Amiga de infância

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Yugi

Atem:-Por que ficou assim?

Desfio o olhar e mexo de leve os dedos,não devia ter me alterado.

Yugi:-Desculpa mas que essa pergunta foi muito íntima.

Atem:-Dividimos esse corpo um dia. Não devia ficar alterado por eu perguntar sobre isso.

Respiro fundo e volto a o olhar.

Yugi:-Ainda sou virgem.

Atem:-Entendo.

O silêncio se torna desconfortável e quando ia perguntar sobre mais cedo,a porta é aberta revelando o Seto. O Atem vai até ele e o conselheiro o sussurra algo em seu ouvido,não consigo escutar as palavras do tricolor mas por sua expressão imagino que seja sério.

Ele volta para perto de mim e percebo que está com o olhar distante,vantagens de ter o conhecido como um espírito.

Yugi:-Aconteceu algo?

Atem:-Akanadin.

Decido não perguntar mais nada,ele não quer comentar sobre e não serei eu a força estender esse assunto.

Yugi:-O que o Mahad pensou quando nos viu abraçados?

Atem:-Que você era de alguma casa dos prazeres.

Yugi:-Eh?

O que tem na cabeça dessas pessoas!?

Atem:-Não se preocupe,já expliquei para ele que você não é isso.

Yugi:-Seus servos são malucos.

Atem:-O tempo deles é outro,aibo. Não são acostumados a ver um faraó abraçando alguém é num quarto sozinhos.

Choque de tempos,eu já devia esperar isso.

Atem:-Seu banho está pronto,tome e lhe esperarei para jantar.

Concordo com a cabeça e o vejo sair.

Meu olhar vai para o crepúsculo que de pouco a pouco vai indo e tanto lugar a noite,suspiro e saio da cama indo para uma porta com cortina. Para minha sorte e realmente o banheiro.

Yugi:-Isso vai da certo? Não quero ser um incômodo para ele.

Por enquanto não devo ficar pensando nisso,só tomar um banho e relaxar.

Alguns minutos depois

Abaixo um pouco a barra da túnica e arrumo os ombros,enquanto caminho até o lugar que o Atem está me esperando,ergo mais um pouco nos ombros para não ficar amostra e termino de arrumar o cinto. Continuo meu caminho passando por vários guardas,alguns olham para me em surpresa mas outros apenas ignoram e continuam seu serviço.

Chego no local encontrando dois guardas parados,engulo em seco e sorrio de leve abrindo a porta e vendo o Atem sozinho.

Fecho a porta com cuidado para não fazer barulho,caminho devagar para não fazer tanto barulho e fico admirando meu outro eu sobre a luz da Lua.

A capa balançando de leve pelo vento,a parte loira reluzindo em contraste com a luz lunar,até mesmo sua pele bronzeada ganha um destaque que não consigo descrever mas é lindo a forma como a luz da Lua a ilumina. Ao chegar mais perto percebo a taça de ouro na sua mão.

Fico em silêncio e me pergunto se seria certo o avisar sobre minha presença,e perceptível que está perdido em seus pensamentos e isso me faz sentir falta de quando estávamos juntos,ligados pelo enigma,onde os pensamentos um do outro podiam ser ouvidos. Sem precisar trocar palavras,sem necessitar uma conversação longa.

Um amor no pós-vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora