Capítulo 56: Céu Estrelado

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Céu Estrelado

Aproximadamente 200 milhões de anos atrás, no plano central, um planeta apelidado de Betelgeuse, flutuando próximo de sua única estrela anã vermelha, que aos poucos, perdia seu brilho, e massa, estando cada vez mais próxima de seu fim. No equador daquele pequeno planetoide, vários moradores residiam em um pequeno vilarejo chamado Sirius, por conta do fraco sol, suas cultivações eram feitas abaixo do hemisfério norte, aproveitando ao máximo o calor emitido, mal passando dos 30 graus no verão.

Em um dos pontos mais ao sul da cidadezinha, morava uma pequena criança de cabelos pretos, e óculos tampa de garrafa, com casacos para se proteger do frio, caminhando pelas ruas.

Criança: Já está quase anoitecendo, preciso ir para casa logo.

O pequeno caminhava por mais alguns metros, admirando uma fraca aurora boreal ao longe. Se distraindo, acabou se esbarrando em um dos moradores do vilarejo.

Criança: M-M-M-Me desculpe, moço. Eu não prestei atenção. Desculpa aí - Demonstrando constrangimento com a situação.

Homem: Não precisa pedir desculpas, foi apenas um leve esbarrão. Seu nome é Uno, né? Ikki Uno, se não me engano. Tu é o moleque que consertou a roda d'água da cidade, aquilo foi surreal para alguém da sua idade.

Uno: S-Sim, é isso mesmo. Eu adoraria conversar, mas tenho que ir para casa. - Uno rapidamente se afastava do homem e continuava o trajeto até sua casa. Afastando-se um pouco do vilarejo, chegou a uma estrutura em formato cilíndrico, com cerca de 15 metros de altura - Torre doce torre - Uno erguia seu braço direito, olhando para um relógio que estava em seu pulso - Bem na hora - O pequeno abria a porta de sua casa, dentro haviam diversas de suas criações, tendo como sua favorita, um explorador, que futuramente viria a ser conhecido como bússola. Subindo as escadas, chegou ao topo - O céu está lindo, como sempre... - Admirando mais um pouco o laranja e rosa do sol, se tornar o belo azul noturno.

Descendo ao terraço, ligou a televisão, não passando nada de muito interessante.

Uno: Como seria explorar tudo isso? - Olhando para o céu pela claraboia da sala - Ver tudo de perto, descobrir novas estrelas, novos planetas, novas raças e tudo mais que esse cosmos teria para me oferecer. Deve ser maravilhoso, imaginar que...tem tanta coisa além das nuvens, é maravilhoso.

Uno, deitado no chão, abriu o grande sorriso enquanto olhava para cima, a imaginação tomava conta de sua cabeça, pensava sobre como tudo poderia ser além do chão, mundos inteiros, completamente diferentes do seu.

Após alguns segundos pensando, Uno chegava a uma conclusão, ele precisava sair daquele planeta, e descobrir tudo com seus próprios olhos. Pegando seus papéis, montou uma planilha sobre sua mesa.

Uno Divagava: O exército do Libélula virá até aqui amanhã, às 5 da manhã, será que eu tento fugir escondido? - Pensou por um tempo - É loucura...não posso fazer isso, não sei se vou conseguir acordar tão cedo, e mesmo que consiga, será que vou conseguir me manter acordado por muito tempo? - Uno se levantava, subindo ao alto da torre mais uma vez, e não muito longe podia observar o vilarejo onde cresceu. Erguendo sua cabeça para o alto, via o lindo céu lotado com estrelas - Mas, eu não quero passar toda a minha vida aqui...eu quero morrer sendo um grande homem, responsável por diversas descobertas...eu quero explorar a vastidão do universo, e talvez, descobrir se a algo além disso

Uno se virou, ficando de costas para a vila, mas com sua cabeça ainda a olhando.

Uno:

Oh, como anseio... ir além, descobrir um novo amanhã.

Explorar estrelas e mundos, decifrar seus segredos sem fim.

Banimento Final - Ato1 (reformas/hiato)Onde histórias criam vida. Descubra agora