A cabana.

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-N-nada

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-N-nada. - gaguejo.

- Você sabe o perigo que corre vindo aqui?

-N-Não!

-Pois eu te digo... muito!

Ele entra e fecha a porta deixando tudo escuro.

-O que vai fazer?

-Relaxa... Nada que não doa.

Logo sinto uma dor forte na cabeça e desmaio.

Clarisse.
Vou até o quarto de Melissa ver se ela está melhor. Quando chego ela não está mais lá. Deve ter ido dar uma volta. Desço as escadas e vou até a sala, onde papai está sentado no sofá.

- Está realmente certo disso?- Pergunto.

-sim!- Ele responde com firmeza.

Ficou um silêncio por uns dois minutos.

-Engraçado...

- O quê?

-Até uns anos atrás era eu a travessa daqui .

-Travessa é pouco.

-Ah! Nem tanto também né?

-Como não? Você já "roubou" um avião do palácio e foi parar na África!

-Lembro como se fosse ontem!-Digo dando risada. Bons tempos...

- E quando você conseguiu ser expulsa da escola por que pintou a cara da diretora?

-Nem vem. Essa foi ao menos engraçada.

+Não pra mim. Eu que tive que mexer com as papeladas da transferência!

- E agora minha irmãzinha está seguindo meus passos, que orgulho!- digo fingindo secar uma lágrima de emoção e meu pai revira os olhos.

- Vou ver se sua irmã já está com as malas prontas.

-Primeiro terá que achar ela!

-Hã?

-Ela não está no quarto.

-E onde ela está?

+ Se eu soubesse não teria falado pra você acha-la.

Ele só revirou os olhos e saiu.

Melissa.

Depois de amarrar com força meus pés e mãos ele sai do quarto fechando a porta e deixando tudo escuro. Eu daria tudo para estar naquele internato agora. Uns vinte minutos se passaram e de repente a porta se abre. Era ele. Minha visão está danificada por conta das lágrimas.

-Não chore...

Disse calmo porém com um tom de psicopata.

-O que você quer de mim?

-Eu não quero nada de você!

-Então deixe-me ir!

Por que tão cedo? Não gostaria de um chá?

-Não!

-Ora... eu insisto!

Disse me levantando e me levando até a cozinha, eu quase caia por que esse brutamontes não desamarrou meus pés.
Ele me sentou na cadeira da cozinha e foi fazer o chá.

-Como veio parar aqui?

-Nao é da sua conta Imbecil!

- Céus! Que mau humor!

-Me solte!

-Não recebo muitas visitas. Não posso deixar uma das poucas ir embora assim.

Disse se sentado à mesa com um copo de chá nas mãos.

-Por favor! Me deixe ir. Meu pai e minha irmã devem estar preocupados. Eu prometo não contar que você me amarrou!

Ele apenas sorriu de lado e saiu. Acho que foi ao banheiro. Fui pulando até a gaveta onde ficam os talheres e peguei uma faca super afiada. Eu tinha que ser rápida se ele me pega será meu fim!
Cortei a corda dos meus pés comecei a cortar a das mãos.
Mas infelizmente escuto uma porta abrir. Era ele.
Ou eu saia correndo de mãos atadas ou iria morrer ali! Decidi sair correndo, depois que havia me afastado uns 10 metros da cabana olhei para trás mas sem parar de andar. Ele estava na varanda da cabana de cabeça baixa. Fiquei com dó dele. Vai que tudo isso não passava de solidão? Mas não podia arriscar. Apenas virei para frente e voltei pra casa. Se esse cara soubesse quem eu sou, não ousaria encostar
Em mim!

A irmã da Princesa [Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora