Vôo da fênix

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Sons de correntes se arrastando, mofo nas paredes, dando um péssimo aroma ao nariz delicado que se destaca num pequeno feixe de luz...

"Já se passaram 5 dias que estou presa aqui, é o equivalente a 2 dias na terra". - pensou Irene. - "Por que será que ainda não fui julgada? Será que essa vai ser a minha sentença? Passar a eternidade trancada, mofando como essas paredes". - ela se agacha, colocando suas mãos entre os joelhos. - "apodrecer como uma traidora..."

*O rosto de Pedro vem em sua mente*

- "E você Pedro, tanta dedicação para te ensinar a ser como nós, pra acabar daquele jeito...". - uma lágrima escorre pelo seu rosto. - Eu sinto muit...

Seu raciocínio fora cortado por uma voz fraca, que ecoava entre as diversas celas vazias.

- Você é Andrômeda? Estou certo?

- Não pode ser, tem mais alguém aqui??

- Faz um bom tempo que eu não tenho um companheiro nessa masmorra. - ele suspira, juntando forças para falar. - Meu último colega de masmorra só falava que havia sido traído e sobre a dimensão escura. Que tinha conseguido fazer experimentos com as criaturas de lá.

- "Pavão? Será possível que esse prisioneiro está falando dele? Mas isso aconteceu há séculos atrás". - ela pensa, logo após se levantar, surpresa com tal informação. - Quem é você? E como sabe quem eu sou??

- Eu não tenho nome. - ele suspira outra vez. - Na verdade, não tenho nada...

- Certo, mas como sabia quem eu era??

- Ah, isso, eles disseram que você viria...

- Eles???

- AAAAAAAAAARRRRRRGHH!!!!!!

- O que foi??? O que está acontecendo aí??? - perguntou Irene, um pouco antes de sentir a mesma dor. - AAAAAAAARRRHHH!!!!! - ela grita, se contorcendo de dor pelo chão úmido da sua cela. Num segundo de tempo, quase toda sua energia fora sugada, restando nem forças para ficar em pé.

- Andrômeda por favor, eu te imploro, me tire daqui, eu não aguento mais isso... AAAAAAAAARRRGGGHHH. - Mais uma vez sua energia fora absorvida pelas correntes e coletada em pequenos potes que ficaram a frente de sua cela. De repente todo aquele barulho deu lugar a um silêncio absoluto.

- O que foi isso?? Que dor foi essa?? - perguntou Irene, tentando se recompor e percebendo que não foi afetada pelo choque novamente, como seu colega fora. Uma pequena porta se abre no canto da masmorra...

- Vejo que já conheceu nosso amiguinho secreto, Andrômeda.

- Não entendo, o que vocês fizeram com a gente? O que fizeram com ele???

- Nada demais, um pequeno esquadrão do Reino de Câncer vai partir para uma missão no mundo humano. Só vim pegar um estoque de energia reserva, afinal nunca se sabe as surpresas que existem lá. - ele chega perto da cela de Irene. - Não é mesmo? traidora.

- Espera, como assim? - ela pergunta, espantada com o que acabara de ouvir. - Então quer dizer que aqueles potes de energia extra (o mesmo pote que usará em Pedro, quando se conheceram e que já haviam salvado sua vida centenas de vezes em suas missões) vem desse prisioneiro???

- Bingo!!! Hahahahaha. Quer dizer, não todos. - ele se agacha, pegando dois frascos que estavam na frente da cela de Irene. - Esses aqui por exemplo, vieram de você. - um pequeno sorriso maquiavélico é esboçado em seu rosto. - Me pergunto qual seria o seu gosto... - ele diz, levando o frasco suavemente até sua boca. - Se você me permite... - ele da um gole. - Revigorante!!

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⏰ Última atualização: Jul 29 ⏰

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