mαeve αgrıche
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TUDO PARADO. Era o que definia o estado da loja ultimamente. Eu tentava ser positiva, juro que tentava, mas se o movimento não aumentasse seria impossível não pensar em fechar a loja e procurar outro emprego.Mas aquela loja era tudo que minha família tem e teve durante gerações, começou com meus bisavós que eram famosos chapeleiros, passou para meus avós, depois foi para meu pai, e agora, era meu. O negócio da família. Eu não poderia abrir mão da chapelaria tão fácil assim, não era do meu feitio.
Meus pensamentos se espantam ao sentir mãos cobrirem meus olhos e dou um sorriso com o ocorrido.
——— Adivinha quem é?
——— Pai! — Digo sorrindo e me virando.
Ele estava com os trajes usuais dele, antigamente, ele vestia coisas mais coloridas mas ultimamente o preto se tornou parte dele. E é claro, uma cartola. Ele nunca saia sem ela.
——— Muito movimento?
——— Nadinha! — Digo para ele que suspira e se senta na banqueta ao meu lado.
——— Você pode ir fazer um favor para mim, então? — Perguntou ele e eu franzi o cenho o olhando.
——— Diga.
Ele sorriu e bateu palmas se levantando animadamente e pulando o balcão girando em seguida em meio aos chapéus.
——— Chocolate. Eu preciso de chocolate para a nossa festa de desaniversário! — Ele diz sorrindo e se apoiando no balcão novamente.
——— Quer que eu vá na galeria gourmet buscar? — Perguntei para ele o olhando que bateu palmas novamente.
——— Quero, pode confiar que quando voltar a loja ainda estará de pé! — Ele diz erguendo a mão como se fizesse um juramento e eu assenti rindo.
Tirei o avental e pousei sob o balcão saindo de lá e suspirando ao sair da loja com a minha bolsinha.
Eu sentia os olhares. Gostaria de pensar que não, mas eu sentia.Aqueles olhares condenatórios em minha direção, é claro, não há uma pessoa daquele lugar que não conhecia os loucos agriche. O pai e a filha chapeleiros que não batiam bem da cabeça, tendo como foco principal da fofoca, meu pai e seu jeito diferente de agir.
Meu pai é um gênio. Não um louco. E mesmo se fosse, ainda era meu pai.
——— Que movimentação é essa? — Pergunto olhando para as pessoas na galeria gourmet que pareciam ao redor de algo.
——— Maeve! — Ouço a voz feminina atrás de mim e me viro acenando. Era Noodle.
Noodle morava na pousada da região, ou melhor, era escravizada lá. Dona Alva pedia chapéus extravagantes diariamente á algum tempo atrás, e normalmente, era Noodle que buscava. Foi assim que nos conhecemos.
——— O que faz aqui, Noodle? — Pergunto para ela.
——— Vim trazer algumas coisas para a Dona Alva, como já deve imaginar. Forma de pagar minha dívida.
——— Aquela velha gananciosa e louca. Depois eu e meu pai somos os malucos.
——— Eu já estou acostumada! — Ela diz e logo olha para a multidão — Ah, é ele!
——— Ele?
——— O hóspede novo, tentei avisar sobre as letras miúdas... Mas ele não prestou atenção, ele faz chocolates!
——— E parece fazer bastante sucesso!
Digo sorrindo ao ver a multidão ao redor dele e logo me despeço de Noodle me aproximando para ouvir melhor o que ele falava.
Suas palavras era confiantes e ele tinha um ar sonhador e amável conforme explicava sobre sua criação, os aerochocs.
——— Uau... — É a única coisa que consigo dizer antes dele perguntar quem gostaria de experimentar e a elite chocolalier se voluntariaram.
Coisa boa não vem aí. Quando os três patetas se juntam, nada de bom vem aí. Pobre homem esse novato.
——— Não é só chocolate. Tem... Marshmallow! — Diz Slugworth.
Por um momento, eu pensei que os três pareciam encantados pelo chocolate do jovem rapaz e que viria coisas boas e genuínas. Mas estávamos falando dos três patetas, não poderia esperar coisas boas deles.
——— De todos os chocolates que eu já provei esse é indubitavelmente, sem sombra de dúvidas, com 100% de certeza... O pior! — Diz Slugworth.
Pobre jovem. Ele parecia desacreditado ao ouvir as palavras de Slugworth o que me deu muita vontade de provar aquele chocolate.
Eu tentei me passar desapercebida observando mas logo o pateta de marca maior – vulgo Fickelgruber me nota e acena para mim entre a multidão com um sorriso. Eu queria sumir.
——— Todos esses balanguedans é só...bizarro! — Fickelgruber diz para o jovem chocolateiro e a carinha dele apertou meu peito.
Ele parecia desolado sob as críticas dos três patetas.
——— Eu aposto que é melhor do que o seu chocolate seco! — Murmuro mas aparentemente algumas pessoas ouviram, inclusive, o jovem que me olhou e deu um breve sorriso.
——— Não ouvimos opiniões de pessoas loucas, senhorita Agriche! — Retruca Slugworth me olhando.
E logo o inacreditável aconteceu. Os três começaram a flutuar. Bem na frente de todos.
——— Minha nossa... — Meus olhos brilharam observando a cena e me dando uma genuína vontade de rir do estado que os patetas se encontravam.
——— Mas não se preocupem, ela é inofensiva, em cerca de 20 minutos, ela vai se cansar e sair por trás! — O jovem do casaco vinho diz sorrindo.
Ele era igual meu pai. Os trejeitos, os trajes, até o tom sonhador quando falava sobre o que amava. E aquilo era encantador. Um gênio. Finalmente, um gênio.
——— Bom, vamos descobrir isso. Quem quer um Aerochoc? — Ele diz abrindo o pote de vidro e os chocolates começaram a voar, eu me adiantei em pegar um e experimentar.
Era incrível. O gosto era melhor do que qualquer outro chocolate que eu já havia experimentado antes. Esse garoto... Ele teria um futuro incrível, eu precisava que os sonhos dele fossem preservados.
Tamanho talento não poderia ser desperdiçado por conta de pessoas invejosas e gananciosas.
Voar era meu sonho de infância. E agora, eu estava realizando graças a chocolate. Certamente, além de chapéus, também teria chocolates em minha mesa agora. Desde que seja o chocolate desse rapaz.
As idéias de chapéus pipocavam na cabeça enquanto eu me concentrava no gosto do chocolate e no rapaz que os fez. Mas meu momento foi interrompido ao sentir puxarem meu pé.
A polícia havia chegado, até mais tarde do que imaginei. Assim que pousei suspirei pesadamente, mas ainda com as idéias frescas.
Eu precisava falar com ele. Com aquele rapaz. Custe o que custasse. Eu precisava saber mais deste chocolate e dele.
E eu já sabia onde o encontrar.______________________________________
Prólogo oficialmente lançado.
Eu estou tão orgulhosa que consegui escrever algo depois de tanto bloqueio criativo.O que acharam do capítulo? Suas opiniões são muito importantes para mim!
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𝐄𝐍𝐓𝐑𝐄 𝐋𝐈𝐍𝐇𝐀𝐒 𝐄 𝐂𝐇𝐎𝐂𝐎𝐋𝐀𝐓𝐄, Wonka.
Fiksi Penggemar🍫. . . - 𝙴𝙽𝚃𝚁𝙴 𝙻𝙸𝙽𝙷𝙰𝚂 𝙴 𝙲𝙷𝙾𝙲𝙾𝙻𝙰𝚃𝙴 ! ★ - Maeve Agriche estava longe de ser o tipo de mulher que se era esperado na sociedade, tendo um pai com fama de louco e uma chapelaria inteira para cuidar, ela se vê ainda mais enrolada qua...