GAROTAS

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Capítulo 1 - 001

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Capítulo 1 - 001

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Era manhã quando a rainha entrou em trabalho de parto. Sua filha mais velha, Aria, estava assistindo todo o processo, pois a garota iria se casar em breve e com sorte, em poucos meses estaria na mesma posição da mãe.

Os gritos da rainha ecoavam pelos corredores do castelo, apavorando as servas mais novas.

As parteiras insistiam para que a mulher fizesse mais força, dizendo "Está quase lá", quando na verdade, o bebê não dava sinal de vinda.

Os doutores especializados em partos observavam quietos, enquanto comentavam a situação da rainha entre si.

---Chamem meu marido --- Exclamou a mulher antes de soltar mais um grito.

Os homens obedeceram e em pouco tempo o rei estava ao lado de sua rainha, segurando sua mão.

Aria estava longe enquanto cobria sua boca e seus olhos se enchiam de lágrimas.

---Darius --- A mulher chamou seu marido, segurando seu rosto ---Acabe com isso --- Ela soltou mais um grito antes de voltar a falar ---Por favor, salve o bebê.

---Não, meu amor, você vai conseguir, logo estará com nosso filho em seus braços e tudo ficará bem --- O rei não conseguia aceitar o que sua esposa o pedia, ele não seria capaz de cometer tal ato.

---Darius, não existe salvação para mim - Ela choramingou ---Por favor, tire o bebê antes que seja tarde --- A dor estava forte, mais forte do que nunca, mas a mulher apenas olhou para o seu marido e continuou falando ---Ensine o caminho certo aos nossos filhos. Apoie Aria.

---Não --- O rei chacoalhava a cabeça em negação ---Você não pode me deixar, não pode --- Exclamava em prantos.

---Eu não posso mais lutar --- Acariciou os cabelos negros do marido enquanto sorria.

---Senhora, não se deixe levar pelo cansaço, ainda podemos tentar --- A parteira mais jovem falou, enquanto a mais velha balançava a cabeça imaginando o final da rainha.

Com seu coração aos pedaços, o rei ordenou que fizessem a vontade de sua mulher.

Ela sorriu e beijou os seus lábios, antes que os doutores começassem o mais horrível procedimento, o homem abraçou sua esposa e sussurrou "Eu te amo", recebendo um "Eu também, obrigada" como resposta.

Ele segurou os punhos de sua mulher e um dos doutores os seus tornozelos. Pouco depois, a primeira camada de sua barriga estava sendo cortada, e a rainha gritava enquanto contorcia as pernas.

Talvez Yara tivesse se arrependido de sua escolha, mas já era tarde. Sua barriga estava aberta e o sangue já não permanecia em seu corpo. A mãe deu seu último suspiro e o bebê nasceu.

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