[001] tommy lee

641 26 1
                                    


𝗢𝗣𝗣𝗢𝗦𝗜𝗧𝗘𝗦 𝗔𝗧𝗧𝗥𝗔𝗖𝗞

Tommy Lee era o nome do homem que eu amava odiar, eu conheci ele fazia pouco mais de cinco meses e eu o odiava com todas as minhas forças, o considerava uma pessoa forçada e superficial fazendo de tudo para chamar atenção

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Tommy Lee era o nome do homem que eu amava odiar, eu conheci ele fazia pouco mais de cinco meses e eu o odiava com todas as minhas forças, o considerava uma pessoa forçada e superficial fazendo de tudo para chamar atenção. Nosso círculo de amizade era o mesmo ou seja eu sempre era obrigada a conviver com ele, parece que a cidade ficava pequena para nós dois, eu sempre encontrava ele, na casa das minhas amigas, amigos, nas festas, nos shows e até em um estabelecimento as três da manhã comprando bebidas.

Ao decorrer do tempo começamos a achar que aquilo só poderia ser algum sinal do destino ou apenas atração sexual como preferir chamar, apesar de todos os muitos defeitos que eu enxergava nele ele era o cara que sempre estava lá quando eu precisava então não demorou muito tempo para começarmos a ter um caso, apenas sexo de início e talvez um pouco mais quando estávamos tristes ou precisando de um pouco mais de atenção.

No final de semana Nikki me chamou para mais uma de suas festas malucas, depois de tentar ir para a cama comigo algumas centenas de vezes e eu ter recusado todas elas viramos amigos de longa data. A casa estava bem cheia porém não me impediu de avistar Tommy assim que coloquei os pés no lugar, nossa energia era como uma espécie de imã, eu conseguia sentir a presença dele independente do lugar ou da multidão e ele compartilhava o mesmo porque assim que coloquei os olhos nele ele retribuiu o olhar junto com um sorriso irresistível.

Ele estava do outro lado da sala com uma garota loura que parecia sair da primeira página de uma revista pornô, eu tentava não olhar mas era mais forte que eu, tentava reprimir meu ciúme mas era tarde demais ele refletia no meu humor, fiquei lá por cerca de dez minutos antes de me levantar, estava quase indo embora quando me encontrei com Nikki no caminho da saída e ele me puxou de volta para o bar, eles sempre faziam isso, toda vez que eu falava que estava indo embora algum dos quatro me serviam mais um copo de bebida até eu esquecer, não que eu esteja reclamando.

— Que cara é essa? — Nikki perguntou.

— Nada demais, apenas vi um fantasma — virei toda a minha bebida de uma vez — mais uma, por favor! — gritei para o garçom.

— Vai com calma gatinha, ele não é o único homem do mundo — ele disse rindo para si mesmo.

— O que você quer dizer com isso? — eu perguntei dando um gole no meu novo drink.

— Fala sério! Todo mundo já sabe, acha mesmo que Tommy esconderia que está fodendo uma mulher como você?

Aquelas palavras foram como um chute na boca do estômago, eu perdi todos os meus sentidos e acabei me engasgando com a bebida tossindo descontroladamente, isso era uma das últimas coisas que esperava escutar na vida.

— Eu e ele? Não! Apenas não! Somos completamente o oposto um do outro — disse tentando recuperar o fôlego.

— Bem S/N, os opostos se atraem — escutei Nikki murmurar antes de sair em direção a um grupo de garotas.

Aquilo explodiu como uma bomba na minha cabeça, ontem eu o odiava e hoje as pessoas sabiam que eu estava abrindo as pernas para um rockstar e não qualquer rockstar, justo o que eu jurava ser o mais idiota que eu já conheci na minha vida. Eu peguei minha bolsa a ajustando no meu ombro e caminhei novamente em direção a saída, do lado de fora enquanto procurava as chaves do carro escutei a voz da última pessoa que eu queria encontrar naquele momento.

— Ei, onde você está indo? — Tommy gritou.

— Não te interessa! — eu gritei de volta pegando as chaves no fundo da minha bolsa.

Tommy correu em minha direção e assim que abri a porta do carro ele a fechou novamente antes de eu conseguir entrar e deixando o braço fixo na porta me impedindo de conseguir abri-la.

— É que você saiu tão depressa que me deixou preocupado, está tudo bem?

— Você está prestando muita atenção em mim, deveria dar mais atenção pra sua companhia ela é muito mais interessante — eu disse entredentes.

— Não vai me dizer que está com ciúmes? — ele perguntou entre risos.

— E ainda acha engaçado, você é realmente um grandíssimo filho da puta!

— Eu não consigo te entender, você me deixa louco! Você mesma diz que não quer nada sério comigo — ele disse, não deixando de sorrir.

— Isso não significa que eu não goste de você, você é a pessoa mais imatura, mesquinha e egoísta que eu já conheci mas infelizmente eu gosto de você, e o que eu posso fazer? Queria eu não gostar — eu disse tão rápido que tive que parar pra conseguir respirar — agora tem como tirar a mão da porra do meu carro?

— Porra, isso foi um pedido de casamento? — o sorriso do seu rosto cresce ainda mais.

— Eu te odeio tanto, precisamos acabar com isso antes que mais pessoas saibam — murmurei.

— Relaxa S/N, não precisa disso — o sorriso no seu rosto pela primeira vez se desfez — Eu concordo, nós somos muito diferentes e sim você está a anos luz de mim mas temos uma coisa em comum, gostamos um do outro — ele disse segurando meu rosto.

— Isso é mais difícil pra mim do que pra você, eu quero estar com um cara que queira estar comigo também e disposto a fazer dar certo, e não é com você que eu vou conseguir isso — respondi com um fio de voz.

— Eu posso não ser o exemplo de homem e namorado que você estava esperando mas eu te juro que vou tentar ser até o último dia da minha vida. Você precisa dar uma chance pra nós, eu amo você e faria qualquer coisa pra não te perder — ele disse quase implorando, seus olhos brilhavam.

Era a primeira vez que ele me dizia um "eu te amo" e isso me fez olhar ele com outros olhos, por um segundo eu pude imaginar o resto da minha vida com ele, coisa que eu não conseguia fazer por mais que eu gostasse dele. O amor realmente faz as pessoas amadurecerem de uma forma natural e as vezes na marra quando preciso, o que foi o caso dele.

— Qualquer coisa mesmo? — perguntei com um sorriso ainda tímido.

— Aham, qualquer coisa! — ele afirmou.

— Eu também te amo Tommy.

O sorriso de Tommy voltou a aparecer em seu rosto, ele me beijou, um beijo tão lento que era como se enrolássemos para não acabar nunca. Assim que seus lábios se separaram dos meus escutamos um grito vindo dos degraus de mármore na entrada da casa.

— Desgraçado, filho da puta! — a loira que estava com Tommy gritou, seus olhos conseguiam transmitir sua raiva.

— Vamos amor, pé na tábua! — ele gritou saltando para dentro do carro.

Assim que liguei pisei tão forte no acelerador que era possível escutar o barulho dos pneus no asfalto por todo o bairro, olhando no retrovisor eu conseguia ver a mulher tentando nos apanhar gritando os mais absurdos palavrões direcionados a nós enquanto nos acabávamos de rir.

— Não seu preocupe, Vince cuidará muito bem dela — Tommy disse.

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 𝐑𝐎𝐂𝐊𝐒𝐓𝐀𝐑𝐒Onde histórias criam vida. Descubra agora