𝐒𝐈𝐗 - 𝐬𝐩𝐫𝐢𝐧𝐠 𝐝𝐚𝐲

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Não deixei de esconder minha felicidade ao saber que Minho estava retornando de sua viagem à Grécia

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Não deixei de esconder minha felicidade ao saber que Minho estava retornando de sua viagem à Grécia.

Eu iria o visitar em sua casa no dia seguinte, pois o mesmo chegaria naquela mesma noite, me senti eufórica.

Minho foi o primeiro namorado de minha irmã, ambos namoraram por incríveis 8 dias. Na época nos tornamos muito amigos e essa amizade se tornou cada vez maior.

Chan tinha 17 anos quando namorou Alice, a mesma é três anos mais velha que ele. Era um garoto sonhador que queria se tornar um arquiteto conceituado, porém, por mais que frequentasse as melhores faculdades do país, sempre era expulso por desobediências ou saía por conta própria por não gostar de pessoas egoístas, e o mundo de classe alta do qual vivia era repleto de pessoas assim.

Então foi quando me revelou em um dia qualquer que queria pilotar aviões e desde aquele ano, Lee Minho se esforçou perdidamente para realizar seus sonhos.

Contra a vontade de seus pais, contra a sociedade ao seu redor que o viam como um futuro executivo ou herdeiro da empresa de automobilismo da família Ho, Minho entrou em uma escola da aeronáutica e a poucos meses iniciou seus estudos na área.

Uma frase sempre dita por Lee era: A sensação de voar sem ter asas, é a mesma de sorrir sem ter motivos...

Demorei um bom tempo para refletir e entender aquela frase, talvez seja complicado entender quando não ensinam em casa ou na escola a sorrir e ser feliz mesmo quando não há motivos para o fazer.

Para Lee Minho, as coisas pareciam ser bem mais fáceis. Nunca hesitou em nada, nunca cogitou desistir de suas próprias vontades apenas para agradar outros, nunca escondeu sua bissexualidade, em momento algum limitou-se a ser espontâneo, xingar livremente ou simplesmente dizer que ama viver.

Ele era incrível.

Enquanto tramava em minha cabeça uma maneira de o visitar no dia seguinte, pois minha casa era um pouco distante da sua, escutei um barulho repetitivo atormentar meus pensamentos.

Hyunjin usava uma colher pequena para mexer seu café com leite na xícara, os movimentos frenéticos faziam a colher bater diversas vezes na porcelana.

Concentrada em seus movimentos, segurei meu copo que continha suco de groselha e me limitei a ficar em silêncio o observando atentamente.

Seus dedos longos seguraram a xícara com uma delicadeza absurda e a levaram para seus lábios, lábios esses que faziam um biquinho perto da xícara, os olhos arregalados se tornaram vêsgos ao se fixarem no líquido contido na xícara tão perto de seu rosto.

—Como você disse que se chama mesmo? - perguntou com os lábios ainda perto da xícara.

—Café.

—Oh sim!

O vi tomar seu café e elogiar a bebida com animação e quando o questionei sobre o quão intrigante era o mesmo não conhecer várias coisas tão simples, Hyunjin ficou sério e parecia mergulhado em nostalgia, e foi o suficiente para me fazer desistir de descobrir mais sobre o garoto naquela manhã.

𝐓𝐎𝐘 - 𝐇𝐖𝐀𝐍𝐆 𝐇𝐘𝐔𝐍𝐉𝐈𝐍 𝐀𝐃𝐀𝐏𝐓𝐀𝐓𝐈𝐎𝐍 Onde histórias criam vida. Descubra agora