Thalassa Holt viveu nas Ilhas Elysian por 26 anos sem saber que seu nascimento - e sua permanência - na mesma eram parte de um plano muito maior e mais antigo que muitas civilizações. No entanto, Thalassa não podia ser contida e quando sua mãe desap...
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Luke Castellan ainda tinha pesadelos com os momentos em que Cronos tomou seu corpo para si. Eram sempre os mesmos: Ele não conseguia sequer se mexer enquanto Cronos matava pessoal e ferozmente cada uma das pessoas que votou a favor que Luke tivesse uma segunda chance: Annabeth, Percy, Groover, Quíron…
Sempre acordava com o coração agitado, encharcado de suor, o que o fazia confundir com o sangue do sonho. Olhando ao redor, Luke passou a mão pelos cabelos escuros, emaranhados e úmidos, enquanto puxava o ar para dentro dos pulmões, devagar. Respirar doía. Segurar o choro doía. Tudo nele doía.
No entanto, enquanto repetia mentalmente que era só um sonho, que Cronos estava morto e completamente derrotado, a respiração de Luke foi voltando ao normal e ele se permitiu olhar ao redor, percebendo o olhar de alguns de seus irmãos em seu Chalé.
Todos, sem exceção, eram mais novos que eles e alguns, nem mesmo sabiam sobre o que aconteceu. Fazia parte do acordo selado entre ele e os deuses: Luka Castellan passaria o resto dos dias ajudando a treinar os novos semideuses, até que, enfim, os deuses achassem conveniente dar a ele, uma jornada de Redenção.
Era muito mais do que ele achava (e sabia) que merecia, tendo em vista tudo que aconteceu nos últimos anos. E se isso tinha acontecido, foi porque Percy Jackson havia interferido em seu favor, apesar de Luke tê-lo traído.
Era justamente o rosto do garoto ensanguentado que ele ainda via como resquícios do seu pesadelo. Inspirando mais ar e tentando conter o tremor, Luke fechou os olhos e encostou a cabeça no travesseiro, ciente que todos ainda o olhavam. Erguendo a mão em um sinal de rendição e forçando um sorrisinho, Luke anunciou:
-Foi só um pesadelo. Está tudo bem!
Aos poucos, o costumeiro burburinho do Chalé de Hermes foi tomando conta da manhã e Luke não conseguiu voltar a dormir, apesar de ter continuado imóvel em sua cama, sem ânimo para absolutamente nada.
Ele sabia que tinham dias que eram melhore, dias que eram piores. Dias que ele se sentia tão grato pela segunda chance que dava quase toda sua comida em oferendas e dias que ele se sentia tão culpado que só levantava da cama quando o Senhor D. ameaçava encher o colchão dele de Coca Cola.
Provavelmente, aquele era um dos dias oficiais da desanimação e, por coincidência, era sempre após um pesadelo. Parecia que o Universo queria castigar - E com razão- Luke,pois era só ele começar a se sentir levemente feliz, que os pesadelos vinham.
-Castellan! - A voz do Senhor D. soou ao longe. - Luke, acorda!
Abrindo os olhos, Luke percebeu que dormiu em algum ponto novamente. Um sono pesado, sem sonhos. Quase quis cair no soco com Dionísio antes de lembrar que ele era um deus e Luke… Bem, já havia confrontado deuses por mais de uma vida.
