A marca do anjo

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Colocava algumas coisas no carro enquanto falava no telefone com o Scott

Ligação•

eu não vou ao baile Scott, tô indo pra casa da minha vó—disse entrando no carro— baile de escolas não são muito a minha praia

—vai ficar longe daqui por conta do Peter Hale ser o alfa, e provavelmente vai tentar nos matar—disse ele

—dez pontos para o Scott McCall!—disse  animada—quero ficar o mais longe possível das garras dele

—eu tô indo pra esse baile porque sei que ele vai tentar fazer alguma coisa com a Allison e eu não vou deixar—

—que fofo da sua parte Scott, mas Allison Argent não parece ser do tipo de pessoa que precisa de proteção, pelo histórico da família—disse

—ela não é como eles é diferente— questionou ele

—então tá, boa sorte na sua missão—

•••

Desliguei o celular e comecei a dirigir. Eu não tava indo pra casa da minha vó apenas pra ficar distante do perigo mas sim por outro motivo, eu precisava saber mais sobre mim e precisava da ajuda da minha vó

[....]

Estava na sala com a minha vó enquanto foliava o livro de magias conhecido por grimorio e tentando identificar algumas palavras

—ao lado de cada frase tem uma pequena tradução que estar em hebraico—falei olhando umas frases—na linguagem antiga

—eu adoraria ajudar se soubesse algo em hebraico—disse ela

—minha irmã Gracie fez curso de idiomas e um deles era hebraico—disse indo até a minha bolsa—trouxe esse dicionário que ela usava de apoio quando estava aprendendo

Abrir o dicionário preocurando as palavras que estavam escritas no grimorio e achei algumas, não conseguia pronunciar mas aprenderia logo

—se você aprender, fara feitiços como o seu pai fazia—disse ela

—eu não consigo acreditar que tô vivendo mesmo isso, achando que posso agir como uma magá e lançar feitiços por aí—disse fechando o grimorio

—eu sei que não deveria ter escondido isso por muito tempo mas—falou ela segurando a minha mão— agora você precisa seguir em frente

—tá bom então vamos começar—disse confiante

Fomos até o jardim da minha vó que estava cheio de plantas e lindas flores por todos os lados era um lugar lindo e calmo. Levei o grimorio comigo enquanto tentava decorar algumas palavras

—um dia seu pai conseguiu reviver uma flor, ele sabia que era uma das minhas flores favoritas e ele me mostrou como fez ela reviver—disse ela com os olhos brilhantes enquanto lembrava— colocou as mãos sobre ela e a flor ganhou vida diante dos meus olhos

—reviver plantas—falei insegura

Ela pegou um vaso de uma flor que estava morrendo e colocou em uma mesa, me aproximei da flor olhando ela  olhei o grimorio junto do dicionário

—como que eu faço pra reviver uma planta?—perguntei pra ela

Ela tocou nos meus ombros com carinho e olhou a flor

—sinta, tenha vontade de reviver a flor pense em algo bom ou em como a flor seria linda se ganhasse vida—disse ela

Fechei os olhos por um instante não acreditando que estava mesmo querendo que uma flor revivesse. Aproximei as minhas mãos da flor e respirei fundo, pensei em como queria que aquela flor revivesse e nas coisas boas, seguir o conselho da minha vó e abrir os olhos novamente

— não aconteceu nada—disse olhando a flor

—calma filha, tenha paciência e continue tentando até ser real—disse ela  carinhosa

Olhei aquela flor firme eu não desistiria de tentar fazer aquela flor reviver, só assim iria acreditar

[....]

Fiquei ali tentando e tentando porém não conseguir era como se algo me impedisse. Decidir ir dormir porém não conseguir eu levantei novamente e fui até o jardim direto para aquela flor

—eu consigo, sou a filha do meu pai—disse baixinho olhando aquela flor

Aproximei as minhas mãos dela e fechei os olhos e por um instante eu não pensei em nada e logo depois sentir minhas mãos formigarem e abrir os olhos

A flor murcha se levantou aos poucos ganhando cor e vida, meus olhos brilharam ao ver aquela cena e sentir meu corpo ficar leve, derrepente todas as flores e plantas do jardim se mexeram e um vento soprou sobre o jardim mexendo meus cabelos

—você conseguiu, teve seu primeiro contato com a magia—disse minha vó aparecendo

Eu olhei para ela sorrindo e olhei para a flor a minha frente, meu sorriso desapareceu quando sentir meu braço doer e logo começou a queimar por dentro

—meu braço!—falei me ajoelhando no chão segurando o mesmo enquanto sentia dor—vó oquê tá acontecendo!?

—filha, oquê você tá sentindo!?—ela perguntou vindo até mim

Olhei meu braço e puxei a manga vendo meu braço, estava ardendo e logo uma marca apareceu era o mesmo símbolo do anjo da assa quebrada no pingente do meu colar, era como uma tatuagem em vermelho que ardia por dentro como se estivesse queimando

—oquê é isso!?—gritei de dor olhando o meu braço

—eu não sei Ivy nunca vir algo assim—respondeu ela olhando

Quando a marca ficou completa a dor parou e meu braço amorteceu voltando ao normal, olhei a marca passando a mão por cima e tentando tirar aquela marca porém estava grudada na minha pele como se fosse uma tatuagem

—isso era pra acontecer?—perguntei pra minha vó

Ela me olhou sem dar nenhuma respostas e eu olhei meu braço sem entender nada.

[....]

Pela manhã recebi boas notícias do Scott eles conseguiram derrotar o alfa e não se machucaram com exceção da Lydia que foi machucada pelo Peter e estava hospitalizada. Parece que algumas coisas tinham dado certo pra eles infelizmente não pude ajudar eles em nada

—café pronto—disse a minha vó se aproximando da mesa

Eu decidir ficar um pouco mais com a minha vó, na noite passada aquela marca apareceu no meu braço e até agora não consigo entender porque, mas sinto que ouve mudanças em mim

—a marca ainda está aí—disse ela olhando meu braço

—eu tentei tirar mas não tá saindo—falei passando o dedo sobre ela—tem certeza que o meu pai não tinha uma marca dessas no corpo

—eu nunca o vi com ela—respondeu ela

—então parece ser apenas comigo—falei pensativa

—então você deve descobrir oquê é

Olhei para ela pensativa. Seja la como aquela marca apareceu no meu braço eu teria de descobrir como isso aconteceu e agora também teria de treinar os feitiços, e tudo seria mais fácil se o meu pai estivesse comigo

Eu tinha certeza que aprenderia a fazer mais coisas e que provavelmente descobriria novas coisas, mas depois que aquela marca apareceu me sentir mais confiante e determinada e também com uma certa insegurança.








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