14.

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Rio de Janeiro.

Estava no CT treinando a beça, o técnico tava persistindo só em mim. E eu sabia que aquele esforço ia valer alguma coisa. Porém tem uma coisa que não sai da minha cabeça. Na verdade, tem uma mulher que não sai da minha cabeça.

Kennedy - Caramba, minha perna tá lascada. Diogo, vamo dar uma parada irmão. - digo e o garoto para e bebe sua água.

Diniz - Depois a gente vai jantar com seu primo e sua tia. - o técnico fala de longe e sua voz ecoa. Eu me viro com Diogo vendo ( S/N ) com um vestido azul colado de alça e um tênis branco. Sorrio ao ver a garota arregalar os olhos pro técnico e emburrar a cara quando ele repreende ela. - Nem vem. Aliás, podemos fazer na sua casa?

( S/N ) - Não força também né papai. - diz cruzando os braços e suspirando. Ela olha seus pés e vira o rosto olhando ao redor. Sorrio de lado quando nossos olhos se encontram. - John! - fala animada e vindo sorrindo até mim.

Levanto do equipamento e fico em pé esperando a menina me dar um abraço. Mas quando ela chega me surpreende com um beijo quente. Abraço sua cintura enquanto os braços delas estão ao redor do meu pescoço, e aproveito o momento. Sua língua entra em contato com a minha fazendo eu sentir o sabor de morango misturado com chiclete de menta. Ela se afasta e me encara com seus olhos doces.

( S/N ) - Bom dia, jogador. - diz sorrindo pra mim. Eu sorrio e tiro levemente seus braços de mim.

Kennedy - Bom dia, princesa. Nós precisamos conversar. Espera, por que me beijou? - digo após assimilar o que ela fez.

( S/N ) - Quer conversar sobre o beijo que eu te dei ontem ou sobre a declaração de amor?

Kennedy - É sobre o beijo. - digo simples e vejo seu sorriso aparecer e logo entendo tudo. - Tu tava bêbada?

( S/N ) - Claro que não, eu bebi sim, mas a cada gole era literalmente uma garrafa de água pra dentro do meu estômago. Eu não tava nem bêbada nem sóbria. Eu tava consciente do que tava fazendo. - explica dando os ombros.

Kennedy - É, mas agora não tá. O técnico tá vindo aí.

( S/N ) - Ele já sabe. Não se preocupa, tá tudo bem.

Kennedy - Mas eu ainda não pedi a senhora em namoro.

( S/N ) - O pessoal ainda usa aliança? - assinto a olhando. - Hum, tendi. Ok, então combinado. As 19:45 na casa do meu pai, pra oficializar tá?

Diniz - A única coisa que eu peço a vocês dois. Não misturem profissional com pessoal. - diz após chegar ao nosso lado. - Agora, o Kennedy precisa treinar.

( S/N ) - Precisa? Não, agora eu e meu namorado vamos almoçar, não é, gatinho? - a olho e seus lábios tinham um sorriso onde suas covinhas apareciam e a deixavam mais fofa. Passo meu braço por cima do ombro dela e encaro o técnico.

Kennedy - Vai discordar dela, chefia? - digo brincando com o técnico.

Diniz - Vão logo e aproveitem antes que eu mude de ideia. - diz saindo dali.

Vejo Marcelo, André e Árias em nossa frente fingindo chorar.

André - Faz nosso menino feliz, doutora. - diz e sai dali.

Marcelo - Oh meu Deus, meu filhote tá tão crescido. - diz e dá um tapinha no meu ombro.

Árias - Se casem. - diz brincando e saindo dali.

( S/N ) - Esses garotos são umas graças.

Kennedy - Doidos é o nome disso. - digo pegando minha garrafinha e entrelaçando minha mão na dela.

POSSESSIVE - John Kennedy.Onde histórias criam vida. Descubra agora