Chamas Gélidas do Coração - Kaeluc

Capítulo 4

Beidou e Thoma correm atrás do barulho que o chamaram atenção, se encontram no corredor e correm juntos a sala na qual estava saindo a poeira da bomba que Thoma tinha entregado a Kaeya, atentos a qualquer sinal de atividade suspeita. Ao se aproximarem Beidou e Thoma encontraram Diluc e Kaeya, caídos no chão, desacordados. A preocupação cruzou o rosto de Beidou enquanto ela se ajoelhava ao lado deles.

-O que aconteceu aqui?  perguntou Beidou, olhando para Thoma, sua expressão também se tornou séria.

Thoma examinou cuidadosamente os irmãos, sua mente inquisitiva tentando encontrar pistas. 

-Parece que Kaeya encontrou Diluc desacordado e brigou com Childe.. e talvez esse foi o preço do encontro de Kaeya ao irmão.

Beidou franziu a testa, sua mente calculando as possibilidades 

Diluc começou a recobrar a consciência, gemendo levemente, Kaeya ainda estava desacordado. Beidou e Thoma se entreolharam, preocupação e determinação espelhados em seus olhos.

-Diluc, o que aconteceu aqui? ~ Beidou questionou, ajudando-o a se sentar.

-V-vocês.. como?

-Diluc! apenas responda nossa pergunta!

Diluc esfregou a cabeça, tentando clarear a visão

 -Childe... Ele apareceu do nada, e então tive uma briga com ele, mas como já estava ferido ele levou a melhor.. me torturou por dias, estou muito fraco e tudo ficou turvo. 

Thoma interrompeu, completando a informação.

-Childe está por aqui. Temos que detê-lo antes que ele faça mais estragos.

Beidou ajudou Diluc a manter o equilíbrio sem êxito, ele estava perdendo muito sangue e seu corpo doía a ponto dele desmaiar novamente. Enquanto Thoma cuidava de Kaeya, mas sem sucesso não conseguiu acordar o cavalheiro.

De repente, o grande salão deu entrada a uma aura pesada e escura, e Childe emergiu como uma sombra entre as cortinas. Seus olhos azuis brilhavam com uma intensidade perigosa, e um sorriso zombeteiro curvava seus lábios.

-Ah, capitã Beidou, e o bravo Thoma. Parece que nossos caminhos se cruzaram novamente ~disse Childe, sua voz carregada de desprezo.

Beidou apertou a empunhadura de sua espada, uma faísca de eletricidade dançando em seus olhos. 

-Pare agora! você ira ser detido e julgado como um criminoso! Por seus crimes em toda Teyvat.

Childe riu, como se a ideia fosse uma piada. -Oh, eles estavam no lugar errado na hora errada. Apenas um pequeno contratempo, agora sua acusação é falha.. eu apenas estou atrás da Gnosis, e quem me impede de ir atrás delas, acaba igual a eles! ~Aponta a Kaeya e Diluc.

-Onde os dois entram nessa corrida atrás das Gnosis?

-Diluc já foi de nossa organização, suas habilidades seriam úteis agora para nós.

Beidou e Thoma se olham chocados com a informação, mas voltam a modo de ataque.

Thoma, segurando firmemente seu Cajado dos Flames, olhou para Childe com determinação.

 -Não há desculpas para ferir inocentes. Você vai pagar por isso.

Childe se posicionou em uma postura de combate, sua lança pronta para a ação. -Vamos ver se vocês são tão formidáveis quanto imaginam.

A luta começou com velocidade e agilidade, com Childe demonstrando sua destreza com lanças e habilidades hydro. Beidou deslizou habilmente pelo campo de batalha, brandindo sua espada com maestria, enquanto Thoma utilizava suas habilidades pyro para criar oportunidades estratégicas. Childe estava cercado pelos ataques coordenados de Beidou e Thoma. O som metálico das espadas se chocando ecoava pelo salão. Thoma, ágil como um dançarino, desviava dos ataques de Childe enquanto lançava chamas controladas em sua direção.

Beidou avançou com sua investida elétrica, tentando desarmar Childe com a força bruta de sua espada. No entanto, o ruivo se esquivava com agilidade sobrenatural, provando ser um adversário formidável. A batalha se desenrolava em uma coreografia caótica de movimentos ágeis e explosões de energia elementar. Childe, apesar de estar em desvantagem numérica, estava longe de ser derrotado. Sua expressão séria mostrava uma mistura de desafio e respeito pelos seus oponentes.

Em um momento de sincronia perfeita, Beidou e Thoma combinaram suas habilidades. Beidou carregou sua espada com eletricidade, enquanto Thoma envolveu Childe em chamas. A colaboração elementar provou ser eficaz, criando uma abertura na defesa de Childe.

A capitã Crux avançou com um golpe poderoso, e Thoma, seguindo o exemplo, lançou uma explosão de chamas. Childe, embora ferido, não se deixou abater. Ele conjurou suas habilidades hydro para criar uma barreira defensiva, permitindo que ele escapasse temporariamente da pressão combinada, os combatentes se separaram momentaneamente, respirando ofegantes. 

Beidou e Thoma, ofegantes após a intensa batalha contra Childe, viram que Childe estava em suas defesas tentando escapar.

-Ele está escapando!~exclamou Thoma, frustração evidente em sua voz.

Beidou cerrava os punhos, observando Childe se afastar. 

-Não vamos deixar que ele fuja impune novamente. Precisamos detê-lo antes que cause mais problemas.

Nesse momento, Childe virou-se, seu sorriso arrogante ainda presente. 

-Capitã Beidou, Chefe Thoma, parece que vocês dois estão com sorte hoje. Não tenho tempo para brincadeiras agora, mas vou dar um aviso gentil.

Beidou apontou sua espada em direção a Childe. -Falará com palavras ou com lâminas, Childe?

Childe riu, como se achasse graça na situação. -Vocês querem proteger esses dois irmãos de Mondstadt, não é? Interessante. Se quiserem evitar que eu os alcance novamente, sugiro que deixem Diluc e Kaeya se virarem sozinhos. Não será a última vez que eu os procurarei.

Thoma estreitou os olhos, seu rosto tornando-se mais sério. -Você não vai tocá-los novamente. Nós de Liyue vamos proteger os de Mondstadt, custe o que custar.

Childe, ainda sorrindo, deu um passo para trás, desaparecendo nas sombras. -Veremos, Chefe Thoma. Este é apenas o começo.

Beidou e Thoma trocaram olhares decididos. Determinaram-se a proteger Diluc e Kaeya, não importasse o que Childe planejasse. Juntos, seguiram em direção ao canto da sala onde os irmãos de Mondstadt estavam desacordados, prontos para enfrentar os desafios que ainda estavam por vir.