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Cap. 4: Cha Eunwoo

4. Cha Eunwoo
Tema: CEO
Capítulo Único

Meus dedos correm rapidamente pelas teclas de meu computador, quando seleciono enter, sinto como se um peso enorme tivesse sido tirado das minhas costas, estico um pouco meus braços e meu pescoço.

"Terminou?" minha amiga pergunta, dirigindo-me um olhar.

"Sim, só falta repassar os textos para a equipe de revisão, e estarei pronta!" respondo com um sorriso.

"Que inveja de você", ela suspira, retornando ao seu próprio trabalho. "Você realmente pediu demissão hoje, não foi?" ela pergunta.

"Sim, tomei a melhor decisão! Por que acha que concluí tudo tão rápido?" encaro-a com uma expressão de descontentamento. Estava exausta desse trabalho, não pela qualidade da equipe ou das tarefas, mas pela falta de consideração do CEO, Cha Eunwoo, que nunca se mostrou aos funcionários.

"Ouvi dizer que teve uma reunião com ele. Como é?" ela interrompe seu trabalho para se concentrar em mim.

"Ele é bonito, alto e elegante", digo, vendo-a suspirar. Rapidamente, a levo de volta à realidade. "Achou que eu diria isso? Não acredite em tudo o que ouve", respondo nervosa.

"Então, você não se encontrou com ele?" ela pergunta surpresa.

"Não, a secretária dele me demitiu..." suspiro desanimada.

"Por que será que ele se esconde? Deve ser muito feio, não é?" ela especula.

"Não faço ideia. Tudo o que sabemos é o nome dele. Não é meio injusto?" concordo.

"Sim... Cha Eunwoo... Como será que é seu rosto?" ela suspira.

"Bom trabalho para vocês, eu já vou indo!" despeço-me, recolhendo minhas coisas.

"Sortuda...", ouço minha amiga murmurar enquanto me afasto.

Ao longo da minha permanência na empresa, testemunhei inúmeras promoções entre meus colegas de trabalho. Todos que ingressaram na mesma época que eu já foram promovidos pelo menos uma vez, enquanto eu permaneci estagnada. Não é justo atribuir isso à qualidade do meu trabalho ou sugerir que não atendo aos padrões, pois as matérias que escrevo constantemente recebem elogios em diversos aspectos. Essa discrepância de reconhecimento foi um dos fatores para minha decisão de pedir demissão.

Ao sair pelo elevador, sinto-me observada. Antes que as portas se fechem, um homem encapuzado entra. Se era Cha Eunwoo, esse encontro marcante seria lembrado pelo forte cheiro de bebida que exalava. Ficamos em silêncio durante todo o trajeto que pareceu durar uma eternidade. Ao chegar ao térreo, apresso-me para sair e escapar da situação assustadora.

Ao sair do prédio, acelero meus passos, percebendo que ainda estou sendo seguida pelo mesmo homem de antes. Será por ter pedido demissão? Subitamente, o homem me puxa, ficando de frente para mim.

"É você, não é?" ele diz, seu hálito alcoólico atingindo meu rosto. Parece ser mais velho, excluindo a possibilidade de ser Cha Eunwoo.

"Eu? Do que está falando? Eu te conheço?" pergunto assustada.

"Não reconhece meu rosto? Você escreveu aquela notícia sobre o acidente no centro! Minha vida mudou depois de me apontarem como culpado!" ele acusa, aproximando-se.

"Eu não tenho escolha, só faço o que me pedem. Aliás, pedi demissão hoje!" defendo-me.

"Você pode dizer qualquer coisa, não é?" ele diz se aproximando, então, sinto algo afiado apontando meu estômago. "Agora você vai pagar por falar demais!" fecho os olhos, esperando o pior, mas alguém o afasta abruptamente.

"Eu avisei para não deixarem você sair mais cedo, não avisei? Terminou todas aquelas notícias tão rapidamente? É tão ruim assim trabalhar para mim?" o homem mais jovem, que acabara de salvar minha vida, pergunta, elevando o tom de voz.

Surpreendentemente, esse era o verdadeiro CEO Cha Eunwoo?

Um guarda de trânsito intervém e leva o homem raivoso para longe. Cha Eunwoo se aproxima, minhas pernas enfraquecem.

"Então você é...?" pergunto, com a voz trêmula.

"Isso importa agora? Sabe o risco que correu?" ele questiona, elevando a voz.

"Como você... sabia disso?" indago surpresa.

"Ele vem te ameaçando desde que a notícia saiu. Venho rastreando-o há algum tempo. Quando vi vocês no elevador pelas câmeras, soube que era ele! Fomos pegos de surpresa", explica, voltando para dentro do prédio.

"Espera! Eu nem agradeci direito!" seguro seu braço, mas ele se solta.

"Não precisa, ele era um problema mesmo... E terá outras oportunidades de me agradecer!" ele diz, entrando novamente no prédio.

"O quê? Como assim? O que quer dizer com isso?" Caminho na direção dele que continua seu caminho me ignorando completamente.