05.

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NITARA COLOMBO

Hoje teria um jogo do Barcelona contra o Las Palmas e eu vim ver o meu homem. Meu celular vibrou no meu bolso e eu peguei-o, vendo o nome do Héctor na tela de bloqueio. Ele tinha mandado alguma foto para mim.

Abri a foto e um sorriso sincero surgiu nos meus lábios. Marc e Héctor sorriam para a câmera em uma selfie e na legenda da foto ele disse: "Eu e o sementinha dois". Soltei uma risada ao ler e revirei os meus olhos, respondendo ele e dizendo que só existia um único sementinha no mundo e ele sabia quem era.

Héctor me xingou e eu xinguei ele de volta. Eba, relacionamento saudável. Ninguém entenderia a nossa própria linguagem do amor. Eu amo esse homem. O meu namorado é um dos únicos europeus que eu não odeio e se algum dia eu disse o contrário, eu estava com fome e com sono.

(...)

Gritei animada quando observei o gol do meu homem. Gündogan acertou perfeitamente uma enfiada de bola que parou nos pés do Héctor e o meu namorado ganhou a disputa de bola com o zagueiro do Las Palmas, chutando-a dentro da trave e marcando o gol para a equipe Blaugrana.

Héctor beijou a nossa aliança no dedo anelar, direcionou uma piscadela e fez uma arminha com as duas mãos, fingindo que estava atirando. Soltei uma risada toda bobinha e virei para o lado, vendo a Lilith me gravar. Fiz uma cara de tacho e acertei um peteleco na orelha dela.

— Não posso perder a postura. Quem é o cachorrinho na minha relação com o Héctor é ele, não eu. — eu brinquei. Lilith soltou uma gargalhada e nós comemoramos o gol juntas, ela nos gravou com o zero ponto cinco da câmera traseira do celular e nós mostramos as nossas línguas, depois fizemos bico. — Ai, meu macho é muito gostoso e ainda sabe jogar futebol. Deli-delícia.

Fiz uma dancinha, comemorando, e a Lilith me encarou com os lábios em uma linha reta.

— Prefiro boceta. — a morena respondeu. Eu assenti e acertei dois tapas nas costas dela.

— Queria eu preferir florzinha do que pintinho amarelinho. — eu retruquei. — Mas eu gosto do pintinho amarelinho do meu homem.

Arregalei os olhos ao lembrar que a minha melhor amiga estava gravando e ela gargalhou, parando a gravação logo depois. Tentei pegar o celular dela, mas falhei miseravelmente.

— A internet toda vai saber disso, bobona. — Lilith respondeu. Senti o meu coração acelerar e eu balancei a cabeça em negação, desesperada.

— Eu vou espalhar para todo mundo que você fez xixi na cama quando tinha dez anos! — eu disse. A minha melhor amiga semicerrou os olhos na minha direção e apagou o vídeo na minha frente, até mesmo da lixeira. Afaguei o cabelo dela. — Boa garota. Agora late.

Lilith acertou um tapa forte na minha nuca e eu resmunguei, passando a minha mão ali para aliviar a dor. Falsa.

(...)

Héctor me agarrou pelo pescoço quando nos encontramos no estacionamento do estádio e encheu o meu rosto de beijos. Eu agarrei ele pela cintura e soltei algumas risadas bobas até o momento em que ele juntou as nossas bocas. Nossas línguas se encontraram e se acariciaram, fazendo uma sensação boa preencher o meu corpo e a minha mente.

Eu era apaixonada por ele. Eu amava ele. Héctor era o meu primeiro amor e eu espero que o último também. Sei que estamos muito novos para isso, mas eu consigo facilmente me imaginar casando com ele e tendo filhos. O meu namorado me tratava como se eu fosse uma princesa e como se eu fosse a única mulher no mundo inteiro.

Encerrei o beijo com vários selinhos e o moreno apertou o meu pescoço. Ele afastou as nossas bocas e acariciou a minha mandíbula.

— Madame, vamos a um restaurante. — Héctor avisou. Eu alinhei os meus lábios e assenti, ainda abraçada nele. O meu namorado me encarou admirado e abriu um sorriso bobo, ele deixou um selinho nos meus lábios e me puxou pela mão.

exmas, hector fort.Onde histórias criam vida. Descubra agora