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Assim que desligo a ligação eu digo para o motorista seguir e passo o endereço que Rhian me passou pelo telefone.
Ele queria saber o que aconteceu mas eu disse que contava quando chegasse lá, ele disse a estava tudo bem.
Não demora muito para que o motorista chegue na frente de uma casa bem diferente da de Dean.

Não demora muito para que o motorista chegue na frente de uma casa bem diferente da de Dean

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Mal desço do carro e já vejo Rhian se aproximando.
-O que ele fez?- ele me pergunta.
-Nada de mais.
-Nada de mais?
-Só gritou comigo, me deixou assustada.
-Você está bem?
-Estou.
-Vamos entrar? Quer tomar uma água?
-Quantas perguntas- dou um sorriso- vamos, quero sim.
Nós dois entramos e não posso deixar de reparar em como essa casa é o estilo oposto da de Dean.
Ele alcança minha água.
-Aqui- ele diz passando o copo para minha mão.
-Como sabia que eu ia precisar de você?
-Como?- ele pergunta sentando no sofá, acenando para eu me sentar também.
Vou até o sofá e sento do lado dele.
-Como sabia que eu ia precisar do seu número.
-Ah, eu conheço o Dean a muito tempo.
-Já sabia que ele era assim?
-Sim- ele confessa.
-Porque não me avisou antes?- pergunto chocada.
-Você acreditaria em mim?- ele me pergunta olhando no fundo dos meus olhos, e o pior de tudo é que eu sei que não acreditaria- sei que ele pode ser muito convincente em parecer que ele é um bom homem, mas as vezes ele perde a linha.
-Eu não sei nem o que dizer.
Ele fica olhando nos meus olhos. E os olhos dele são incríveis...
-Não precisa dizer nada- ele diz e coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.
Ele vem se aproximando cada vez mais e eu acho que me aproximo também.
Não sei exatamente em qual momento começou, mas em pouco tempo já estávamos nos beijando, e no comeco foi estranho porque eu não tinha beijado ninguém desde que sai de Nova York para vir pra Paris, nem mesmo beijei o Dean.
Quando nos afastamos ele olha no fundo dos meus olhos novamente.
-Foi bom- digo e foi um sorriso.
-Foi mesmo- escuto uma voz masculina, mas não foi Rhian, e só percebi isso quando vi ele ficando pálido.
-Merda, não tranquei a porta- Rhian diz baixo.
Nesse momento decidi olhar pra trás e vejo o Dean, e essa é a minha vez de ficar pálida.
-Estava mesmo dando mole pra ele no restaurante então- Dean grita- qual seria o próximo passo que eu iria assistir se eu chegasse aqui mais tarde? Só de pensar que me senti culpado e comprei isso- ele vem rápido na minha direção e joga um buquê de rosas que eu não tinha visto com ele antes desse momento- eu devia ter falado pra ela deixar os espinhos, seria melhor pra jogar em você- sinto meu coração afundar no peito e me sinto muito mal.
-Dean, para com isso, está assustando ela- Rhian fala.
-Cala a boca- Dean grita- ou o próximo prato que vai sair na sua cozinha vai ser feito com sua própria pele- ele olha pra mim- e Violet vai comer.
Ele chega mais perto de mim e agarra meu braço. Começa a me puxar pra sair da casa de Rhian e eu tento impedir, mas isso faz ele apertar meu braço mais forte e me puxar mais.
-Para, tá me machucando- grito, começando a chorar. Como ele pode ter sido assim? Porque ele está fazendo isso comigo.
Ele me puxa um pouco mais forte e me joga no chão.
-Você é minha! Não pode fazer isso comigo! Você é minha- Dean não para de gritar e nesse momento meu rosto já está todo encarnado de lágrimas.
-Por favor...- peço.
Dean faz uma cara horrível que me deixa com muito medo do que ele pode estar pensando em fazer, mas nem dá tempo porque Rhian aparece atrás dele com uma algema e prende os pulsos de Dean.
-Você está descontrolado- Rhian diz.
-Me solta, não pode roubar tudo o que é meu!
-Você humilhou meu restaurante várias vezes hoje, precisa ficar um pouco pensando sobre isso- Rhian olha pro meu braço- você está bem?
Olho pro hematoma que está se formando e depois olho para Rhian de novo, que agora está prendendo Dean, que ainda está se debatendo, em uma coluna da casa.
-Acho que estou- respondo.
Assim que ele acaba, vem em minha direção.
-Você quer ir pra outro lugar? Aonde pode ficar mais segura- ele me pergunta, visivelmente preocupado.
-Não sei, você pode ir junto?
-Infelizmente não dá, tenho que ficar aqui pra soltar Dean em algum momento.
-Mas ele não vai fazer nada contra você?
-Aposto que não.
-Eu queria ficar aqui com você.
-Eu sei, mas precisa sair. Ele vai te machucar se você ainda estiver aqui quando eu soltar ele.

Rhian chamou um táxi pra mim e agora eu estou na casa da Dalila, eu ainda não contei pra ela o que aconteceu e nem citei nada sobre a briga de Rhian e sobre Dean, muito menos sobre ter sido Dean o encarregado daquele hematoma em meu braço, quando ela perguntou sobre o hematoma do meu braço eu disse que tinha batido na escada.

-Mentira- ela me acusa.

-Eu já falei, eu só me bati, não foi nada demais.

-O Dean não tem nada a ver com isso?- ela pergunta e eu gelo na hora, como ela poderia saber? 

Chego a conclusão que ela poderia estar somente me testando então finjo costume e respondo sua pergunta, logo mudando de assunto.

-Não, não tem, mas estou ficando cansada de falar de um machucado que obviamente foi feito quando bati na escada, que tal assistir um filme? Eu faço a pipoca!

-Ok, pode ser- ela responde mas não parece muito animada com essa ideia, tento não ligar e vou pra cozinha, pegando o milho da pipoca no lugar de costume e começando a preparar, ate que sinto que tem alguem atrás de mim, tento não me importar, até que começo a pensar em Rhian, se ele está bem, se ele já soltou o Dean... Então arrepio. E se for Dean atras de mim? Me viro rapidamente pronta pra gritar...

-Bu!- Dalila tenta me assustar e depois dá uma risada- você devia ter visto sua cara, mas por que ficou com tanto medo assim?

-Isso não teve graça- fico meio emburrada.

Escuto as pipocas começando a estourar na panela atras de mim, então me viro novamente para olhar pra elas.

-Você está virando uma velha ranzinza a cada dia que passa!- ela comenta, bufando e indo pra sala.

As vezes queria contar tudo pra ela, pena que eu não consigo confiar nas pessoas tão rapido assim. 

Quando a pipoca acaba de estourar, coloco em uma bacia e coloco sal, indo ate a sala e finjindo que nada tinha acontecido, pergunto:

-Qual filme vamos assistir?

-Tanto faz- ela responde desanimada. Sei que ela odeia quando não conto as coisas pra ela, especialmente quando se trata de Dean, mas não tenho o que fazer, eu simplesmente não consigo.

-Vou colocar meninas malvadas, tudo bem?

-Pode ser.

Apesar do mau humor de Dalila, dou um sorriso, pois eu amo esse filme. Estava assistindo e comendo pipoca ate que meu celular apitou, vi o olhar curioso de Dalila mas não peguei o celular para ver o que tinha vindo de mensagem, só quando ela parou de prestar atenção que eu virei pro lado e olhei.

Era uma mensagem de Dean:

"Precisamos conversar, aonde você está?"

Não respondi, apenas larguei o celular e tentei focar no filme mais uma vez, mas já estava impossivel...

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⏰ Última atualização: Feb 22 ⏰

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