III. 𝕬 𝕻𝖗𝖎𝖒𝖆𝖛𝖊𝖗𝖆 𝕬𝖈𝖆𝖇𝖔𝖚

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FAYLIA, CAPITAL DE AHEWEN
PRIMAVERA

𝕬mor.

Era aquilo que diziam que significava. Sua existência trazia a vida, com ela o que as pessoas consideravam fértil e caloroso, vivaz e feliz. Com essas coisas somadas e muitas outras que se perdiam em sua concepção, chegava em uma só palavra: sua existência era amor. E por muito tempo acreditou nisso.

Afinal, como poderia ser diferente? Seus pais a amavam, seu reino a venerava por tamanha beleza e formosura.

Mas então ela começava a se questionar mais a fundo: eles me amavam ou amavam apenas o que eu represento? E não estava se referindo a seu título em sua família real e nobre, e sim no que sua existência acarretava para todo o mundo em que habitava com seus pés rosados e de dedos um tanto diferentes em tamanhos. Realmente não gostava muito da aparência de seus dedos.

Era isso que era: Primavera.

Hoseok, no corpo de um menino humano, era a Primavera. A estação das flores, a que vinha logo depois de Inverno para apaziguar os corações congelados pelo mesmo e a que em seguida deixava o mundo à mercê das mãos de Verão. Bem, a mercê mesmo Hoseok nunca deixava.

Sempre fazia algumas coisas a mais nas outras estações em alguns lugares, mas nada que fosse estragar o decorrer do ciclo das estações e como elas deviam acontecer.

A única que ele nunca conseguia nem tirar e nem por era Inverno. Inverno era impiedoso demais, diferente de Outono que deixava algumas coisas mínimas perdidas fazendo com que algumas flores de Primavera crescessem e brotassem. E de Verão, que o deixava muito mais à vontade.

Falando neles, Hoseok nunca havia conhecido Outono e Inverno, mas sentia em seu ser, assim como sentiu quando começou a existir, que eles estavam em algum lugar. Hoseok conhecia Verão, que era como ele: um ser grandioso, mas em forma de ser humano.

Se Verão fosse assim, certamente que Outono e Inverno também seriam, certo?

Primavera ainda deitado em sua cama tão grandiosa quanto os títulos que carregava, tanto mundanos quanto o que o Universo o havia encarregado, estava divagando de novo.

E naquele dia, não poderia ter divagações, mas como poderia ele evitar? Assim que abria os olhos era só o que fazia: pensava, pensava, pensava... Divagava também muito mais do que pensava.

Mas divagar não deixa de ser algo ainda introspectivo e que fazia parte do seu ser pensativo, não? Hoseok era gentil, extremamente tenro, casto e muitas vezes ingênuo. Embora não fosse bobo ou infantil.

Ele era apenas como a Primavera, transbordava e florescia, trazendo consigo uma aura e perfume próprios que impregnava todos os lugares que tocava e passava, principalmente agora enquanto se levantava e se encaminhava para a sacada que ficava em seu espaçoso e luxuoso quarto.

O Sumiço do Inverno | jikook [Hiatus]Onde histórias criam vida. Descubra agora