capítulo 24

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11h25 – Rússia - Moscow

Gabriela Volkov

– Gabriel, tenta puxar o ar e fica acordada – ele fala com aquela voz grossa

Isso é real ou eu morri?

– Gabriela

Novamente oiço o meu nome, é real

Com um grande esforço, faço oque ele manda e em alguns segundos, já estou de volta

Abro os olhos e vejo Lev me olhando preocupado

Ele está vivo e eu não morri

Obrigada Deus

Olho para ele novamente e lhe dou um sorriso de desculpas

– você nós deu um grande susto – fala me abraçando

– eu estou bem, só foi um ataque de asma

– mas você podia ter morrido

– mas eu não morri, eu estou viva, para você – a última parte falo tão baixo que eu acho que ele né ouviu

Lev me põe sentada na pedra, que nem sabia que estava deitada

Olho para os lados vejo as trigémeas com um olhar de alívio, com Stelev de cabeça baixa

– eu tive medo de perder você – falo sem pensar na resposta que ele me daria

Eu sei que eu não sou nada para ele e que ele só se casou comigo, para que os chefes da Bratva, não o incomodassem

Mas eu me apaixonei por ele e isso dói, porquê ele nunca vai me corresponder...

– eu estou aqui, vamos?
Se levanta e estende a sua mão para que eu pegasse ela

– eu estou cansada, não vou conseguir andar, podemos descansar um pouco – falo depois de me levantar e sentir as minhas pernas fracas

– não Gabriela, não podemos, aqui não estamos seguros, temos que ir até a sede – fala e eu me sinto triste por ele não se importar comigo

– tudo bem – falo baixo.
Estava prestes a passar na frente dele
Quando me puxa e me carrega estilo noiva como se eu você um papel

– senhor o seu bra... – Stelev tenta falar, mais ele o corta

– não se preocupe Stelev, eu estou bem – fala

– mais senho.... – o corta novamente

– você não ouviu o que eu disse Stelev ? –  pergunta alterado e me fazendo ficar assustada

– perdão capo

Ele não responde nada, só vai andando comigo no seu colo, com os seus soldados o seguindo

O

que Stelev queria lhe protestar?
Será que ele está machucado?
Não, claro que não, teria visto
Ou ele teria me dito

Apesar de Lev ser fechado, algumas coisas ele se abre comigo.
Só não consigo imaginar como é que fui me apaixonar por esse homem.

Se meus pais estivessem aqui, diriam que eu sou louca.

Sempre me senti insegura em relação a mim, ao meu corpo

No ensino médio, sempre fui zoada, por eu produzir leite
Até já fui chamada de prostituta
Como eles mesmos diziam

" Você não tem vergonha de dormir com homens mais velhos que você?
Com essa sua idade, você já é mãe, isso é uma vergonha para nós mulheres, você não passa de uma prostituta, o seu lugar não é aqui é no bordel "

Só de lembrar isso, me machuca

Só Edu e Alice para me defender deles

É por isso que nunca tive amigos, excepto Alice e Edu
Os únicos que.....

– chegamos – saio do meu transe quando oiço a voz do meu marido

– hum?

– eu disse que chegamos

Fala me pondo no chão, olho para o lugar e tenho certeza que estamos na sede

Ó meu Deus

O lugar é enorme, estamos numa sala, que suponho ser a sala de operações

À uma fila de computadores e pessoas sentadas em frente deles no lado esquerdo

Todos eles mostravam câmera de segurança, que posso dizer de toda cidade da Rússia

No lado direito, também tem computadores, ligadas e mostrando algumas coisas que não sei o que é....

– esse lugar é enorme, até parece uma casa, para uma família inteira – falo para o Lev que me olhava admirado

– essa é apenas a sala de operações – fala sorrindo de lado

– senhor precisamos ver o seu braço – Stelev fala com a cabeça baixa

– o que têm o seu braço? – pergunto preocupada

– não é nada Gabriela, não se preocupe – responde

– me desculpe senhor, mais o senhor levou um tiro e precisamos ver se foi de raspão ou não.

Oque? ele levou um tiro, e me carregou com braço machucado

Meu Deus...

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LùciferOnde histórias criam vida. Descubra agora