligente e que tinha percebido que essa bobagem não passa de uma lorota contada por aquele velho mentiroso...

- Porque você não acredita?! - Exclamou e perguntou Galinda

- Porque eu sei que isso não passa de uma grande tolice, em que ano nós estamos? Nos anos 50 onde todos acreditavam em histórias absurdas?! - Elphaba debochou.

- Certo, eu sei exatamente onde esse dirigível fica, quer verificar se é real ou não?! Galinda expressava suas palavras com certeza.

- Até penso que isso exista... Faça me o favor, Galinda! Eu não sou criança. Minha infância foi repleta de mentiras. Por quais motivos eu acreditaria em mais uma?!

- Eu vou te provar que ele existe. Encontra-me hoje às 20h na praça da Rua Frostford!
Galinda avisou num tom sério e Elphaba não respondeu, apenas arqueou as sobrancelhas.

Zeppelin: Gelphie de volta ao passado.Onde histórias criam vida. Descubra agora