- 𝟎𝟕

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"you made me hate this city"

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- Você não sente raiva de mim por não ter te contado que você era adotada? - a mais velha pergunta com uma certa dificuldade

- Não sinto não, eu entendo por que você escondeu isso de mim - Sorri sem graça pra ela

- Eu fiquei com tanto medo de te contar, achei que você iria querer ir embora pra sua mãe verdadeira, Iria me odiar pra sempre

- Eu nunca te odiaria mãe, você sempre fez tudo o que pôde por mim, seria muita ingratidão e hipocrisia da minha parte

- Eu não faço nem ideia de quem ela seja, mas eu queria poder agradecê-la por ela ter me dado uma bebê linda como você

- Eu não quero te perder mãe, eu não to pronta pra viver sem você - digo chorando

- Não chore pequena, por mais que eu me va, eu vou estar sempre com você, te protegendo

- E se eu não conseguir suportar a dor de você ter ido embora?

- Você consegue meu amor, você é forte, eu sei que você vai conseguir seguir em frente

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- S/n? Está tudo bem? - Tânia me olha preocupada

- S/n, seu nariz - Gustav diz desesperado pegando um papel pra colocar no meu nariz

- Eu estou bem - Digo limpando meu nariz com o papel

- S/n nariz sangrando não é um bom sinal, você está doente? - Gustav pergunta

- Não, eu estou bem, isso é só do frio - Menti

- Não é frio S/n, eu cansei de esconder, isso ela vive fraca o nariz sangra, já encontrei um bolo de cabelo no lixo do banheiro, isso tudo está ficando preocupante - Tânia desabafa

- S/n, você está... - Georg olha para Gustav que olha para Tânia

- Não, não, não!!! eu não estou com câncer, não pode ser, não, eu não estou!! ok?? nunca mais pensem isso!! - Digo alto saindo do sofá e indo rapidamente pro quarto

- Calma, s/n!! - Gustav tenta vir atrás de mim, mas eu o impedi fechando a porta

Por mais que eu quisesse mentir de que não estava com a mesma doença da minha mãe, eu não conseguia esconder todos os fatos que comprovam isso, cada dia meu cabelo cai, meu nariz sangra, minha urina está ficando com uma cor escura e meu corpo está com algumas partes escuras também, quase não tenho vontade de comer, isso tudo está sendo uma barra muito grande pra aguentar sem que alguém fique preocupado comigo

Eu não posso morrer do mesmo jeito que minha mãe, não posso ter o mesmo final, eu preciso lutar contra isso, preciso vencer isso. Enquanto tentava bancar de forte minha visão foi apagando e eu desmaiei no chão novamente

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- Pai... - Vou até o homem que estava chorando em prantos no chão

- SAI DAQUI!!! - Ele me empurra e eu caio no chão - Isso tudo é culpa sua!! É TUDO CULPA SUA!!! - ele grita

- Não... não é minha culpa... não é - Digo chorando desesperada

𝐃𝐞𝐩𝐨𝐢𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐩𝐚𝐫𝐭𝐢𝐫 | 𝐊𝐚𝐮𝐥𝐢𝐭𝐳'𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora