Com você, uma linda noite de Natal ● JIKOOK ● Shortfic

Capítulo 4: Tempo entre reinos

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Ali, com os rostos tão próximos, Jungkook se deixou levar por sua vontade e também pelo pedido do de cabelo loiro.

A princípio, os lábios se tocam apenas em um selar, depois outro selar mais demorado é dado, sentindo a textura dos lábios um do outro e por fim, não só os lábios se encontram como também suas línguas. Jungkook envolve Jimin em um abraço colocando sua mão novamente na cintura do Príncipe, apertando-a, e entre esse movimento e o que suas bocas fazem, ele ouve um arfar tímido e sorri entre o beijo ao perceber que Jimin está tão entregue quanto ele.

Quando seus rostos se separam, eles ficam se olhando por breves instantes até que Jimin sorri de lado e leva sua mão direita ao cabelo de Jungkook, colocando atrás da orelha uma mecha azul que estava solta. Jungkook abre o maior sorriso e suspira ao olhar para o rosto angelical emoldurado por fios loiros. O de cabelo azul então se arruma no sofá e puxa o Príncipe para si, fazendo com que ele se aninhe entre suas pernas e descanse a cabeça em seu peito. Eles ficam ali no jardim de inverno com Jimin brincando com os dedos das mãos de Jungkook enquanto falam sobre a vida, sobre as aventuras do Príncipe e sobre as peripécias de Jungkook ao tentar se reinventar em um novo país.

O tempo passa e eles não notam. Eles surpreendentemente se perdem no mundinho que criaram para estarem juntos, então, com a neve caindo do lado de fora das paredes de vidro, eles adormecem assim, abraçados. Já é dia quando Jungkook se remexe no sofá e percebe que dormiu ali com o Príncipe em seus braços. Ele nunca havia dormido tão torto em sua vida, mas a imagem de Jimin dormindo em seu peito, com um bico enorme e ressonando baixinho, o faz querer isso para sempre. Ele não sabe o que está sentindo, ele nem mesmo acredita que pode ser algo além de admiração, mas ele sabe que algo em seu coração está diferente.

Ficando ali até o Príncipe fazer menção de acordar, Jungkook pensa sobre sua vida e o que o levou até ali. Ele era um jovem buscando ascensão na carreira jornalística, mas acreditou que tanto ele quanto sua noiva teriam muito mais oportunidades se ela aceitasse a proposta de novo emprego na emissora de TV da cidade. Ele a acompanhou para que ela fizesse o nome dela, e depois ele faria o dele. Seriam como seus pais, um casal que se ajuda e nunca, em hipótese alguma, deixa o outro para trás. Então foi um choque tremendo quando, em menos de dois meses, ela rompeu com ele dizendo que estava apaixonada pelo colega de trabalho americano. E assim ela foi embora, deixando Jungkook para trás.

Sem perceber o que está fazendo, Jungkook acaricia as costas de Jimin e ele resmunga baixo, antes de olhar para cima e o encarar com seus olhos pequenos. E como um miado de gato dengoso, Jimin fala com um sorriso tomando conta de seus lábios:

- Bom dia, céu.

- Céu? - Jungkook questiona o chamamento nada normal.

- É que seu cabelo é azul, assim da cor do céu. - Jimin fala sorrindo envergonhado com as bochechas tingidas em tons de vermelho, mostrando o céu.

Acreditando estar mesmo no céu, Jungkook o abraça com força, tanta, que Jimin resmunga sorrindo em seu abraço. O seu peito se enche com o som da risada de Jimin e ele não sabe se está feliz de verdade ou apenas enfeitiçado pelo Príncipe. Mas então ele para e se inclina até beijar o pescoço do loiro, e diz ali, com o rosto escondido, somente para que ele possa ouvir:

- Se eu sou o céu porque meu cabelo é azul, você é o sol, porque além de ser loiro, está iluminando a minha vida desde que chegou.

Jimin suspira e sorri ainda mais ao ouvir o apelido recém inventado. O Príncipe nunca em sua vida poderia acreditar que estaria assim tão confortável com alguém que ele havia trocado apenas alguns beijos, mas existe algo em Jungkook que o faz querer tantas coisas em tão pouco tempo, que ele resolve se entregar ao que está sentindo. Mesmo sem ainda ter certeza do que são esses sentimentos, ele sabe que algo está diferente. Estar com Jungkook lhe parece certo e o faz bem como nada nunca antes fizera.