Capítulo 1

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Jennie POV.

- Então, eu e a minha mãe acabamos brigando porquê ela não quis me levar para Channel esse final de semana. - disse para Arthur, meu meio irmão.

- Isso é horrível, Nini. Mas sinceramente, acho que é pior ainda quando meu pai nega o cartão dele, oh! - realmente.

Eu e o Arthur somos meio irmãos dês dos nossos 15 anos, quando nos vimos nós não fomos muito com a cara um do outro, mas depois que eu acabei descobrindo que o Arthur era gay, ele ficou com medo de eu acabar julgando ele ou falar para o pai dele, mas eu apoiei ele, depois ele passou a noite desabafando comigo. Por fim, não nos desgrudamos mais.

É, foi isso.

- Ah, sim. Mas depois nós podemos ir juntos, estamos precisando de bolsas novas- - sou interrompida pelas batidas na porta. - Entre.

- Com licença, sua mãe e seu pai estão os chamando para o jantar. - disse Alejandro.

- Ok, ok Alejandro! Depois nós vamos. - disse Arthur dando de ombros.

- Mas seu pai está mandando, vamos. - disse entrando e tirando nossos cobertores.

- Ei! Você não pode- - sou interrompida.

- Posso e faço, vamos meninos. - falou enquanto cruzava os braços esperando nós nos levantarmos.

- Saco! - resmunga Arthur. - Você tá chato esses dias, hein.

- E você está insuportável! Vamos, queridos. - disse em um tom risonho enquanto eu apenas ria baixo.

Alejandro é funcionário da família há muitos anos, antes mesmo de Arthur chegar. Ele sempre cuidou de mim, principalmente quando meu pai faleceu, ele era muito importante pra mim, então, vejo Alejandro como se fosse meu terceiro pai e melhor amigo, o mesmo para Arthur, ele suporta a gente há muito tempo.

Desço as escadas e me deparo com minha mãe e meu padrasto sentados na mesa, com feições um pouco sérias.

- Por que demoraram? - pergunta meu padrasto.

- Por que vocês questionam tudo? - digo sentando á mesa dando de ombros.

- Jennie, mais respeito! Por favor. - disse minha mãe, me repreendendo.

- Aí, o que ela falou demais? Chegamos a mesa e já vem com grosserias. - disse Arthur revirando os olhos.

- É sobre esse comportamento que viemos falar, Jennie e Arthur. - disse meu padrasto. - Querendo ou não, vocês nunca foram botados na linha corretamente, sempre ganharam as coisas na mão, isso fazem vocês uma mulher e um homem muito mimados.

- O que? - digo incrédula com o que eu ouvi. - Mãe!

- Filha, ele está certo. Eu nunca soube criar você muito bem, o mesmo para ele e Arthur. Nunca deixei nada faltar para você, mas também nunca deixei você conquista-las. - disse em um tom calmo.

- Eu não tô acreditando. E o que vocês querem que a gente faça? Ir catar lixinho na rua? - diz Arthur irônico.

- Não, Arthur. - disse meu padrasto em um tom mais grave. - Você não vai catar "lixinho" na rua, mas você vai aprender a trabalhar e a ver o mundo lá fora.

- Filha, você já tem 23 anos, você tem que tentar se esforçar agora. - disse minha mãe enquanto eu só permanecia calada e irritada.

- Não queira estar as nossas custas até depois dos 30 anos, meninos. Estamos falando isso para o bem de vocês. - disse meu padrasto.

- Então, e aí? - decido falar. - Onde vocês querem chegar? Ou só estão falando isso pra nós ficarmos "malzinhos" e colocar a mãozinha na consciência!? - digo em um tom irônico.

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