Um assassino está à solta em Hogwarts e está de olho em um prêmio, ou vítima - ₊ ⊹ ᴠᴏᴄᴇ̂.
A cada carta, a cada pista, o jogo se torna mais perigoso. Mas em Hogwarts, onde o perigo e a magia andam lado a lado, quem será a última peça no tabuleiro?
1°...
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— De volta tão rápido? — Mattheo perguntou, levantando o olhar para mim, a expressão de leve preocupação em seu rosto.
Eu fechei a porta atrás de mim, encostando-me nela como se precisasse do apoio para não desabar. — Não sei o que fazer. — Sussurrei, minha voz embargada.
— O que Dumbledore queria? — Draco perguntou, quebrando o silêncio. Seu tom era cauteloso, mas havia uma tensão em sua postura que não escapou de mim.
— Ele perguntou sobre ontem à noite. Sobre a estufa. — Falei, olhando diretamente para ele. — Eu não contei que você estava lá, Draco.
As palavras caíram como pedras no ambiente. Mattheo imediatamente parou de brincar com o anel, sua atenção completamente focada em mim. Draco, por outro lado, continuou imóvel, mas seus olhos estreitaram-se ligeiramente.
— Você não contou. — Ele repetiu, sua voz baixa e controlada.
— Não. — Confirmei, sentindo a pressão em minha garganta crescer. — Mas Dumbledore vai descobrir. Ele sempre descobre.
Draco descruzou os braços e deu um passo à frente. — Por que não disse a verdade?
— Porque eu estava tentando te proteger! — Exclamei, minha voz finalmente rompendo a barreira do controle. — Você acha que eu quero que ele pense que você tem algo a ver com isso? mesmo eu achando que você tem... Ou que ele volte para mim dizendo que menti?
O silêncio caiu novamente, desta vez carregado de uma intensidade quase insuportável. Mattheo finalmente se levantou, colocando-se entre nós como um mediador silencioso.
— Isso não vai ajudar ninguém. — Ele disse calmamente, olhando primeiro para mim e depois para Draco. — Se o velho descobrir, o melhor que você pode fazer é assumir que estava assustada e confundiu as coisas. Diga que não sabia o que fazer.
Eu soltei uma risada amarga, sentindo as lágrimas brotarem. — Isso não vai funcionar. Ele sabe quando alguém está mentindo.
Mattheo aproximou-se, sua voz mais baixa e gentil agora. — Você ainda tem Snape. Ele não vai deixar Dumbledore colocar a culpa em você.
Por mais controversa que fosse minha relação com meu pai, as palavras de Mattheo trouxeram um pequeno alívio. Se havia uma pessoa em Hogwarts capaz de mudar as percepções de Dumbledore, essa pessoa era Severus Snape.
— Ele faria qualquer coisa por você. — Continuou Mattheo. — E, no fim das contas, você é a última pessoa que Dumbledore vai querer como suspeita.
Olhei para ele, sentindo o peso de suas palavras e, ao mesmo tempo, a esperança contida nelas. Draco não disse mais nada.
— Oque você estava fazendo lá ontem Draco? — Perguntei
Draco levantou o olhar lentamente, fixando-o em mim. Sua expressão era ilegível, mas seus olhos pareciam esconder algo um segredo que ele não queria dividir. O silêncio que se seguiu à minha pergunta era tão pesado que parecia preencher todo o quarto, tornando difícil até respirar.
