Prólogo

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Anos se passam, amizades se desfazem, relacionamentos se aprofundam ou acabam. Apesar de tudo, as memórias daqueles que amamos ficam como porto seguro. Já se passavam quase 13 anos desde o dia 31 de outubro de 1981, aquele que mudara para sempre a vida de todos no nosso ciclo social (ou a morte). Famílias foram desintegradas, e agora, cada um havia (tentado) seguir por um rumo diferente.

Alya, a última nascida dos Black, agora morava com seus "pais" após a prisão de seu pai biológico, por traição e culpa no assassinato do melhor amigo, irmão da "prostituta" desaparecida que dera luz à ela.

Alya Bianca "Lestrange", filha adotiva, única de Rodolfos e Bellatrix de mesmo sobrenome, vivia na luxuosa mansão Malfoy, os seus "pais"estavam foragidos... Porém o ministério parecia ignorar.
Ela era uma garota de personalidade forte herdada da mãe, e uma beleza indescritível, uma garota de ouro, como afirmava seu pai... Uma menina que desde cedo tivera um propósito colocado goela à baixo pelos pais adotivos: a pureza de sangue e o culto à ela, coisa mais importante que relações, mais importante que o amor e a reputação (segundo o que aprendera até então).

Ela chamava atenção por onde passava, coisa que trazera inimizades e admirações nos últimos anos.

A garota crescera no rígido regime que seu pai e tio enfrentaram. nem seus momentos de lazer com a família Malfoy, a qual fazia visitas rotineiramente eram realmente um sossesgo, levando em conta quem morava alí...

Aprendera desde cedo que o certo era olho-por-olho, dente-por-dente... Sua casa era a grifinória, ao contrário da maioria da família...e o seu bicho-papão, o notório assassino Sirius Black... Sempre que ouvia esse nome, relembrava das histórias horríveis de terror que escutava de Bellatrix, e do seu primo Draco amedrontando-a dizendo que ele estaria embaixo de sua cama à noite. Aquilo era uma das únicas coisas que a fazia suar frio.

Aquela era uma dia como outro qualquer para Alya.
"A garotinha perfeita." Ás 6:30 ela tinha piano, Ás 8:00 ballet, às 10:00 recebia a visita de um médico cardiologista para checagem da saúde, em seguida aulas de francês e alemão. No momento de "lazer", ela e seus pais iriam com os Malfoy, tomar chá da tarde e tratar de assuntos que sempre desconheciamos.

Alya Black

Nós chegamos às 16 em ponto, era um dia frio e o clima estava nublado lá fora. Papai e mamãe cumprimentam Narcisa e Lucius, sentando-se a mesa, e eu faço o mesmo.

Eu gostava de tomar café da tarde com os Malfoy... por mais que a presença de Draco tornasse tudo sempre pior.

Mas hoje, todos pareciam... tão calados. Algo deveria ter acontecido, e é claro que eu não me meteria.

-Então... Rodolfos. O que achou da escola, para Alya? -Pergunta Lucius, quebrando todo o silêncio angustiante.

-Hogwarts é boa. Mas eu ainda preferia ter colocado-a em Beauxbatons. -Responde meu pai, com desdém.

-Beauxbatons fica do outro lado do oceano... hogwarts não é tão ruim assim. -Diz Narcisa, de forma doce.

-Hogwarts não é mais a mesma, irmãzinha. -Diz mamãe. -Os sangue-ruins tomaram conta de lá.

-Tenho certeza que Draco está mostrando as companhias certas para Alya. -Diz Lucius.

-Haha... claro que estou. -Draco diz sem ânimo. -Aliás... estão tomando cuidado com as trancas da casa?

-O que tem as trancas? - Pergunta Rodolfos.

-Bom... já que o notório assassino Sirius Black está a solta, temos que ter cuidado com a casa. -Draco diz com um sorrisinho em minha direção.

Mas espera... o que ele tinha acabado de dizer? Sirius Black estava solto...?

-O-o que? -Era a primeira coisa que eu dizia naquela mesa.

-Draco! -Narcisa o repreende.

-Vai ter que tomar muito... muito cuidado agora Blackzinha... para que ele não apareça debaixo da sua cama! -Draco pula me dando um susto. E depois ri.

-Draco, pare de brincadeira ridícula agora! -Narcisa continua.

-E-eu... como foi que ele fugiu? -Digo, completamente assustada.

-Não se preocupe querida... ele não pode chegar perto de você. E os dementadores vão encontrá-lo. Vai ver. -Meu pai me diz, acalmando-me.

-Sirius Black não passa de um tonto... ele nunca vai conseguir lhe encontrar, querida. -Desta vez, Bellatrix diz.

Eu não conseguia acreditar que Sirius Black estava solto. O homem dos meus pesadelos, aquele no qual eu mais tive medo em toda a minha vida, estava livre...
Eu sabia que ele desejava me encontrar. Por mais que eu achasse que sua fuga tinha outros propósitos, sabia que ele viria atrás de mim, e assim que me encontrasse, me mataria.

Eu o odeio... odeio com todas as minhas forças.
O odeio por estragar a família.
Odeio por ter matado minha mãe.
E odeio... por ele ter se tornado quem se tornou.

Eu nunca seria filha dele.

...

Alya Black: O início do fim.Onde histórias criam vida. Descubra agora