Era uma vez em um sonho - Klaus Mikaelson

CAPÍTULO 3: Marcas

— Senhorita Greer, acorde, está na hora de ter alta. - A enfermeira pediu, chacoalhando a menina. Eden acordou ofegante, olhou para seus arredores em pânico, notando que estava de volta ao quarto de hospital com a mesma enfermeira que conversou na noite passada.

— Onde estou ? - Ela suspirou, querendo a conformação de que estava de volta a realidade. A enfermeira deu um passo pequeno, não era incomum pessoas que foram atacados por animais acordarem gritando e ela não queria ser a vítima de um acesso de raiva dos pacientes.

— Você está no hospital, senhorita Greer. Você chegou ontem a noite com uma mordida de um animal selvagem, você se lembra? Eden respirou fundo, olhou pela janela e viu a luz do sol fluindo sobre a mesma cidade que ela viveu nos últimos quatro anos. Suspirando de alívio, Eden se voltou para a enfermeira, ainda tentando controlar sua respiração errática.

— Perdão, me desculpe, eu tive um pesadelo. – Ela se desculpou, embora isso só tenha causado um olhar cético da enfermeira, que avançou até ela mais uma vez.

— Eu verifiquei seus sinais vitais enquanto você dormia, tudo parece estar em níveis normais. Você está bem para ir para casa? – A enfermeira perguntou, implorando secretamente que ela dissesse sim.

Ela queria se ver livre da garota, que passou a noite murmurando frases muito estranhas. Quando estava fazendo a ronda noturna ela checou a menina, escutando ela repetir incessantemente a frase '' den jævelen '' enquanto dormia.

A enfermira sabia que a garota era fluente em espanhol, porém isso não era espanhol, a enfermeira se tornou inquieta sempre que precisava ficar perto dela.

— Estou bem. – Eden assegurou a ela, percebendo o desconforto da mulher.

— Bom, que bom. Aqui estão os papéis da sua alta e as roupas que estava usando na noite passada, elas estão um pouco sujas da sua queda. Tem alguém pra vir te buscar? – Eden balançou sua cabeça, pegando o telefone da bolsa, sabendo que seus amigos deveriam estar preocupados com ela. Sua suposição foi comprovada quando ela notou as cinco chamadas perdidas de Matt e Jeremy.

– Não, estou bem, obrigada. – A enfermeira olhou ceticamente para garota pela última vez antes de sair do quarto, fechando a porta atrás dela. Eden percorreu sua lista de contatos para encontrar o nome de Jeremy e apertou o botão de chamada em seu telefone enquanto assinava os papéis de liberação ao mesmo tempo.

— Eden, que merda, eu vou te matar. – Jeremy gritou assim que atendeu o telefone. Ele esteve enlouquecendo a noite toda, preocupado com Eden e o fato de não conseguir chegar até ela só piorou sua ansiedade. A garota sorriu, feliz em receber notícias de seu melhor amigo, mesmo que fosse uma ameaça de morte fajuta. Ela saiu da cama antes de retirar os itens de sua bolsa para se vestir.

—Olá para você também, Jer. Não sou uma especialista nesse tipo de coisa, mas tenho quase certeza de que você não deveria ameaçar matar uma pessoa que quase morreu na noite anterior. – Ela ponderou, tentando acalmar o menino mais novo. Ela era quem pregava constantemente para Jeremy sobre permanecer seguro e agora ela estava nessa posição, embora esperasse que ele não lhe dissesse isso. Colocando o telefone no viva-voz, Eden tirou a bata do hospital, deixando-a cair molemente no chão.

— O que você estava pensando? – O jovem Gilbert ignorou a piada, preocupado demais com ela para se distrair com seu humor idiota. Eden simplesmente revirou os olhos quando percebeu isso, sabendo que provavelmente estava prestes a levar uma bronca por suas ações.

— Jeremy, por favor, não exagere, eu não sabia que isso iria acontecer. – Eden implorou, deslizando o jeans sujo pelas pernas e prendendo uma mecha de cabelo atrás da orelha.