Que dia de merda.
Ele teve que desfilar na pior peça da coleção, torceu e pé e agora está tendo de que lidar com um monte de pergunta de canal de notícia.
Mas que inferno.
Sua acessora, Rana, entrou no quarto do hospital. Ela não parecia carregar boas notícias.
Não há nada de ruim que não possa piorar, naõ é mesmo?
- Gal... Você se lembra que aproveitamos o incidente para fazer um check-up? - Rana pergunta, sua pele estava pálida, parecia que tinha visto um fantasma.
- Como não lembrar? - Ele pergunta debochando, porém nervoso com o que podria vir.
Ela sequer riu, o que não era típico dela. Ela olhou para Gal com olhos marejados, o que fez o moreno arrepiar.
- Um dos exames constou que você tem um tumor cardíado.
A sala ficou em silêncio, levou alguns segundos para ele compreender completamente o peso dessas informações.
Gal sentiu seu mundo desabar. Esatva no início de sua carreira, não podia simplesmente acabar assim.
Ele não conseguiu dizer nada, sua garganta fechou e seus olhos se encheram de lágrimas.
———
Levou um tempo para ele se acalmar. Rana ficou abraçada com ele por um tempo e só soltou quando julgou que ele estava calmo o suficiente.
Ouviu-se batidas na porta.
- Entra.
A porta se abre e um homem loiro passa por ela. Ele era alto e bonito, um dos médicos.
- Você é Gal, não é? - O médico pergunta.
- Sim. - Ele responde cabisbaixo.
- Bom, imagino que sua amiga já tenha te contado a notícia ruim. De qualquer forma, meu nome é Dante, eu sou o médico responsável pelo seu caso. - Ele anuncia enquanto procura algo em sua prancheta. - Bom, eu lhe trouxe o resultado dos exames do cheack-up. O tumor foi a única anormalidade encontrada, sua saúde está ótima.
- Está ótima mesmo, todo mundo saudável tem um tumor no coração. - Sua voz estava tremula, ele estava com raiva e precisava descontar.
- Um tumor é realmente algo muito sério, senhor Gal, mas, veja pelo lado positivo, nós o encontramos nos estágios iniciais e, se for benigno, o único risco é a cirurgia, nem vai precisar de quimioterapia.
- E ele é benigno? - Gal pergunta, cheio de esperanças.
- Nós saberemos depois de realizarmos mais alguns exames, mas isso é coisa para amanhã. Por enquanto descanse.
———
Foi realizado uma bateria de exames, Gal passou o dia todo como um rato de laboratório. Aparentemente tumores cardíacos eram raros, então haviam alguns pesquisadores curiosos querendo tirar o máximo de informações dele.
De qualquer forma, o dia passou rápido e agora ele estava de volta em seu quarto.
Seu tornozelo ainda doía, mas ele sequer se importava, sua cabeça estava cheia, uma dor tão pequena como aquela não era sua maior preocupação agora.
Doutor Dante adentrou no quarto.
- Vim ver se estava tudo bem, alguma queixa?
- Não tem nada. - Gal respondeu, grosso. Não ia com a cara do médico, não por algo que ele tenha feito, mas é difícil não odiar a pessoa que lhe afirmou que tinha um tumor no coração.
- Bem... Que bom. - O doutor ficou um pouco sem jeito. - Enfim, também passei aqui para dizer que os resultados saem pela manhã, provavelmente estarão na minha mesa antes de você acordar.
- Que bom. - Ele não estava muito entusiasmado.
- Vou me retirar por enquanto, qualquer coisa você pode me chamar. - Ele diz, já saindo pela porta.
- Espera, doutor.
Dante para na porta e olha para trás.
- Você consegue manter os resultados para si?
- Como assim?
- Eu não quero aqueles abutres que ficaram me observando o dia todo sabendo das minhas coisas. Não é da conta de nenhum deles.
Dante sorri, ele odiava aqueles pesquisadores e odiava ainda mais a imprensa que não deixava o garoto em paz e ficavam cercando o hospital.
- Irei providenciar isso, não se preocupe.
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meu marido | dangal
RomanceOs amigos de Dante sempre ouvem muito falar sobre um tal de Gal, que é casado com dante, mas nunca o conheceram. short fic