𝐓𝐎𝐘 - 𝐇𝐖𝐀𝐍𝐆 𝐇𝐘𝐔𝐍𝐉𝐈𝐍 𝐀𝐃𝐀𝐏𝐓𝐀𝐓𝐈𝐎𝐍

𝐅𝐈𝐕𝐄 - 𝐨𝐜𝐞𝐚𝐧

Como a lei natural da vida e do corpo, acordei e me espreguicei na cama com a mínima vontade de me levantar.

O silêncio da casa foi uma melodia para os meus ouvidos, pois aprendi a apreciar essa dádiva desde que me encontrei na mesma casa que minha irmã.

Depois de vários minutos, levantei-me, tomei um banho matinal e com um grande desânimo fui tomar café.

Cheguei a tempo de ver minha irmã e o loiro saindo pela porta da frente, minha irmã tinha uma mochila nas costas, gritei e corri até a porta.

—Para onde vai? - questionei e a mesma se virou para me encarar.

—Ah, eu vou passar alguns dias com meus amigos em uma cabana ao norte. Não conte para mamãe ou para o papai, voltarei daqui a cinco dias.

—Você iria sem me avisar?

—Você sabe se cuidar e eu não queria te acordar, pirralha.

—É muito longe? O lugar que você vai...

Pigarreei diante minha própria pergunta. Céus, por mais que Alice fosse odiável eu ficava preocupada facilmente com sua pessoa.

—Sim.

—Poderia tomar cuidado? - falei com a voz baixa, porém audível.

—Eu irei. - disse dando um sorriso mínimo.

—Tá.

Suspirei e antes de fechar a porta Alice me para.

—Estou deixando dinheiro em cima da geladeira. Tem bastante comida e você não precisará ir para a escola esses dias, já conversei com a diretora e sua prova de matemática também será adiada. Tudo bem?

Segurei um grito interno. Ficar em casa. Dinheiro. Sem provas de matemática. Sem aulas, era o paraíso batendo em minha porta, finalmente Deus havia escutado minhas preces.

—Tudo bem, Ali. Se cuide.

—Goodbye! - disse e acenei com uma mão. Tentei fechar a porta mais uma vez, porém lembrei-me de algo, ou melhor, alguém importante.

Talvez não devesse perguntar, haveria sérios riscos de Alice se chatear e ficar estupidamente brava comigo mais uma vez, mas eu queria tentar, eu devia tentar.

—E onde está, Toy?

Perguntei e a vi coçar a nuca. Era ainda um segredo, Hyunjin havia me contado seu nome em um inocente segredo e eu deveria guardá-lo da maneira certa, mesmo que esse nome do qual minha irmã o chama me deixasse extremamente desconfortável.

—Ele está no quarto.

Você não irá o levar? - perguntei curiosa e a vi pegar algo no próprio bolso da calça Jeans. Chaves.

—Pega! - jogou as mesmas em minha direção e como nunca fui boa em reflexos, a peguei do chão frente aos meus pés.

—O quê é isso?