Primeiro reencontro

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" É como eu sempre falei, se quiser algo perfeito, não peça que para que façam por você!"

A conversa com a detetive Sara, foi bem mais normal do que ele imaginara. Perguntas que não exigiam pensar nas respostas detalhadamente.

O diálogo entre Gabriel e Sara, havia durado em torno de 20 à 30 minutos, o final de semana havia terminado com dias pesados e frios. Os raios de sol não esquentavam como no verão e o vento não cantava como no outono.

No primeiro dia de semana, foi reunido todos os alunos na quadra de basquete da faculdade, para receberem a notícia do desaparecimento de Lisa Rose, a diretora, Flora, abaixou a cabeça com pesar ao som das exclamações de surpresa dos alunos ao ouvirem a notícia.

Gabriel estava sentado no último banco, observando a reação de pessoas que nunca tiveram contato com Lisa, mas que choravam e cochichavam com vozes de dores. Pessoas que a odiavam também demonstraram tristeza diante da situação em que foram colocados. Gabriel imaginou que não poderia haver hipocrisia maior ao qual ele estava presenciando.

Quando sentiu de se levantar para se retirar da tensão do momento e do espaço, sentiu uma mão em seu ombro. Olhando para o lado e depois para cima, encarou os olhos azuis de seu colega próximo, Jonatan, ele estava com seu cabelo perfeitamente penteado com gel para trás e seus olhos o afogava com seu tom azul claro.

- Sinto muito irmão.-

- Não é sua culpa.- Refutou Gabriel.

- Mas peço que aceite meus sentimentos de pesar pelo o que aconteceu.

- Não há necessidade, não éramos próximo o suficiente para tais formalidades, seus sentimentos de pesar estão sendo direcionados para a pessoa errada.

-.....

Gabriel ouviu seu amigo suspirar quando retirou a mão de seu ombro, Spencer se levantou e sorriu para Jonatan, quando começou abrir espaço para passar, avistou uma cabeça atrás de seu amigo, coberta com fios tão lisos como uma cascata de pixe, um rapaz familiar, que tinha uma baixa estatura e um corpo magro e esguio.

Gabriel sentiu sua respiração parar, quando os olhos pretos brilharam ao se encontrar com os seus. Nicolas Bryan.

- Olá, me desculpe pela descortesia, não vi você aí atrás.

-....- Gabriel viu as bochechas cor de porcelana pegar uma cor levemente rosada e o abaixar de cabeça envergonhado.- Tu...tudo bem.

- Nicolas, certo? Prazer, Gabriel.

Spencer levantou a mão para cumprimenta-lo. Nicolas exsitou e Gabriel viu o leve tremor que começou nas pontas dos dedos de Nicolas, o que o levou a baixar rapidamente sua mão.

- Desculpe, ele é tímido.- interveio Jonatan

- Entendi...- Gabriel sentiu um leve sentimento de decepção.

- Alguma notícia?

- Nenhuma ainda, você foi interrogado? - perguntou Jonatan.

- Fui, mas me fizeram perguntas muito básicas.

- Eles me interrogaram também, já que tive alguns contato com a Lisa.

- Entendo. - percebendo que o povo começara a se dispersar, Gabriel pegou sua mochila no banco e começou a andar em direção à porta da quadra, sendo acompanhado pelos dois rapazes.

Os corredores da faculdade nunca foram tão longos antes, Gabriel sentia que tudo se arrastava. O tempo, as pessoas, os casos, as informações assimiladas. Gabriel sentia que sua cabeça não conseguia acompanhar o ritmo do mundo, o planeta continuava a girar, mas sua mente estava parada já havia 2 anos.

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⏰ Última atualização: Jan 25 ⏰

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O diário de um assassino ( cartas para Gabriel )Onde histórias criam vida. Descubra agora