𝐂𝐫𝐮𝐞𝐥

Eu e o diabo - 001

Capítulo 2 — Eu e o diabo
001

Esse capítulo contém cenas de abuso sexual. Não leia se se sentir desconfortável. As cenas não são detalhadas porém podem despertar gatilhos.

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Maela sentia seu estômago se embrulhando quando pensava no que havia acontecido horas atrás.

O ritmo de sua mastigação era lento, mas mal conseguia degustar o bolo de amoras, que normalmente a tirava boas confirmações de que estava delicioso.

As lembranças da madrugada traumatizante passeavam por sua cabeça, a torturando a cada segundo na mesa, e tudo piorava estando sentada no lado contrário do homem, sentindo seu olhar pervertido sobre si por toda a manhã.

A princesa estava totalmente desconexa da realidade, com seus pensamentos na noite anterior.

Estava escuro e Maela dormia confortavelmente, até que a grande porta de seu quarto rangeu, anunciando a chegada inesperada de uma pessoa no meio da noite.

O homem com roupas de dormir parecia tão aceso quanto as velas que mal iluminavam o quarto, impedindo que a princesa o identificasse.

Ele deu grandes passos até sua cama e colocou a palma de sua mão na boca da garota antes que ela pudesse gritar.

Maela tinha seu coração acelerado e medo, muito medo. Ela ficou paralisada e não lutou contra o homem quando a colocou de bruços de forma bruta, machucando seu ombro.

Seus olhos se encherem de água quando o homem sussurrou —Se fizer algum barulho, eu te jogo pela janela — Não pela ameaça, ela desejava morrer naquele momento, mas pelo dono da voz.

Harvey, o homem que a viu crescer e a ensinou inúmeras coisas agora estava puxando a barra da sua camisola.

Ela ouviu o barulho de roupas e logo sentiu a pior coisa daquela madrugada.

A sua virtude sendo tirada brutalmente. Harvey penetrou na garota sem nenhum cuidado, fazendo com que a princesa engolisse um grito dolorosamente.

Os seus braços estavam presos nas costas, com os pulsos sendo segurados pelo rei que não media sua força e causava mais dor para a jovem.

Enquanto o seu corpo se mexia rápida e dolorosamente para cima e para baixo, seus olhos observavam o céu escuro e estrelado. Maela clamava para que A Mestra a poupasse de tanto sofrimento, mas a deusa não parecia ouvir.

A princesa não sabia ao certo quanto tempo aquela tortura durou, mas os sinais em seu corpo ficaram evidentes.

Seus pulsos ficaram avermelhados e doloridos, sua vagina sangrou por minutos - ou horas - a princesa perdeu a noção do tempo, já que depois do ato sem consentimento ela ficou encolhida na cama se afundando em lágrimas e lamentações, se perguntando se o que aconteceu era um pesadelo ou a realidade.