Amor Platônico

6 0 0
                                    

Eu te escrevi cartas à mão;
Escolhi meu lugar favorito para te levar.
Eu te comprei uns balões e te dei flores bonitas.

Eu coloquei um plano de fundo bonito na nossa relação,
E uma música tranquila para soar.
Eu a encarei bem no fundo dos seus olhos
E a disse o quanto eu te me amava, com todo o meu coração.

Mas imagina como meu coração despedaçou
Quando eu olhei bem no fundo do seu olhar azul
E vi que não era o suficiente.
Que eu não era o suficiente.
Imagina como eu me senti ao perceber,
Que nada do que eu fizesse, faria você gostar de mim
Da mesma forma que gosto de você.
Não importava se era simples ou extraórdinarios,
Se era um presente contido em detalhes
Ou se eu te comprasse o próprio museu do Louvre
Nada disso faria você me amar.

Como eu pude ser tão ingênuo?
Como que eu pude não notar?
Como isso perdurou por tanto tempo?

Por muito tempo, achei que esse tipo de coisa era impossível,
Que essas cosias só aconteciam com os outros,
Mas naquela noite, quando olhei nos seus olhos tão azuis,
Eu entendi que o que eu tinha era um amor platônico
Que nunca seria correspondido
E isso doeu.
Ardeu em cada átomo, em cada célula do meu corpo;
Você queimou a minha alma, amor.

E hoje eu ainda me questiono:
Como foi que eu vivi um amor platônico
Mesmo tendo você aqui?

E a resposta é tão clara quanto um dia ensolarado:
Eu nunca a tive aqui.

Poesias CrônicasOnde histórias criam vida. Descubra agora