A aranha nojenta

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13/04/1944 BOLONHA, Itália
A guerra transforma o homem, não existia amor nas trincheiras frias e imundas, só havia dor, dor essa que estava impressa no olhar dos combatentes, todos ali no campo de batalha eram apenas homens, de fendendo uma ideologia ou defendendo sua nação a guerra lhes tira tudo inclusive a vida e a esperança, que se vai com o último suspiro de um soldado baleado.
Carlos e seus companheiros se preparavam para partir em direção a Itália.
Os combatentes brasileiros estavam em Bolonha, uma cidade italiana que ainda não tinha sido tomada pelos fascistas, lá eles encontraram os membros do esquadrão de blindados dos EUA juntos eles iriam tomar Montese e recuper a Itália. Carlos não dormia ha algumas noites, ele já esteve em outros confrontos, mas nenhum lhe causara tanta agonia quanto esse. Sentado próximo a uma janela do local onde estava descansando, Carlos fumava um cigarro enquanto olhava para o céu escuro, o vento frio levava a fumaça pelo escuro. O lidar do esquadrão de Carlos, tenente Fernando, se aproxima do rapaz
- Está frio não é? Dizia Fernando enquanto sentava próximo de Carlos.
- Sim tenente. Sabe eu me pergunto se isso tudo vale realmente a pena, estamos aqui lutando em uma guerra que não é nossa, por terras onde muito provavelmente não iremos pisar novamente.
- Carlos. Quando você entrou neste esquadrão fez um juramento, jurastes proteger e servir tua pátria, os fascistas mexeram conosco ao atacar a frota marítima e agora lutaremos para honrar nossa bandeira, como todos dizem por aí, a cobra está fumando.
- Seu discurso é inspirador, mas já não tenho esperanças, eu lutei junto a soldados mês passado, não como aviador, eu estava no meio do campo, no meio dos tiros eu estava em uma trincheira que fedia a podridão, a guerra tem cheiro de cadáveres em decomposição tenente, o senhor sabe você viu, viu os corpos ouviu os tiros, os gritos, eu jamais conseguirei ser quem eu já fui tenente, eu escuto os tiros enquanto durmo meus olhos estão fundos, os seus estão tenente.
Fernando abaixa a cabeça e começa a chorar baixo.
- Eu sinto falta da minha filha Carlos, eu queria ver minha esposa ao menos mais uma vez. Dizia o tenente com as lagrimas escorrendo. - Eu luto por elas, Carlos, o que será de nós de se os fascistas recuperarem sua força? Estamos quasse vencendo essa batalha, só precisamos aguentar um pouco mais Carlos. Ainda com tristeza no olhar, Carlos dá um sorriso e palmadinhas nos ombros de Fernando.

No dia 14/04 de 1944 os aviadores brasileiros entraram em seus aviões, os soldados, norte americanos dirigiam seus tanques blindados em direção a montese, os aviões rasgavam o céu escuro da madrugada, Carlos pilotava um dos aviões junto de seus am...

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No dia 14/04 de 1944 os aviadores brasileiros entraram em seus aviões, os soldados, norte americanos dirigiam seus tanques blindados em direção a montese, os aviões rasgavam o céu escuro da madrugada, Carlos pilotava um dos aviões junto de seus amigos. Os tanques tremiam a terra por onde passavam, Bolonha sentia a guerra, fazendas destruídas, ruas imundas, corpos no chão. Os combatentes seguiram rumo ao seu destino.
Ao se aproximarem de Montese o cheiro de morte pairava no ar, trincheiras que agora eram valas de cadáveres podres tornavam o local desagradável em níveis extremos, os aviões brasileiros chegaram atirando no campo inimigo, a chuva de disparos derrubou muitos inimigos, os blindados, norte americanos disparavam loucamente no campo inimigo a cena era horrivel, homens no chão, tiros, gritos, granadas.
Os aliados não sabiam que os fascistas tinham armas pesadas e blindados que eram capazes de destruir aviões.

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⏰ Última atualização: Jan 22 ⏰

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