Mais que um olhar - Vondy | Tema: Vondy

Capítulo 75

Dulce

Naquele dia liguei pra Mai, e disse que havia ido vê Paco, ela acabou me chamando pra jantar, pra que eu pudesse dizer os detalhes da conversa com ele. Maldita hora que aceitei ir naquele restaurante, por que assim que cheguei, o vi. Ele estava em uma mesa enorme, e conversava com um rapaz, e sua mãe.

Prourei me manter distante, não queria que ele me visse mas, quando ouvi a palavra " grávida " foi impossível me conter, tive que me aproximar e nesse momento, me aldiçooei por que foi ai que entendi do que se tratava, Christopher seria pai.

As lágrimas tomaram conta, eu nem ao menos notei, os olhos dele encontraram os meus enquanto ele abraçava sua noiva, de primeira ele ficou surpreso por me vê e no momento seguinte, veio as lágrimas. Eu me viro e corro pro banheiro, quando entro me encosto na parede e choro tudo que tinha que chorar.

" você é uma burra Dulce, uma burra " digo chorosa, quando tampo o rosto com as mãos, no fundo eu acreditava que ele ficaria comigo, que viria atrás de mim, que ficariamos juntos pra sempre. me aproximo da pia do banheiro e olho meu reflexo no espelho, eu estava horrível.

Me lembro do que ele me disse na última vez que nos vimos " Só preciso que saiba de uma coisa, não estou desistindo de você, e se não faço nada em relação a você estar voltando pro México é por que realmente acho que é o melhor, com o tempo vou resolver as coisas e logo vou buscar você "

Nego com a cabeça, não nascemos pra ficar juntos, e essa gravidez só veio comprovar isso, soluço alto, por mais que eu tentasse as lágrimas não paravam de vim. " Dulce ? " é a voz dele, petrifico enquanto me olho no espelho " Dul ? eu sei que esta ai dentro eu vi você entrar, por favor abre a porta " suz voz estava abafada, ele estava chorando.

Me aproximo da porta " vai embora Christopher "

" deixa eu me explicar por favor " ele implora

" explicar o que ? que você vai ser pai ? não preciso de explicação, eu ouvi tudo " retruco, tentando controlar meus soluços, em vão

" meu amor, me escuta por favor, você sabe que eu te amo, essa notícia me pegou também de surpresa " ele sussurra

Apoio a testa na porta e fecho os olhos com força " você dormiu com ela " acuso sentindo meu coração se apertar

" que ? não, não, meu deus você esta pensando que eu dormi com ela agora ? não amor, essa gravidez é de 3 meses, foi de antes de te conhecer, eu nunca dormiria com ela, não depois de conhecer você tem que acreditar em mim por favor, eu te amo "

Fungo " não podemos fazer isso Christopher, me esquece por favor " imploro

" te esquecer ? isso eu nunca vou conseguir, assim como você não vai conseguir me esquecer, vamos meu amor, abra a porta, eu quero te vê eu preciso te vê " ele implora choroso

Saber que ele está chorando, me deixa mal " volta pra sua noiva " peço

" você não entende ? eu não quero nada com Natália, eu vou terminar esse noivado, eu vou jogar tudo pro alto, eu amo você, é você que eu quero pra ser minha noiva, minha esposa " ele diz, e pela sua voz estava desesperado

" mas, não vou ser, não vou ser sua noiva, nem sua esposa e muito menos a mãe dos seus filhos " respiro fundo " essa gravidez veio nos provar isso, veio nos provar que nunca poderemos ficar juntos, termos nos conhecido foi um erro e o seu lugar é junto com a sua mulher, ela que vai te dar um filho, ela que vai subir no altar com você não eu "

Ouço um estrondo na porta e me afasto assustada " me ouve, me ouve Dulce, Natália pode estar grávida de mim mas, isso não quer dizer que vamos ficar juntos entendeu ? " ele grita, ouço outro estrondo e estremeço, ele estava socando a porta " abre essa porta, abre agora Dulce "

" me deixa em paz, eu não quero te vê Christopher, vai embora "

" mas, eu quero te vê, e não saiu daqui até isso acontecer " ele rebate, ouço seu suspiro alto " por favor meu amor, por favor, abre a porta, eu realmente preciso te vê, eu te amo, abre por favor, estou te pedindo,abre pra mim "

Ouço quando ele chora, me aproximo lentamente da porta e minhas mãos trêmulas tocam a maçaneta, respiro fundo e giro a chave, abro a porta lentamente, Christopher estava de cabeça baixa, e quando nota que abri a porta, ergue o rosto, ele estava tão ou mais horrível que eu.

Antes que eu pudesse dizer algo ele avança em mim, me apertando em seu abraço, seu choro se intensifica, e ele me aperta mais como se tivesse medo que eu fosse fugir, acabo retribuindo o abraço e chorando junto a ele.