Storme - Livro 2

Capítulo Cinco

Melissa Fleck

A vista do quarto de hospedes do apartamento de Noah era maravilhosa demais. A cama era king size e as roupas de cama cinza era a mesma de quando era Nate que dormia naquele lugar. Aquele quarto de longe era o seu lugar, nem aquele era seu apartamento, mesmo que todas as suas roupas estivessem já no closet arrumadas e perfeitas demais e seus produtos no banheiro, com seu shampoo e condicionar no box e suas coisas de skincare em cima da bancada de mármore. Bem-organizado que deixava a dúvida sobre qual dos marmanjos que ficavam a sua volta a mando de Dereck havia sido o responsável pela aquela organização toda. Naquela sexta-feira, o inverno havia chegado com força total. E pelo vidro da janela, ela conseguia ver as pessoas caminhando devidamente protegidas contra as rajadas geladas do vento. E Melissa devidamente protegida com seu típico moletom de Harvard, aconchegou seu corpo no tecido macio e felpudo.

Entretanto, ela não ia para a faculdade. Embora já estivesse fora do hospital, ainda não havia recebido permissão para voltar para a faculdade. Estava perdendo umas boas aulas ali. Aquilo estava matando-a por dentro. Entretanto, cada vez que seu tornozelo doía como um inferno a cada movimento, ela entendia o porquê. Cada esforço era um choro entalado na garganta. Levantar da cama naquela manhã havia lhe rendido umas boas doses de palavrões e lagrimas não derramadas. Entretanto, seguiu mesmo assim enquanto forçava o peso em uma perna, tentando encostar o gesso no chão o mínimo que conseguia para colocava-se para fora do quarto.

Caminhar havia se tornado um inferno, entretanto, ficar deitada na cama também não ajudava a diminuir a dor. E então, depois de tantos dias indisposta em uma cama de hospital, ia usar o primeiro dia que estava livre daquele lugar para fazer o que precisava fazer.

Nate estava sentado na banqueta da cozinha, com seu uniforme escolar, enquanto tomava seu café. A mochila preta estava jogada na cadeira ao lado e indicava que ele já estava preste a sair. Seus olhos estavam focados em seu celular, mas arregalaram-se e quase cuspiu o líquido para fora da boca enquanto saltava da cadeira ao ver Melissa.

— O que você está fazendo de pé, Mel? — Franzindo a testa, ele colocou seus braços sobre os ombros dele, segurando-a pela cintura para equilibrar seu peso nele. — Você sabe que pode chamar quando precisar sair da cama.

— Tem que chamar. — Noah deu ênfase em cada palavra, surgindo por trás. — Você tem dois caras sarados e gostosos a sua disposição. Use-os.

Nate a conduziu sem nenhuma dificuldade para se sentar na cadeira a mesa. Ele tinha quinze anos com músculos salientes para a sua idade, por debaixo do uniforme. Melissa sorriu quando imaginou o quanto ele deveria ser um sucesso com as garotas na escola. Seus cabelos loiros estavam um pouco mais escuros do que Melissa se lembrava, um pouco puxado para o dourado, e em um corte bonito e estiloso. Seus olhos castanhos eram sempre amorosos. E ele era a pessoa mais prestativa enquanto colocava uma xicara e a jarra do café na mesa para Melissa. Ele também abriu a geladeira e pegou algumas coisas; como suco de laranja, leite, cereal, torrada e outras coisas. Colocando perto dela para que não precisasse fazer o mínimo esforço ao pegar. Nate era um menino maravilhoso. Se Dereck tinha alguma contribuição para aquela criação incrível, Melissa ainda não fazia a menor ideia. E não era algo que queria pensar no momento também.

— Você quer que eu faça uns ovos mexidos ou panqueca para você? — Perguntou da geladeira, enquanto puxava a bandeja de acrílico cheia de ovos dentro.

— Eu quero! — Noah respondeu.

— Não perguntei para você. — Nate rebateu. Seu tom era implicante, deixando claro que estava brincando.

— Não quero, Nate. Obrigado. — Ela sorriu e serviu-se de um pouco de café. — Só café está bom.

— É assim que ele trata o tio dele. — Noah reclamou, servindo-se de uma xicara de café enquanto puxava uma cadeira na mesa e sentava-se. — Já vai meu menino?