CAOS: o monstro em mim

Capítulo cinco

Breno

Quando eu tinha por aí nove anos estava na segunda classe e na minha turma todos pareciam saber disso porque era o mais alto, os pais dos meus colegas achavam que eu era uma má influência, pois era maior e não poderia ficar com os mais novos, nunca pude ter amigos porque os mais velhos achariam, porque meu pai me tirou de minha mãe até nunca mais lembrar sequer do rosto dela. E quando cheguei em casa do meu pai minha única irmã mais velha tinha na época uns 12 anos me estranhou uma criança com distúrbios na fala e para piorar filho de outra mãe, eu tinha uns 5 anos pois são as fotos que tem aqui dos meus cinco anos até hoje.
Ao voltar da escola depois de estar com a Madalena no carro de sua família, aos beijos. Entro e vejo minha madrasta deitada de bruços no sofá cama, e do seu lado a sua gatinha obesa tifanny que mia baixo ao sentir minha presença. Sento me ao lado dela e encosto minha cabeça em suas costas.

- mãe _ digo

Ela é a única pessoa que me lembro de chamar de mãe.

- Breno tu voltaste _ sua voz saí cansada

- sim mamãe está tudo bem, estava com saudades _ digo

- também amo te

Deixo-a descansar e vou para o meu quarto, tiro o uniforme e deixo na cesta de roupas para lavar e tomo um banho e as lembranças dele voltam com cada respingo da água fria em meu corpo. Ao terminar o banho decido dormir, porque estava super cansado e não tinha muito que fazer além de assitir séries e fazer algumas tarefas de casa.

Duas horas depois

Estava assistindo uma serie familiar de comédia na Tv com minha madrasta e enquanto isso minha irmã preparava o jantar, meu celular chama e olho na tela e vejo que era a Madelena e atendo.

- oi lindo tudo bem?

- oi estou bem e contigo?

- estou bem, sabe terá uma festa hoje bem tarde, mas antes eu e meus amigos vamos para casa da esquisita da Ellan pois tem a missa do irmão e ele era importante para mim_ diz as últimas palavras meio melancólica.

Mas não gostei dela chamar a Ellan de esquisita, ela só é diferente de raparigas comuns que nem a Madelena.

- certo Mad nos encontramos na rua principal de tua casa_ digo

- tá Neno até já, beijos_ diz com a voz animada

Encerrada a chamada, fico pensativo e as memórias invadem minha mente.

- filho, quem é ela que lhe deixou assim tão pensativo?

- ninguém mãe, só estou pensativo _ digo

Ela desliga a TV e me encara preocupada. Antes que ela comece com seus discursos eu decido abraça-lá.

- está tudo bem agora mãe. Apenas estou me acostumando com as coisas novas. Mudamos praticamente de cidade, a senhora teve que viajar durante muito meses, eu tive que amadurecer cedo, mas sinto que ainda falta algo em mim_ confesso

- sinto muito meu menino por tudo, eu amo te nunca esqueça disso_ diz chorando

- também amo te mamãe