Renegade Dragon - Renascer da Lenda

Capítulo LXXIII - O Idiota Perigoso

- "Você é cheio de gracinha, isso é irritante, mas sabe o que, é mais irritante ainda? Justamente te encontrar de novo, que porra que você acha que tá fazendo aqui?" - Esbraveja Katsuo balançando Sakurai pra lá e pra cá pelo colarinho

- "Não soube? É meu de ser guarda costas..." - Disse Sakurai com um sorriso que fez Katsuo contar até dez para repensar direito a ideia de jogá-lo pela janela, encontrarem um corpo do lado de fora do Senado iria causar uma dor de cabeça que é pode ser perfeitamente evitada se Sakurai colaborar e não testar a paciência do Doragon

- "Ok seu pilantra...você tá protegendo quem? Só há políticos aqui, até parece que alguém da sua organização iria se infiltrar na reunião mais importante da história!" - Esbraveja Katsuo, até Sakurai apontar o dedo para uma determinada fileira de bancos, ele seguiu com os olhos e...bingo...ele só tinha visto uma vez, mas aquele chapéu ele reconheceria em qualquer lugar...De algum jeito que Katsuo nem sequer consegue imaginar, a Baronesa se infiltrou na reunião, e estava lá sentada toda plena assistindo os discursos, olhando de longe nem parece a dona da maior organização de assassinos alguma vez montada

- "Percebeu agora? Tem pessoas muito importantes aqui, é meu dever protegê-las a todo custo..." - Diz Sakurai com uma convicção digna de um herói

- Você por acaso é dodói da cabeça? Você tá na minha mão agora por que eu quero que você e a sua organização se foda, mas qualquer outro guarda que tivesse te visto aqui teria te matado na mesma hora, que tipo de guarda costas você é?" - Pergunta Katsuo tentando colocar na cabeça dele que até o momento ele fez um trabalho horroroso

- "Eu...eu não tinha parado pra pensar nisso, eu achei que estava escondido" - Disse Sakurai com naturalidade

- "E desde quando encostado na parede é ficar escondido seu idiota?!" - Katsuo pergunta, não obtendo resposta alguma, na verdade a resposta que ele obteve o fez repensar sua ideia anterior - "Espera, você me viu, teve a oportunidade de me matar e você escolheu me poupar, que gentileza, eu disse pra você, seremos bons amig... - Essas foram aa últimas palavras de Sakurai antes de ser arremessado pela janela, a burrice extrema dele fez a ideia de jogá-lo pra fora parecer muito mais atrativa do que ficar ouvido mais algumas das suas peripécias que iriam desgastar ainda mais a sua paciência

Depois de jogá-lo Katsuo sentiu um leve aperto no peito...isso era estranho, ao retornar seus olhos para os bancos lá em baixo pode notar uma pedra de esmeralda, um pontinho verde...uma pupila esverdeada logo abaixo do chapéu, brilhando diretamente pra ele, estava realmente muito longe, longe o suficiente para Katsuo não conseguir ver o rosto dela, mas ele tinha certeza que a Baronesa estava o encarando

- "Me notou dessa distância? Você com certeza tem bons olhos Baronesa..." - Disse Katsuo pensando estar sozinho

- "Com certeza ela tem, já que escolhe seus subordinados a dedo..." - Diz Sakurai na janela

Katsuo tomou um pequeno susto, levando seus olhos para a janela rapidamente, vendo Sakurai logo acima de um pequeno redemoinho

- "Então...um mago do vento..." - Diz Katsuo sorrindo ao ver o garoto voando

- "Legal né, aprendi a voar manipulando o vento" - Diz Sakurai se vangloriando da sua técnica

- "Se abaixa um pouco, tem gente vindo..." - Diz Katsuo e Sakurai se prontifica em voar um pouco mais baixo, sumindo da visão da janela

Alguns segundos depois dois guardas do Reino do Vento surgem, com suas espadas de lâmina curvada nas cinturas, uma arma característica daquele povo, estavam conversando animadamente, até que viram Katsuo e o sorriso sumiu na mesma hora...ele arriscaria dizer que viu um olhar de nojo na face deles

- "Olha só o que temos aqui...um soldadinho de chumbo dos desgraçados da Meia-noite..." - Disse um deles

- "Como é amigo?" - Pergunta Katsuo no limite da paciência, já que Sakurai fez o favor de gastá-la a poucos minutos atrás

- "Você é um desgraçado, mas não é surdo, você me ouviu bem, não me faça querer repetir, e não volte a me chamar de amigo, isso me dá arrepios..." - Volta a dizer com hostilidade

- "Não vejo motivos pra você se referir a mim com tanta ignorância..." - Diz Katsuo com certa raiva na voz

- "Você é burro por acaso? Não estudou história? Foi um de vocês que destruiu a nossa capital no milênio passado, fizeram a chacina na cidade..." - Diz o outro guarda

- "Um crime cometido por um traidor a mil anos atrás que vocês estão vindo cobrar agora, acho que o burro não sou eu, vocês que estão derramando lágrimas por uma causa que não viveram" - Responde Katsuo machucando o ego daqueles guardas

- "....Como é que é seu filho da puta?!" - Foi a última gota para que o guarda avançasse em Katsuo e o pegasse pela gola do seu uniforme

- "Você é um desgraçado, mas não é surdo, você me ouviu bem, tá se doendo um pouco agora "amigo"?" - Diz Katsuo com um sorriso de satisfação por esgotar a paciência daquele homem, se é que é possível chamar aquele ser vivo de homem

Mas uma expressão de surpresa surgiu na face de Katsuo quando ele viu sangue...e o braço daquele homem cair no chão enquanto o guarda se ajoelhou com uma das pernas, antes que ele gritasse de dor sua cabeça rola pra frente e cai também no chão, seu pescoço vazio vira uma fonte, com um líquido vermelho jorrando dali, quando o tronco caiu no chão, tanto Katsuo quanto o outro guarda voltaram sua atenção para a janela, onde Sakurai estava movimentando seu dedo indicador no ar em movimentos circulares, mas o destaque ia para seu sorriso macabro

O outro guarda estava desesperadamente tentando tirar a sua espada da bainha, mas suas mãos tremendo impediam que ele fizesse um movimento mais acertado, então antes de sequer ter a chance de se defender, Sakurai deslizou o dedo no ar e como um passe de mágica, a segunda cabeça foi cortada...

Nesse momento uma poça enorme de sangue já tinha se formado

- "Olha só, parece que o idiota sabe alguns truquezinhos bem interessantes" - Diz Katsuo satisfatoriamente olhando os corpos no chão, Sakurai apenas abriu um grande sorriso divertido com as palavras do seu "amigo"