Quando dois caminhos opostos se cruzam, eles nunca mais se separam.
Elisa Martin parece ter a vida dos sonhos de qualquer médica cirurgiã. Ela trabalha em um dos melhores hospitais gerais do Brasil, mas sua vida é bem diferente daquilo que ela deixa...
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4837Palavras
"A culpa está queimando dentro de mim. No fundo, estou machucado. Não consigo conviver com esse sentimento. Então, ponha a culpa na noite. Não me culpe"
Calvin Harris - Blame
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Quatro e meia da madrugada meu despertador tocou.
Quatro e meia da madrugada eu acordei.
Quatro e meia da madrugada o inferno começou.
Me sentei na cama coçando os olhos e passando as mãos pelos cabelos desgrenhados, sem rumo e desnorteada.
Como eu odeio voltar para a rotina exaustiva do trabalho depois de um mês inteiro de férias relaxantes.
Acordar cedo não é, e nunca foi minha praia, mas infelizmente, venho fazendo isso a mais de dois anos desde que ingressei minha difícil carreira em um dos melhores hospitais do país.
O Hospital Romanov Sant' Nicolau.
Ao me levantar da cama, caminhei em direção às cortinas do quarto, e ao abri-las pude ver gotas de chuva batendo e caindo levemente sobre a janela. O céu ainda estava escuro, e tudo o que se via na rua era apenas uma imensa nevoa carregada de solidão, que era iluminada por postes de luz.
Uma madruga fria e angustiante para alguns, assim como o quadro O Grito, de Edvard Munch.
Hoje é uma sexta, hoje é treze. Para os mais supersticioso considerado um dia de infortúnio, para mim, um ótimo dia.
Me direciono para a cozinha em busca de fazer o meu café da manhã e começar o meu dia bem.
Ligo a televisão para ouvir a previsão do tempo em um canal de notícias vinte quatro horas.
