𝐅𝐈𝐑𝐄 𝐄𝐘𝐄𝐒, 𝘑𝘢𝘤𝘢𝘦𝘳𝘺𝘴 𝘝𝘦𝘭𝘢𝘳𝘺𝘰𝘯.

▯PRÓLOGO

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Era uma madrugada quente do terceiro mês do ano de 111d.c, naquele tempo, a primeira gestação da senhora da casa Royce iria acabar.
O problema era que, a criança não tinha nascido ainda.
Não importava a posição, não importava quanta força fosse colocada pela Lady Rhea, a criança não queria sair.

Não havia outra solução. Se a criança não nascesse logo, acabaria morrendo e levando junto sua mãe, que já estava cansada demais para colocar a criança para fora. Já havia se passado um dia e quase uma noite em trabalho de parto.

"A criança continua virada." Falou o meistre, olhando para as servas. "A criança não vai sair de modo natural"

As servas temiam pela vida de sua Lady, mas pouco podiam fazer a não ser rezar e rezar para que a criança virasse e vinhesse a nascer saudável.

"Isso é culpa dele", falou Rhea, em uma voz cansada, "Eu o odeio, eu o odeio" repetia ela, enquanto gemia de dor

"Minha senhora, por favor, deixe-nos ajuda-la" falou uma das servas se aproximando.

"NÃO!" Gritou ela, com as últimas forças que tinha

"Meistre..." Falou a segunda das servas apontando para os lençóis que estavam começando a ficar sujos de sangue.

"Não, não, não, não..." Falou Rhea, seus olhos estavam pesando, sentia que não iria aguentar mais.

Um rugido forte foi ouvido do lado de fora. A última coisa que Rhea queria era o seu "querido e amado" esposo em sua casa, para ver uma criança que nem sequer queria nascer.

"Senhora, por favor, aguente..." falou a primeira serva, enquanto ia até a porta para pedir para alguém mandar o Príncipe Daemon embora, mas já era tarde.

O príncipe Daemon já vinha no começo do corredor, abrindo cada porta a procura de Rhea, e quando viu  aquela serva saindo do último quarto, já sabia onde procurar.

"Alteza, por favor, nossa Lady não quer que entre, por favor, vá embora" disse a serva, receosa, na frente de Daemon, o impedindo de continuar.

"Quem é você para me ordenar fazer alguma coisa? Saia da minha frente antes que Caraxes receba uma refeição diferente ao amanhecer!" Daemon falou empurrando a serva e adentrando ao quarto.

Rhea já não respirava mais, ela não suportou a dor incessante mesmo com as grandes doses de leite de papoula que tomou.

"Não há nada em meu alcance." Falou o meistre ao conferir Rhea.

As servas se prontaram a derramar lágrimas pela amada senhora que as deixou.

"Tire a criança" Perguntou Daemon.

"Como?" Perguntou o meistre olhando para o príncipe, um tanto surpreso.

"Tire a criança. Ou essa criança também morreu?" Perguntou Daemon, olhando para a barriga de Rhea.

"É difícil dizer, a mãe morreu, a criança pode ou não estar viva, mas depois de todo o leite de papoula que Rhea tomou acho difícil" falou o meistre olhando para Daemon um pouco confuso.

"Tire a criança", Daemon falou.

As servas estavam surpresas e sentindo medo da tamanha falta de empatia do príncipe mas nada falaram.
O meistre seguiu as ordens de Daemon, e cortou a barriga de Rhea, retirando a criança. Para a surpresa de todos presentes, a criança estava viva, e chorava alto.

"É uma menina", falou o meistre enquanto envolvia a menina num pano branco, caminhando até o príncipe Daemon.

"Chamem uma ama de leite", Daemon falou para as servas que estavam ali que saíram imediatamente, em busca de uma.