Coisas que eu esqueci (importante)

764 20 0
                                    

Como eu falei no última capítulo eu sou extremamente desatenta e por isso eu resolvi escrever este capítulo. Tem SURPRESINHA PARA VOCÊS no final!
Antes de tudo, aliás, obrigada demais pelos 7k de leitores! Amo vocês!

• 1

Na história eu esqueci completamente da famosa "safe word" (palavra segura), aqui a safe word foi basicamente o senso da Lorena, que é uma palavrinha para a pessoa falar enquanto estiver rolando e ela não gostar de algo e/ou simplesmente querer parar,  ela é extremamente importante até entre casais que realizam no relacionamento o BDSM, pois, obviamente, dependendo do nível do que está acontecendo a pessoa saí completamente ferrada psicologicamente e fisicamente, a Jenny é completamente insana, ela foi totalmente baseada em um transtorno psicológico, não numa masoquista "normal" mas sim em um transtorno, o transtorno personalidade masoquista.. Mas geralmente masoquistas (ou sadomaso) são um pouco (talvez até demais) diferentes dela, pois repito: ELA FOI ESCRITA EM CIMA DE UM TRANSTORNO.  Eu retratei ela até mais leve que eu pensei, realmente.. ia ser bem mais doentio do que foi, mais dramático, assassinatos, surtos da Jenny, como uma pessoa real como ela seria (talvez tirando a parte assassinato), teve um tanto de romance fofinho  e o famoso: amor (ou obsessão). Se você se identifica muito com a Jenny procure terapia urgentemente. Procure ajuda mesmo, não tô brincando.

• 2

Depois de uma pessoa praticar o BDSM com outras pessoas precisa ter um "aftercare" ou cuidados depois no português,  se for em casos que a praticamente for torturada, numa língua mais fácil, é lógico que a pessoa vai precisar de uma pomada cicatrizante, um banho, carinho, uma conversa. Na real, para mim, não só em casos de BDSM, mas para mim em qualquer sexo deveriam ter um aftercare, acho a coisa mais adorável do mundo este tipo de afeto quando você ama alguém e enxerga como um ser humano, o que é o básico, e depois de dar prazer para aquela pessoa você dar um carinho, toma um banho junto.. sejam assim, permita que sua parceira se apaixone por você todo dia. Enfim, no último conto eu esqueci totalmente disso no final e a Lorena foi dormir KKKKK, é sobre isso, foi erro meu mas isso não deve acontecer na vida real.

• 3

Talvez em algum dia e momento vocês terão uma surpresa com um livro contando a vida da Jenny, eu montei tudo na minha cabeça antes mesmo desta história sair mas não escrevi quase nada, só um pouquinho da infância dela (vou deixar um pedacinho aqui embaixo disso, ignorem qualquer errinho, nem revisado tá) e acabei parando de escrever pois fiquei agoniada comigo mesma imaginando o que eu escrevia ou.. lembrando, uma parte escrevi baseado em fatos reais neste livro e no que talvez exista (o da Jenny). Abaixo um acontecimento da vida da Jenny com 8 anos, se vocês se perguntaram: como ela é tão esperta com essa idade?. Nesta idade eu já pensava em morte.. então, não sei como retratar uma criança CRIANÇA.

Hoje a aula com a tia Gabriela acabou bem mais cedo do que o normal, e eu, infelizmente teria que ir para casa mais cedo e com meu cabelo embaralhado por conta de Olívia, dou risada com meu pensamento.
- Porque você está rindo? - Olívia coloca o queixo no meu ombro rindo e pergunta.
- Nada, coisa minha. - Continuo rindo.
- Quer que mamãe te leve até sua casa hoje? A aula dela acabou mais cedo. - Faço não com a cabeça e Olívia sai de meu ombro, começa a arrumar as coisas dela e eu faço o mesmo.
Após chegar na saída da escola, pego minha bicicleta nos braços e a carrego até a rua, sempre ia para casa de bicicleta pois meus pais, por conta dos negócios, não tinham tempo para vir me buscar na escola assim como os pais de outras crianças. Às vezes eu me sentia um pouco triste por isso, com inveja e raiva das crianças que tinham pais mais legais que os meus, porém ao mesmo tempo era bom poder explorar as ruas pedalando até chegar em casa e poder passar em várias vendas locais.
Hoje eu ia passar por uma avenida que nunca tinha passado por pura curiosidade, era uma rua extensa, só a observava quando passava reto até a rua ao lado dela, nela tinha alguns bares com várias pessoas e floriculturas do outro lado, ao esquerdo bares e na direita floriculturas. Resolvo entrar em uma das floriculturas, amava cheirar algumas flores. Desço da bicicleta roxa e pequena que eu tinha e ando com ela até o local, lá começo cheirando uma rosa bem avermelhada logo na entrada, até que um senhor se aproxima de mim.
- Ei menina - Ela vem sorrindo até mim e eu sorrio de volta. - bom dia, vai levar alguma flor para sua mãe? - Porque sempre achavam que eu ia levar alguma coisa para minha mãe? Era quase sempre assim em todos os locais que eu entrava.
- Ainda não sei.. talvez. - Eu não ia levar nada, o senhor volta até o caixa e eu cheiro outras flores, depois saio e volto a andar até o final da rua, para virar a esquerda e andar mais uma rua inteira, minha casa ficava no final dela. Mas antes de chegar lá, um homem em um dos bares no final da rua gritou por mim.
- OLHA! - Ele tosse, eu paro a bicicleta e o encaro por alguns momentos. - É A FILHA DA MERIELE, COMO ELA TÁ BONITA. - Ele tosse novamente e logo vejo que ele segurava uma garrafa de vidro, não sabia o que era aquilo, mas ele parecia estressado igual meus pais mais cedo, gritando. - VOCÊ TEM UM NAMORADINHO, QUERIDA? - Ele vem chegando na minha direção sorrindo, meus olhos arregalam e eu subo novamente na bicicleta, começo a pedalar mais rápido, alguns minutos depois já não vejo mais o velho e já estou na outra rua. Paro a bicicleta e desço, respiro fundo, perdi o ar. Depois volto e logo chego em casa. Como sempre, ninguém está em casa e estou sozinha, meus irmãos ainda estavam na escola. Eu tinha dois irmãos, uma menina e um menino. Aurora tinha 15 anos e era a mais velha. Diego tinha 11, apenas 4 anos mais velho que eu. Os dois estudavam de tarde, enquanto eu estudava pela manhã. Mamãe sempre buscava o Diego na escola, mas Aurora também voltava sozinha, no caso dela ela voltava de ônibus.

A SALA N°7 // LÉSBICO ⚢ [professora e aluna] Onde histórias criam vida. Descubra agora