O carro diminuía a velocidade, revelando uma casa rústica ao fundo. Entramos na garagem, e Taehyung me guiou pelo banheiro, quarto de hóspedes, sala de estar e cozinha. Contudo, algo intrigante despertou minha curiosidade: uma porta no fundo do corredor adornada com adesivos, à qual Taehyung fez questão de ignorar.
Após um banho reconfortante, vesti algumas roupas femininas que surpreendentemente se encaixaram bem. Desci as escadas lentamente, tentando ligar meu telefone trincado.
"Ah, se eu encontrar aquele mendigo de novo..."
"Você não vai fazer nada", interveio Taehyung na sala.
"Se eu tiver algo para me defender, ele vai ver, safado."
"Haha, você tem um bom senso de humor", observou Taehyung.
Sentando-me no sofá, lamentava meu azar. "Terminei de pagar a última parcela mês passado."
"Você é muito boba, Eun-ji. É só um telefone, a única finalidade dele é ligar e receber chamadas."
"Então, por que você tem esse telefone aí?" apontei para o aparelho.
"Hmm, ok, você venceu. Bem, o macarrão já está pronto. Vou te acompanhar até a cozinha."
Minutos se passaram, e eu já estava satisfeita.
O cansaço se refletia claramente em meu rosto, mas ainda assim, continuei a conversa com Taehyung, começando a enxergá-lo com outros olhos. Ele revelava-se uma pessoa inteligente, interessante e atraente.
"Uau, já são 22:06. Já passou da minha hora de dormir", comentei, bocejando.
"Da minha também", respondeu ele, esboçando um sorriso de canto.
"Você já sabe onde é o seu quarto. Irei indo para o meu. Boa noite, Eun-ji. Durma bem", despediu-se Taehyung.
"Boa noite, Senhor Taehyung."
"Fora da empresa, pode me chamar apenas de Taehyung. Afinal, você já é uma boa amiga, Eun-ji."
"Fico lisonjeada, Taehyung. Até amanhã."
Retirei-me da sala e segui diretamente para o meu quarto, entrando e trancando a porta.
A casa estava tranquila até que a campainha começou a tocar diversas vezes. Taehyung acordou e foi diretamente para seu escritório. Ao olhar na câmera de segurança, deparou-se com Jungkook, seu irmão.
"Ei, abre essa porta, mano."
Intrigado, Taehyung apressou-se até a entrada e abriu a porta, surpreso ao ver Jungkook visivelmente agitado.
"O que aconteceu, Jungkook? Por que está aqui dessa forma?" perguntou Taehyung, preocupado com a expressão tensa de seu irmão.
"Ei, vi a Kyung-mi, ela voltou, Taehyung," disse ele.
Naquele momento, Taehyung gelou. Ela havia retornado, trazendo consigo todo o inferno que causara anteriormente. As lembranças dolorosas ressurgiram, e uma sensação de apreensão tomou conta.
Mas afinal, quem era Kyung-mi?
Para isso, precisamos retroceder exatos 5 anos. Taehyung e Kyung-mi eram melhores amigos desde a infância, mas o amor de Kyung-mi por Taehyung floresceu em segredo, ganhando força quando ambos entraram na adolescência. O que poderia ter sido um belo romance tornou-se algo horrível.
O amor entre eles cresceu silenciosamente, e, sem que Kyung-mi percebesse, seu sentimento foi retribuído. Os anos se passaram, e eventualmente, chegou o dia do casamento. Grandes chefes e empresários compareceram, pois uma nova aliança estava prestes a ser selada.
Contudo, o que parecia ser o início de uma nova fase na vida de Taehyung transformou-se em um pesadelo. Kyung-mi, no momento crucial, deixou-o plantado no altar. Não só quebrou seu coração, mas também esvaziou sua conta bancária, deixando Taehyung em pedaços, emocional e financeiramente.
A traição de Kyung-mi reverberou não apenas na esfera pessoal, mas também nos negócios, abalando as fundações de alianças e parcerias. Taehyung enfrentou não apenas a dor da decepção amorosa, mas também as consequências devastadoras de uma traição tão profunda.
E ela estava de volta.
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Paixão Executiva | Kim Taehyung
Fiksi PenggemarEm um mundo repleto de homens de terno, Eun-ji se vê confrontada com a decisão mais intrigante de sua vida: por que, entre todos os homens do mundo, seu coração escolheu Taehyung? Envolta em mistério, ela embarca em uma jornada de autodescoberta, de...