Capítulo 3

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Jennie POV.

Agora são exatamente oito e meia da manhã e estou esgotada.

Ontem, pouco antes das onze da noite, encontrei Arthur com o Victor, eu estava meio bêbada então não tive tanta noção do que aconteceu, só me lembro de depois termos bebido mais um pouco e viemos em algum carro, provável de ser o carro do Victor. Bom, por eu estar acabada desse jeito com certeza acabamos chegando muito tarde.

Acabei pegando no sono quando o despertador tocou seis e cinquenta, mas minha vó imediatamente foi nos acordar para tomarmos café e um banho antes de irmos trabalhar. Obviamente ela deu um baita de um sermão em mim e no Arthur por termos chegado tarde e bêbados. Só sei que agora estou exausta.

Fiz um coque nos meus cabelos, vesti com uma calça jeans preta e um sweater lilás com florzinhas amarelas.

Cara acabada mas sempre no meu estilo.

Já faz um tempo que eu e Arthur estamos trabalhando, confesso que não é tão difícil, mas é extremamente chato e por isso cansativo. Como posso dizer!?... É chato ser 'pobre'.

- Cara, como posso dizer isso!?... É um saco ser pobre. - diz Arthur enquanto revira os olhos, relaxando suas costas na bancada.

- Você realmente lê meus pensamentos, não é? - sorrio.

- Nini, acho que vou pegar um cavalo e ir pra casa com ele mesmo.

- Você ainda continua com esse plano de fulga? - concorda com a cabeça. - Então desista, do jeito que nossos pais estavam entusiasmados com isso iriam trazer a gente de volta quantas vezes fossem precisas. Ah, e você com certeza não sabe andar a cavalo.

- Você tem razão, mas acho que eu não vou sobreviver 5 meses trabalhando igual um condenado. E hoje está um frio da porra. - diz enquanto o mesmo esquenta seus braços com suas mãos.

- Parem de tagarelar e tentem atrair clientes. - diz minha vó enquanto ela fazia novas pinturas atrás de nós.

Realmente estava frio hoje, já era de se esperar. Já estamos no meio de novembro então o tempo começa a esfriar. Mas a loja da minha avó fica ao ar livre, só temos um "teto" e uma mesa consideravelmente grande.

- Estou exausto! - afirma Arthur.

- Bom, imagino. Só Deus sabe o que você estava fazendo ontem. Aliás, por quê estava com Victor? - pergunto franzindo as sobrancelhas.

- Ahm, bom, você quer mesmo saber? - um sorriso malicioso escapa de seus lábios.

- Acho que entendi. E respondendo sua pergunta, definitivamente não. - o mesmo da de ombros.

- Eu ainda de avisei. - afirma.

- Bom dia. - ouço uma voz masculina. Levo um pequeno susto, mas logo abro um sorriso ao ver quem era.

- Noah!! - saio da bancada e logo o abraço. Noah era meu melhor amigo na infância, toda vez que vinha para minha avó ficávamos brincando o dia inteiro, até em casa ele dormia e eu na dele. Mas perdemos o contato. - Que saudades.

- Eu também, linda. - diz soltando levemente do abraço, com um sorriso. - Não sabia que você tinha vindo pra cá, como você está?

- Ah estou bem, e você? Nunca mais tinha visto você, nem sabia que morava aqui ainda.

- Eu estou bem também, melhor agora. - logo se vira. - Olá, Arthur. Olá, dona Maria. - os mesmos apenas acenam com a mão. - O que acha de sairmos depois para conversarmos um pouco?

- Ah, acharia uma ótima ideia. - dou um sorriso em direção a ele.

- Marcamos então. Lindas pinturas! - diz enquanto pega algumas na mão.

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