Imagines Preferência Atores Coreanos

Cap. 1: Lee Jongsuk

1. Lee Jongsuk
Tema: Máfia
Capítulo Único

Apoio a ponta da caneta no meu rosto enquanto observo os prédios pelas janelas do meu escritório, pensando em que passo eu deveria tomar em seguida a respeito de Jongsuk. Não podia deixar a situação terminar assim, mas, em contrapartida, não deveria deixar de lado a minha vingança para fazer justiça à morte do meu pai.

Sou tirada dos meus pensamentos quando meu celular vibra sobre a mesa de vidro. Atendo rapidamente, poderia ser novas notícias sobre o caso.

"Senhorita, algo aconteceu..." A voz ansiosa de um homem soa do outro lado da linha.

"Fale", digo de repente ansiosa.

"Jongsuk foi capturado...", ele diz.

"O que? Eu pedi para você ficar vigiando ele!", digo, alterando um pouco a minha voz.

"Desculpe, eles foram mais rápidos", ele diz, abaixando o tom de voz.

Eu estava irritada agora, mas não era com meu capanga. Respiro fundo e me acalmo, pensando no que mais importava no momento, que era a segurança de Jongsuk.

"Não se desculpe, eu sabia que eles iam fazer algum movimento, só não esperava que seria agora... Me passe a localização e me explique a situação, eu vou aí agora!", digo, desligando o celular.

Corro pelas escadas e vou o mais rápido que posso até a saída. Meu motorista me cumprimenta.

"Prepare o carro", digo para ele, que acelera os movimentos.

Durante nosso trajeto, recebo a mensagem com a situação atual e a localização. Jongsuk estava amarrado por cordas em um galpão abandonado. Ele disse que, além de Jongsuk, que estava inconsciente, seis homens entraram, mas apenas quatro saíram, o que significava que dois estavam de vigia.

Jongsuk era o meu principal suspeito e alvo no caso da morte do meu pai. Não havia muitas informações sobre o seu passado e nem sobre as suas atividades com a antiga máfia à qual pertencia. Eles eram meticulosos em tudo o que faziam, e foi difícil até mesmo para alguém como eu conseguir qualquer coisa sobre ele. Eu tinha total certeza de que ele estava por trás de alguma coisa no plano, mesmo que não houvesse provas ou evidências sobre as minhas dúvidas. Meus capangas o sequestraram para a nossa investigação, mas logo tivemos seus álibis. Ele realmente não tinha nada a ver com o caso. Contudo, eu não pude simplesmente deixá-lo ir. No início, pensei que fosse por estar fortemente agarrada a essa ideia, mas depois descobri que tinha me apaixonado por ele, e era recíproco. Agora, eles usam Jongsuk para me ameaçar.

Observo as luzes dos postes, que antes passavam rapidamente pelas janelas do carro e agora se tornam lentas. Havíamos chegado ao local.

"Senhorita!" O homem que estava à minha espera me cumprimenta.

"É lá, não é?" Digo, apontando e já indo em direção ao galpão.

"Sim", ele diz, tentando me acompanhar.

Paro de andar e o observo.

"Fique aqui, eu resolvo isso! Se prepare que eu vou sair daqui com o Jongsuk", digo, voltando a correr em direção ao galpão.

Observo de soslaio antes de entrar no local. Como o esperado, dois homens ficavam à frente da cadeira onde Jongsuk estava amarrado com as mãos para trás. Noto que havia uma fita em sua boca, e feridas recém-feitas cobriam boa parte do seu rosto. Seu rosto estava pendido para o lado, ele ainda estava inconsciente. Apesar de meu coração doer um pouco por vê-lo daquele jeito, a dor se transformou em raiva e logo fez meu sangue ferver em minhas veias.

Coloco as mãos nos bolsos do meu sobretudo e entro com passos calmos no local. O barulho dos meus saltos chama a atenção dos vigias, que param de rir com a minha proximidade.

"Posso saber quem é você?" O maior deles pergunta enquanto joga a fumaça do seu cigarro no meu rosto.

"Vocês não sabem quem eu sou? Ai, que coisa chata..." Coço a nuca como parte da minha ceninha.

"Eu perguntei quem é você!" O grandão se coloca na minha frente, parecia estar começando a se irritar.

"Por onde começo?" Coço o queixo para parecer que estou pensando fundo no assunto. "Sou a líder da máfia que o seu chefe tanto procura!"

Eles olham um para o outro e, em segundos, começam a gargalhar sem parar. Leva um tempo até que um deles pare de rir e pergunte.

"O tão poderoso chefe da tão famosa máfia é uma mulher?" O outro ri ainda mais alto.

"Acha que vamos acreditar nessa sua história? Saia daqui enquanto ainda estou sendo legal!" O grandão volta a falar e joga seu cigarro fora, se inclinando um pouco na minha direção para jogar a fumaça mais perto do meu rosto.

Tento me segurar para não acabar com a raça deles ali mesmo, mas abro um sorriso e continuo com a minha ceninha. Retiro de um dos meus bolsos um batom vermelho e jogo-o no chão.

"Nossa, como estou desastrada hoje, pode pegar para mim?" Pergunto para o grandão com um sorriso no rosto. Ele ri, mas logo se abaixa.

Assim que ele se inclina, uso-o como apoio e dou um salto, chutando o peito do outro, que praticamente voa para longe.

"Fácil!" Digo, sorrindo, enquanto me equilibro de volta, olhando para o cara nocauteado praticamente do outro lado da sala. Me viro para o outro, que vinha pronto com um soco, mas desvio facilmente. "Muito lento!" Puxo o seu braço e desfiro alguns golpes contra ele, em seguida, dou um chute no meio das suas pernas, em partes um tanto sensíveis. Ele cai no chão, gemendo de dor.

"Parece doer..." Digo, olhando para ele. Com o tanto de força que lhe resta, ele se levanta e foge.

Sem esperar muito, corro na direção de Jongsuk para soltá-lo, mas ao me virar, vejo que o homem que chutei anteriormente estava acordado e mesmo deitado no chão, apontava uma arma para a cabeça de Jongsuk.

"Não!" Corro até ele o mais rápido que posso e chuto o seu braço para que a arma voe longe. Infelizmente, era tarde. Tudo o que pude fazer foi mudar o trajeto da bala. Felizmente, de meu ponto de vista, a bala não atingiu nenhum ponto vital. "Desgraçado!" Digo com raiva.

Seguro o braço dele com o meu pé e coloco o meu peso sobre ele, o homem grita de dor. Enquanto isso, pego o meu celular no meu bolso e ligo para o meu capanga que estava do lado de fora me esperando.

"Jongsuk foi baleado, me ajude a tirar ele daqui!" Digo isso e rapidamente desligo.

Me abaixo e me aproximo do rosto do homem. "Dói!" Ele grita segurando o braço com a outra mão.

"Sério? Me deixe aliviar a sua dor, então! Vamos lá..." Seguro o rosto dele com as duas mãos. "Boa noite!" Desfiro um soco contra o seu rosto, e o homem cai inconsciente no chão.

Minha atenção se volta para Jongsuk novamente, e corro até ele, começando a desamarrar as cordas que deixaram marcas em seus pulsos. Retiro a fita de sua boca e me sinto mal de repente.

"Você podia estar acordado para ver o show que eu dei aqui hoje..." Tento limpar uma das feridas do seu rosto e escuto uma risada conhecida.

"Eu vi..." Sua voz soa quase como um sussurro, e eu podia ver seus lábios esboçando um leve sorriso.

"Aí está... Já estava com saudade de olhar para o seu sorriso... Mas, poupe suas palavras, vamos para um hospital logo", digo me levantando e então vejo o meu capanga entrando, ele corre em nossa direção.