De Vuelta a Casa

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Musica pra esse capítulo:Thirty Seconds To Mars Hurricane.

Narrador pov:

Era cedo quando Chuck entrou no quarto das meninas, chamando-as para saírem logo antes que a polícia fosse ao Brooklyn.

"Vamos, Bart já voltou. Ele quer falar com a gente." Assim que Madi escuta aquele nome, ela se levanta num pulo e vai se trocar. A essa altura, Chuck já tinha saído do quarto para chamar os outros, e Hillary não estava mais lá.

"Nossa, isso tudo é pressa para ver o papai?" Camila comenta enquanto se levanta da cama.

"Só quero acabar com isso logo. Fora que, para a polícia nos achar aqui, não é difícil." Madi corta o assunto antes que se estendesse e vai ao banheiro escovar os dentes.

Depois de todos terem acordado e feito o que tinham que fazer, a turma se reúne na cozinha para tomar café e falar sobre o que ia acontecer dali em diante.

"Gente, vocês não precisam ir agora, sério mesmo. A polícia não vai vir atrás da gente por agora." Georgina fala sem vontade de se separar dos novos amigos.

"Geo, não dá. A delegada Waldorf já deve estar fazendo planos. Todo cuidado é pouco, estamos em desvantagem." Madi fala pegando um pacote de biscoitos.

"Madi tem razão, por incrível que pareça. Aquela delegada é fogo." Fred fala.

Antes de alguém falar mais alguma coisa, sirenes são ouvidas do lado de fora. Montuay é o primeiro a se mexer e sai do balcão indo para o quarto. Kevin também não fica parado e abre o armário onde ficavam as bebidas, afastando-as e puxando um pedaço do armário onde tinha um cofre, do qual ele tira algumas armas rapidamente.

"Eu estou impressionada." Lauren fala quando Kevin dá para ela um 38 e distribui para os gêmeos, Chuck e Madi, já que não tinha para os outros.

"Não temos tempo para admirar onde escondemos as armas, vocês têm que sair." Montuay segura uma espingarda. "Toma, Geo, você fica com essa." O mais velho entrega sua arma para Georgina, que fica surpresa, já que ele não gosta que ninguém mexa nela, nem seu filho.

"Você tem certeza?" A garota de cabelos escuros o abraça.

"Isso é uma garantia de que vai voltar para casa. Agora vão."

"Vem, eu vou mostrar por onde vocês podem sair."

Kevin segura a mão de Georgina e leva o grupo para a cozinha, onde tinha uma porta branca que levava à rua de trás da casa.

"Vão logo, vamos distrair eles." Todos passam rápido pela porta com pressa, temendo que a polícia os visse, já que estavam em grande quantidade.

"Kevin, eu não vou sem você." Georgina agarra a mão do namorado, com medo de não o ver mais.

"Geo, eu vou ficar bem, não se preocupe. A polícia está atrás de vocês, não de mim."

"Eu te amo, prometa ficar vivo."

"Vou tentar." O casal se despede com um selinho, e Georgina acompanha o grupo, enquanto Kevin volta para o bar que se encontrava cheio de policiais.

"Senhor Smith, temos um mandado oficial para revistar sua casa." Eleanor fala olhando Montuay por cima dos óculos escuros e entrega a folha para ele, que a olha e pega o papel para conferir.

"Certo, mas por que isso do nada?"

"Recebemos uma denúncia dizendo que quatro fugitivas entraram nesse bar aqui ontem, e queremos checar sua casa. Esse é seu filho?" Eleanor aponta para o moreno alto que estava escorado na porta, escutando a conversa dos dois.

"Sim."

"Sabe, senhor Smith, eu investigo a vida dos detentos da minha delegacia. Eu sei que Georgina Spanks mora aqui e namora seu filho. Seria uma pena ele pagar pelos crimes dela, não? Ser cúmplice também dá cadeia." A mulher se aproxima e fala no ouvido de Montuay, que fica preocupado, mas mantém a postura séria.

"Georgina não aparece aqui desde que foi presa. Aliás, eu nem sabia que ela tinha fugido. Pelo jeito, sua delegacia não é tão segura." Antes de Eleanor retrucar, Nate aparece.

"Eleanor, não tem ninguém aqui." Montuay solta o ar que nem sabia que estava segurando. "Mas eu encontrei isso." Nate mostra os curativos de Madi, cobertos de sangue seco. "Ontem, no meio do tiroteio, Madison, uma das fugitivas, levou um tiro. Acho que isso pode ser dela."

"É sério? Acham que elas estavam aqui só por isso? Esses curativos são meus." Kevin se aproxima dos três, e a delegada o olha desconfiada.

"Como se machucou para perder tanto sangue?" Ele sorri e levanta a blusa, mostrando seu abdômen com um machucado enorme e roxo.

"A polícia não gosta muito de negros."

"Mais alguma coisa?" Montuay pergunta, encarando os dois.

"Não, é só isso. Obrigada. Rapazes, vamos." A delegada chama os outros e eles finalmente vão embora.

"Essa foi por pouco." Kevin passa a mão no rosto e solta um assobio.

Enquanto isso, Madi, Chuck e Hillary chegavam em casa junto aos outros, que olhavam tudo boquiabertos com o tamanho do lugar.

"Vocês chamam isso de casa? Parece um palácio." Camila fala encantada. Hillary ri da amiga enquanto Chuck só nega com a cabeça, achando graça de ela se impressionar com tão pouco.

"Vocês não viram nada, têm que ver nossa casa no México e na Espanha." Chuck se vira, ficando de costas para a escada e levanta os braços se gabando, como sempre.

"Não se ache, Chuck, nada disso aqui é seu."

Assim que eles escutam sua voz grossa, olham para a escada, vendo Bartholomew Bass no topo, com um terno preto, gravata vermelha e seu olhar de superioridade. Seu olhar baixa em seus dois filhos e Hillary, que desvia o olhar do mais velho.

"Pai, eu trouxe a Madi e a Hillary de volta." Chuck sorri para o pai, convencido, achando que poderia agradá-lo.

"Eu estou vendo. E pelo jeito, trouxe mais gente para casa." O homem, com semblante sério, desce as escadas calmamente, chegando ao lado do filho e sorrindo.

"É sempre bom receber amigos dos meus filhos. Vou deixar que Fred e George mostrem a casa. Eu preciso falar com os dois." Bart desmancha o sorriso forçado assim que olha para os filhos, quase como se tivesse nojo.

Madi dá uma última olhada para as meninas e dá um sorriso sem graça, acompanhando o pai que caminhava em direção ao seu escritório.

"Isso é culpa sua. Graças a você, vários dos meus homens estão mortos." Madi mal entra e Bart a prensa na porta.

"O que você pensa que está fazendo? Está me machucando." Chuck olha a situação preocupado, com medo de intervir e piorar a situação.

"Você sabe que merece ser machucada. A culpa é sua. Agora meus guardas estão mortos. Você é uma incompetente." Bart levanta a mão, pronto para dar um soco na filha, quando Chuck o empurra.

"Para com isso, pai. A Madi não tem culpa. Eu que organizei o resgate." O moreno se põe na frente da irmã.

"Acha que eu me esqueci de você? É claro que você a ajudou. Você é o herói da família, não?" Bart fala alto e ri. Chuck tenta dar um soco em Bart, mas ele consegue desviar a tempo. Quando Chuck se vira, recebe um soco no nariz, fazendo-o se desequilibrar e segurar na mesa para não cair.

"Você é fraco, não é um Bass de verdade." Chuck tenta se recompor e Madi o ajuda a se levantar.

"O que você quer da gente? Bater não vai resolver seu problema." Madi reúne toda sua coragem e olha nos olhos do homem sem desviar.

"Tem razão, mas outra coisa vai. Preciso que façam um serviço para mim."






1262 palavras.
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