𝟶𝟷 | Raio de esperança.

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mαeve αgrıche.

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POR UM MOMENTO, eu quase esqueci que precisava mesmo comprar os chocolates para o meu pai. Eu queria ir atrás do chocolateiro talentoso, mas ainda precisava comprar o chocolate.

O que me restava era ter que ir até a loja do Fickelgruber já que meu pai preferia os chocolates dele. Mas se eu pudesse não colocar meus pés ali nunca mais, eu o faria. Fickelgruber...sabe como ser inconveniente.

--- Ah, Maeve querida, é um prazer te ter na minha loja! - Só seu mesmo.

--- Vim comprar o de sempre! - Digo em um tom sério para o homem que me encarava suspirando.

Que homenzinho asqueroso. Ele me encarava tão intensamente que chegava a me deixar desconfortável.

--- É pra já, querida. Você sabe que é prioridade na minha loja! - Ele bajula e eu reviro os olhos fortemente.

--- Tem como ser rápido? Meu pai tem pressa!

Eu queria sumir o mais rápido possível antes que ele viesse com outra proposta absurda de casamento que consistia em ser a senhora Fickelgruber, largar a loja da minha família e abandonar meu pai para dar filhos à ele. Inacreditável o quão desprezível e ordinário esse homem poderia ser.

--- Aqui está, minha bela dama! - Ele diz entregando os chocolates e eu pago os soberanos que ele tenta negar, mas eu pago mesmo assim, não quero dever nada para esse homem.

--- Obrigada! - Digo e saio da loja o mais rápido possível com meus pensamentos ainda no chocolateiro.

Eu sabia onde ele estava hospedado. Não faria mal algum fazer uma visitinha, faria? Eu precisava conversar com ele.

Ao chegar na loja novamente, vejo meu pai ajeitando os chapéus enquanto cantarolava alegremente, por um momento, minha feição de suaviza e eu dou uma risada.

--- Voltei, pai. Trouxe seu chocolate! - Aviso me aproximando dele que se vira e sorri.

---Você demorou mais do que o comum, mas está tudo bem! Agora posso preparar o bolo de desaniversário!

--- Guarde um pedaço para mim!

--- Eu sempre guardo, querida! - Ele diz acenando e saindo animadamente para fora da loja.

Olho para o relógio e ainda faltava uma hora para fechar a chapelaria, me sentei atrás do balcão e peguei alguns papéis e lápis, as idéia surgiam de vento a polpa, sempre que eu pensava sobre o chocolate e o chocolateiro de mais cedo, a inspiração vinha.

No final do expediente, eu tinha pelo menos três desenhos de cartolas que combinariam com o chocolateiro e um destino para ir.

🍫

Meu caminho até a lavanderia da Dona Alva não era longo, e por sorte, encontrei Noodle do lado de fora.

--- Ei, Noodle! - Sussuro baixinho, a mais nova me olha e franze o cenho se aproximando.

--- O que faz aqui, Mae? - Ela pergunta e eu suspiro.

--- Preciso falar com ele. O chocolateiro talentoso! - Digo decidida, ela parece ainda mais confusa mas assente.

--- Te ajudo a entrar sem a Dona Alva ver, já estava indo o encontrar mesmo! - Ela diz e eu sorrio agradecida.

O plano foi um sucesso. Consegui entrar na lavanderia sem dificuldades, graças a Noodle. Ela me levou para onde seria o quarto do chocolateiro e eu me sentia ansiosa.

𝐄𝐍𝐓𝐑𝐄 𝐋𝐈𝐍𝐇𝐀𝐒 𝐄 𝐂𝐇𝐎𝐂𝐎𝐋𝐀𝐓𝐄, Wonka.Onde histórias criam vida. Descubra agora