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Quando comecei a namorar com Mark, tive a sensação de que nada e nem ninguém poderia me fazer mais feliz que ele.

Tudo era tão lindo que até seus defeitos eram como pétalas de rosas para mim... O problema é quando a magia acaba e os olhos do amor vão se abrindo.

Uma vez ouvi que quando a realidade entra pela porta, o amor sai pela janela e isso nunca tinha sido tão lógico até eu vivenciar isso.

Quando a magia acaba, você precisa amar a pessoa com quem está de uma forma profunda e madura, se não, não existe a menor possibilidade de dar certo.

O beijo não encaixa mais, o carinho parece ter espinhos e o sexo... O sexo ruim sem a magia da paixão é insuportável.

Eu juro! No início eu conseguia procurar por momentos em que Mark acertava o lugar do clitóris e aproveitar cada um deles, eu conseguia tentar me movimentar para que ele acertasse o ponto onde meter e nem me importava em fingir orgasmo.

O ponto é que eu cansei de fingir e cansei, principalmente, de assumir o papel de fazer alguém me amar.

Desde que terminamos, decidi que viveria a minha vida da forma mais intensa e à flor da pele possível. Que não deixaria para depois nenhuma oportunidade de me sentir feliz.

E é exatamente isso que estou fazendo agora.

— Lembrou de colocar o protetor de copo na bolsa, né? — Clara, minha melhor amiga, grita do banheiro enquanto eu passo mais uma camada de máscara de cílios, tentando deixar minha penugens meramente apresentáveis.

— Sim. Coloquei um pra você também. 

— Eu já disse que te amo?

— Não, mas eu bem que merecia ouvir. —Brinco e a ouço sorrir baixinho.

— Ah, que péssima amiga eu sou! Deus!

— Sim, melhore. — Dou uma última olhada no espelho, verificando se tudo está em ordem para a ocasião.

A calça com aspecto de couro casa perfeitamente com o coturno que eu estava esperando desesperadamente uma ocasião para usar, mantendo tudo no preto, o cropped com cruzamento na cintura me faz sentir menos exposta. — Qual casaco devo colocar? — Pergunto e espero a resposta de Clara, mas ao invés de responder ela vem até a porta do quarto, me olhando como se eu tivesse, num passe de mágica, adquirido mais um par de olhos e um terceiro peito estivesse vazando da roupa. — O quê?

— Vai estragar esse look com um casaco? Já não estou feliz com o fato de você estar desprezando o vestidinho maravilhoso que te dei no seu aniversário, agora vai jogar uma coisa para te cobrir ainda mais?

— Clara, pelo amor de Deus! A festa é em uma espécie de mausoléu em ruínas!

— Não é bem assim. Ana já foi em uma das festas deles e disse que o lugar é assustador, mas é bem organizado e seguro. Tem vários quartos, onde alguns são trancados por cadeados, o corredor é iluminado por velas de LED e o bar é de fazer inveja. — Ela para ao meu lado e passa as mãos pela bunda coberta apenas por uma miniatura de vestido. — Mas o que esperar? É organizada só pelos riquinhos babacas da cidade.

— E ainda assim... Nós vamos.

— É claro! Eu não passaria um dia conversando com nenhum deles, mas eu quero MUITO dar para o gostoso do Jason. — Ela solta a frase e morde o lábio, rindo pra mim como se tivesse acabado de compartilhar seu maior segredo.

— Vai com calma, tá? Lembra das nossas regras! Não vamos nos afastar sem avisar e só saímos juntas ou depois de avisar que está saindo e com quem.

O irmão mais novo do meu exOnde histórias criam vida. Descubra agora