A irmã da Princesa [Revisão]

A namorada do papai.

Cheguei lá em baixo e meu pai estava conversando com uma mulher. Ela era loira com o cabelo ondulado com o olho azul, realmente, cabia perfeitamente dentro dos padrões de beleza impostos pela sociedade.

-Olá filha.- Ele diz.

- Oi... -Respondo desconfiada.

- Bom filha essa é Laura... Ela é... Bem... Minha namorada.

-Quê?

-Oii Mel! Tudo bem?- A tal Laura falou me abraçando.

-Sim...-Respondo sem graça.

-Seu pai me falou de você! É mais linda do que eu imaginava... -Ela disse me soltando.

Acho que isso foi um elogio.

-Obrigada... Papai não me falou de você...-Olhei para ele.

-Precisava ser pessoalmente e você estava estudando... É contra as regras da escola ligar sem que seja uma emergência. -Ele justifica.

-Minha irmã sabia?

-Sim, ela soube.

-hum...

Ficou um clima tenso até que Laura resolver cortar a tensão.

-Mel você estava fazendo faculdade que mesmo?

-Transições internacionais.

-É? Que legal! Minha filha estuda no mesmo colégio que você... Acho que vai gostar dela!

Filha? Oi?Ouvi bem?

-No jantar hoje a noite traga ela para Melissa poder conhecer-la!-Meu pai sugere.

- Boa ideia! Bom amor, tenho que ir, ainda tenho pegar minha pequena no colégio! Beijo! -Deu um selinho no meu pai e saiu.

- Gostou dela?- Ele pergunta sorrindo.

-Quem tem que gostar é você!-Digo séria e vou me arrumar para o jantar.

Subi e entrei no meu quarto. Agora só falta essa mulher me vir com uma pirralha aqui. Pera ela falou que ia pegar a filha na escola? Mas onde  estudei não pode sair! Olhei no meu celular e vi que já era sexta feira. Quando eu  estudava lá eu ficava o final de semana fazendo companhia para a Manu, ela não ia embora.
Fui tomar um banho, quando saí coloquei um vestido de manga comprida branco simples ele era um pouco curto, mas tampava a bunda.
Coloquei um Max colar e um brinco. Passei um perfume e me maquiei. Calcei uma sapatilha branca simples também e desci. Fiquei na sala de estar  mexendo no celular. Quando deu umas oito horas dá noite, a namorada do papai chegou, garanto que trouxe uma anã de jardim pra me atazanar.
Fui até a sala principal (Aqui nós temos a sala de estar que para o uso do rei e das princesas e sala principal que é para receber as visitas, eu acho isso frescura no rabo).
Quando cheguei lá papai já havia recebido elas e... aaah não... Não, não, não, não, não! Eu não acredito! Ela não trouxe um anão, ela trouxe o próprio capeta pra me atazanar!

-Oi Melissa!

- Oi. Vitória. -Comprimento entre dentes.

-Ah! Então já se conhecem?-Laura fala com entusiasmo.

-Sim mamãe, a Melzinha é muito querida!- Vitória responde com toda a falsidade que ela encontrou em seu ser.

Sim! Nada mais nada menos que aquela puta da Vitória.  Sinto que nesse jantar será servido sangue de Vitória.

-Bom, então vamos comer?- Meu pai convida.

- Vamos!-Laura diz.

Durante o jantar estava um silêncio mortal e meu pai infelizmente decidiu quebrar o que estava bom.

-A comida esta boa Vitória?- Thiago pergunta.

-Está sim papai! Posso te chamar assim né?

-Claro que sim querida!

-É claro que não vadia!-Respondo com voz alta.

-Melissa!- Meu pai me repreende.

-Não, tudo bem! Ela só está com ciúmes do pai.  Eu entendo! - Ela fala na maior cara de pau possível.

-Obrigada pela compreensão, e Melissa peça Desculpas a Vitória. -Thiago diz.

- Não!-Falo.

-Melissa, eu estou mandando.

Ele disse em um tom que me deu medo...

- Não vou pedir desculpa nenhuma.

- Melissa! Que modos são esses?

-Papai não briga com ela!- Vitória fala.

- NÃO CHAME ELE ASSIM!!!- Berro jogando o copo de suco na direção dela, que a deixou enxarcada

- Eu estava te defendendo!- Ela diz abismada.

- Eu não preciso da sua defesa!  Muito menos de você!

Laura nos olhava sem reação.

- MELISSA CHEGA!! -Olhei para meu pai e ela estava quase explodindo de raiva.

-Vai para o inferno e leva essa sonsa junto!-Falo saindo.

-MELISSA, VOLTA AQUI!

- Deixa ela amor...-Laura o acalma.

Subi as escadas e fui para meu quarto, quando aquela puta chamou ele de papai eu senti que ia pegar a faca que eu tinha na mão e esfaquear a cara dela, mas me contive. Não acredito que neu pai defendeu eu ela! Tirei o sapato, me joguei na cama e comecei a chorar, por ódio mesmo,  ódio de ver meu pai defendendo alguém que eu tenho vontade de matar. Depois de um minutos eu me acalmei e fiquei lá encarando o teto até umas onze horas. Quando eu decidi dormir meu pai entra sem bater no meu quarto.

-O que foi aquilo?- Ele entra perguntando.

-Não sabe bater não? -Falo.

-Responda.

-Foi aquela guria irritante.

-Melissa seu comportamento foi infantil.

- Infantil foi aquela sonsa te chamando de papai.

-E só por isso você já teve aquela postura terrível.

-Eu só falei a verdade! Ela não pode te chamar de pai e ela é uma sonsa nojenta!

-Melissa! A menina perdeu o pai quando era pequena, tenha consideração!

& Eu também perdi minha mãe quando era pequena e nem por isso fiquei chamando a mãe dela de mamãe!

- Melissa... Você tem que ver o lado dela também...

- Não quero entender o lado dela eu quero mais é que os dois lados dela morram.

- Melissa não estou te reconhecendo!

- Prazer papai! Essa sou eu com ciúmes. -Falo abraçando minhas pernas e apoiando meu queixo em cima dos joelhos.

Ele deu um sorriso de lado.

-Filha, fica tranquila... nunca ninguém vai tomar seu lugar muito menos o de sua irmã.

Ele se aproximou para me dar um beijo na testa e eu o empurrei.

-Sai daqui. No momento estou me contendo para não sair quebrando tudo que tem aqui no quarto em cima de você e daquela sua enteada que você tanto defende. Guarda esse beijo pra ela!

- Melissa...

- SAI!!-gritei.
Sinto que vou matar alguém.