;nowhere to run;

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"Você vai morrer
Eu vou te matar
Você era meu bom amigo
Eu te salvei antes
Eu pensei que você tinha ficado bom
Mas você pediu um pouco mais
Você teve que me provocar
Então eu venci você
Observei seu crânio sangrar
Então agora eu me sinto triste."








— Tá aí sua comida, garoto. 

— Ele não vai comer. Já fazem sete dias e ele se recusa a comer. 

— E o que importa? Nosso trabalho é deixar a comida aqui. — riu debochado — Se ele não quer comer, problema dele. 

— Quanto tempo mais vamos ficar que babá? — perguntou — Sinto falta da ação de verdade... 

— Paciência, irmão. O Mestre disse que terá recompensas calorosas para nós que cumprirmos sua missao secreta. 

— Melhor serem calorosas mesmo! Eu odeio esse lugar. 

— Eu também. Vamos dar o fora daqui. 




Taehyung também odiava aquele lugar. Odiava com todo seu ser e alma. Mas ele não podia dar o fora. Ele nem mesmo sabia onde aquilo era. As paredes, o chão, porta e o teto eram meticulosamente pintados de preto. Não apenas preto normal, mas o mais escuro possível. A tinta mágica que impedia qualquer tipo de luz ou som entrasse na pequena sala em que estava sido mantido. Era como tinha imaginado o Chalé de Punição do Internato.

Estava preso por correntes também enfeitiçadas e sua única fonte de luz era uma pequena vela enfeitiçada para furar para sempre. Sua luz era vermelha e não produzia calor algum. Também era impossível tocá-la, quase como se fosse uma ilusão. No primeiro momento, foi difícil de identificar, mesmo com sua visão noturna. Mas ele soube no momento que acordou ali, eram os sequestradores. Os submissos do mestre. 

Quando abriu os olhos pela primeira vez na pequena sala, ele nunca poderia ter imaginado. Imaginou se levantar do alçapão junto de Hoseok, tomar banho junto do namorado e comerem juntos. Então dormiria nos braços de Jungkook até que alguém anunciasse aos gritos que estava na hora do almoço. Estaria seguro, confortável e amado no peito daquele que roubou seu coração. 

Mas não foi isso que aconteceu. 

Estava mais para o contrário. 

Pensou que estava sonhando, que era apenas um pesadelo. Acordaria a qualquer segundo com Jungkook fazendo cafuné atrás de suas orelhas. As lágrimas caiam de seus olhos dourados com a realização que não era um sonho. Era realidade. E Jungkook não estava em nenhum lugar perto dali. 

Tentou gritar, tentou arranhar as paredes, tentou usar sua superforça contra a porta, usar a vela... Era inútil. O lugar nem mesmo tinha um cheiro. Era completamente novo, desconhecido. Taehyung estava completamente sozinho ali. Usando apenas um roupão, vale citar. 

Horas depois os dois submissos entraram, o corredor do outro lado era escuro. Eles entregaram um prato de alguma comida que Taehyung não conseguia identificar e uma tigela de água. Ele se recusou a comer, temendo que tivessem colocado alguma coisa para alterar sua mente. 

E assim os dias se passaram. Ele conseguia contar os dias já que percebeu observando o intervalo de tempo que eles ofereciam sua refeição, ele era alimentado uma vez por dia. Usava suas garras lupinas para fazer um pequeno risco nas costas da mão e contar a passagem de tempo. 

No quinto dia, ele tentou atacar um submisso. Um submisso grande, típico lutador de sumo que sequestravam lá fora. E, bom... Não deu muito certo. 





Luz da Lua. (Taekook)Onde histórias criam vida. Descubra agora