𝐃𝐞𝐩𝐨𝐢𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐩𝐚𝐫𝐭𝐢𝐫 | 𝐊𝐚𝐮𝐥𝐢𝐭𝐳'𝐬

- 𝟏𝟖

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De manhã cedo Tom veio em casa com um cara do caminhão de mudança, então começamos a ajeitar todas as coisas, eu não tinha muito o que levar, apenas roupa, pois o resto das coisas que eu tinha haviam ficado todas na casa do Tom, apenas o Bill iria levar os objetos dele. Estava usando um vestido roxo rodado meio curto, já que não tinha uma outra roupa pra vestir, tínhamos esquecido de colocar as roupas pra lavar

Enquanto Tom ajudava o Bill a carregar as coisas pra dentro do caminhão eu sentia a leve impressão de que os dois estavam me encarando de uma forma diferente, até o moço do caminhão ficou me olhando, porém ele parou quando Tom fez um carão pra ele, será que eu estava tão atraente assim pra ter eles me olhando dessa forma? ou talvez meu vestido estivesse muito curto que provocasse esses olhares pra mim?  eu não tinha muito o que fazer, era a única roupa que eu tinha disponível no momento

— Esse vestido não tá muito curto pra você usar não? — Tom pergunta passando do meu lado

— Não é minha culpa, eu só tinha esse no armário — Dou de ombros

— Agora um monte de gente vai ficar te olhando como se quisesse um pedaço seu, eu mereço isso — Tom revira o olho — Toma, cobre sua bunda com minha camisa, não quero ter que matar ninguém hoje — Tom me dá a camisa social dele

— Que ciumento — Digo baixo enquanto colocava a camisa na minha cintura

— Isso não é nem metade do que eu posso ser, S/n, não me provoca — Tom diz de uma forma séria

— Tá calma, estressadinho — debocho

— Olha só, Gustav e Georg chegaram pra ajudar — Bill aponta para os dois que estavam vindo em nossa direção

— Fala, vareta, tudo certo? — Georg se refere ao Bill

— Vareta é sacanagem — Bill diz parando de fazer o que estava fazendo e olhando pro garoto

— Melhor do que ser apelidado de talarico raspa canela — Georg coloca o braço em volta do pescoço do Bill

— Você não muda nada mesmo — Bill reclama tentando tirar o garoto de perto dele

— Oi S/nzinha — Gustav me dá um abraço

— Oi Gus Gus, chegaram bem na hora — digo abraçando ele

— Eae Tom — Gustav faz um aceno com a cabeça

— Eai — Tom acena de volta

— O que tá rolando aqui? vocês se acertaram já? — Georg pergunta olhando pra mim e pro Bill

— É uma história bem embaraçosa, mas acredito que a gente possa bater um belo papo depois, agora precisamos terminar usos aqui — Digo olhando pro tanto que coisa que ainda tinha pra colocar no carro

— Beleza, a gente vai adorar ouvir explicações — Georg diz não querendo manter contato visual com Tom — Vamo carregar aquela caixa ali Gustav — Georg chama o garoto que logo vai ajudar ele

Ficou um clima meio estranho com Georg fingindo que o Tom não existia, porém isso iria ser resolvido mais tarde. Continuamos a carregar as coisas pro caminhão e então quando tudo já estava lá dentro, fomos para a casa do Tom. Fizemos todo o processo de novo de tirar as coisas e levar pro andar de cima, enquanto os meninos traziam as coisas eu arrumava lá em cima junto com Tom

— Ei — Tom me puxa pela cintura

— Ai, que foi? — Olho pra ele sem entender

— Aqui você pode ficar sem isso — Tom tira devagar a camisa dele da minha cintura — Eu não tive tempo de dizer isso, mas você está linda como sempre — Tom diz afastando meu cabelo pra trás da orelha enquanto me olhava com aqueles olhos brilhantes