O abraço

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Esse capítulo contém cenas sensíveis, e de abuso, mas nada explícito! 


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— Seungmin?

Ouvi distante, meu sono estava tão gostoso, e meu corpo aquecido. Seja lá onde eu estivesse, estava muito aconchegante, então apenas ignorei resmungando, enquanto me inclinava para sentir mais aquele cheiro bom.

— Hnm? Mais cinco minutinhos...

Senti um aperto caloroso em volta do meu corpo.

Ah, tão bom.

Mas meu cérebro sonolento resolveu trabalhar. Então eu lembrei onde estava, como estava e com quem. Abri os olhos assustado quando me dei conta, mas não consegui me mexer. A primeira coisa que vi foi um pescoço branquinho, e um pouco mais pra cima, uma orelha com três piercings.

OH MEU DEUS!

Fechei fortemente os olhos perante a vergonha que senti. Por que eu havia dormido? Caramba Seungmin, você se tornou um pervertido? Ou o que? Quantas vezes eu precisava abusar de Bangchan até que ele se irritasse de verdade?

Impulsionei meu corpo pra frente para sair daquela posição com minhas mãos em seus ombros, notando que o auditório estava praticamente vazio. Até Hyunjin, aquele vigarista, tinha ido embora.

— Ah, achei que queria mais cinco minutos. — Olhei para Bangchan e sua expressão estava pétrea, como quase sempre.

— Desculpe dormir em você. Podia ter me acordado antes. Ia me deixar dormir mais cinco minutos quando todos aqui já foram até embora?

— Você pediu.

— Que?! — Aquele cara era inacreditável. — Não fale isso nesse modo! — Eu estava tão envergonhado. Bangchan não se dava conta de como aquilo era um absurdo?

— Então já podemos ir embora? – Perguntou daquele mesmo modo e senti-me arrepiar com seu tom de voz. Ele não parecia enraivecido, apenas muito sincero. 

— Claro que podemos! — Respondi um pouco alterado, eu estava nervoso. E ultimamente, Bangchan parecia mexer com meus nervos, não mais com meu suposto medo que eu tinha dele.

Parecia que ele na verdade nunca havia existido. Sempre falei para mim mesmo que controlaria meu jeito perto de Bangchan, que talvez ele fosse o único cara que me intimidava de verdade, mas nem isso meu senso de autopreservação era capaz de fazer, na verdade parecia piorar na presença dele. Eu fazia coisas e me comportava de uma maneira tão relaxada às vezes, que me perguntava por que ele ainda não tinha amassado meu lindo rosto. O que era estranho, pois eu sentia que ele, na verdade, estava abrindo brechas para que eu me aproximasse desde o episódio do lago. Mas eu não queria me meter em mais uma confusão, mesmo que estivesse me saindo bem mal nessa proposta.

— Então você devia sair do meu colo.

"Droga, droga, droga!"

— E-eu vou! — Suas mãos seguravam minha cintura, e me toquei, porque eu ainda estava ali? Levantei as pressas. — P-pronto! Você está livre.

Minhas roupas estavam um pouco amassadas, e quando Bangchan levantou, notei que as suas também. Ele olhou em minha direção, seu rosto impassível analisou o meu, quando ele apontou para o próprio rosto.

— Sua bochecha está marcada. — Indicou, usando seu próprio gesto como exemplo do local. Automaticamente levei as duas mãos às bochechas.

— Porque deixou o Hyunjin fazer aquilo? Eu podia sentar em outro lugar, ou ficar em pé. Agora as pessoas realmente vão achar que somos namorados.

Sentimento Oculto - ChanminOnde histórias criam vida. Descubra agora