Salve uma vida, e ela lhe será grata para sempre

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Oi meu povo, como vcs tem passado? Estava lendo mt fanfic esses dias e uma delas me deu vontade de escrever e por isso estou aqui novamente.

Não sei o que será dessa fic, nem se vou terminar de escrever ela, mas pretendo que seja bem triste como vocês perceberão ao decorrer da mesma. Temas como suicídio, agressão verbal, alguns conteúdos que podem causar gatilho então fica aqui o aviso para vocês que, por favor, não leiam se for fazer mal de alguma forma.

Eu espero que gostem, espero terminar também kk. Boa leitura ❤️

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O vento frio da noite soprava seus cabelos e fazia seu corpo arrepiar, mas tudo estava bem,

Ou tudo ficaria bem.

Era o que pensava, ao suspirar enfim tentando juntar a coragem necessária para cumprir o que tinha ido fazer àquela hora da madrugada, naquela ponte dos suicidas.

Caminhando por ela anteriormente, antes de encontrar o ponto exato de onde iria se jogar, podia ver as frases que teoricamente serviriam como uma forma de impedir o que tinha ido fazer.

"O que está incomodando você?"

Deveria parar o que estava fazendo e conversar sobre seus dilemas ali sozinha? Não tinha ninguém. Nem uma pessoa próxima a ela naquele momento que poderia lhe fazer aquela pergunta de fato. Era patético, por isso ela sorri ao ler aquela frase.

Inala o ar profundamente enquanto fechava os olhos, e expira sentindo uma lágrima descer isolada pela sua bela face.

Sentia que tinha falhado. Mais uma vez.

Sua intenção era se manter firme e terminar o mais rápido possível o que decidiu fazer, mas lá estava ela, hesitando outra vez, com medo outra vez.

A primeira vez foi com onze anos de idade, sua mãe correu para o pronto socorro quando a viu desmaiada no chão, depois de ter tomado toda a cartela de seus comprimidos que honestamente não sabia para que serviam naquela época. Pensando sobre isso agora se convence que tudo que tem de memórias até agora são deprimentes e tristes.

Escapou naquele dia. Uma lavagem intestinal e um puxão de orelha do doutor simpático, que chamava sua atenção da forma mais gentil possível.

Sua segunda tentativa veio logo depois, um ano depois pra ser mais exata, com duas cartelas ingeridas dessa vez, os seus próprios remédios dessa vez, e uma esperança de que daria certo. Não deu.

Decidiu que remédios não lhe serviriam, tentou um novo método.  Os avós moravam em um prédio de nove andares, no quinto andar. Uma janela sem grades e uma altura significativa que certamente faria ter sucesso. Ledo engano. Estava tão errada. Era isso ou tinha um propósito na terra afinal.

Talvez soubesse bem qual era. Sofrer.

Pois desde que se lembra sua vida foi apenas sofrimento até agora, e é isso que a faz estar em cima de uma ponte prestes a uma nova tentativa de tirar sua vida.

Um suspiro sai de seus lábios, e logo seus olhos se abrem novamente, as lágrimas que os envolviam não permitia que a garota enxergasse com clareza, tudo que Joohyun via agora era escuro e embaçado. Um sorriso preenche seus lábios. Frio, escuro e embaçado. Tal qual seus pensamentos sobre si mesmo, do mesmo modo que ela enxergava seu presente e futuro.

Joohyun não percebe quando seu rosto é banhado em lágrimas e seu corpo treme pelos soluços que lhe atingem, sendo honesta ela não entende o motivo de divagar tanto agora. Era como se seus pés estivessem colados sobre o chão que eles ainda tinham, lhe impedindo de se mexer.

Borderline - Seulrene Onde histórias criam vida. Descubra agora