She wolf

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(essa música vai ser super importante ao decorrer do EP então escutemmm)

Bati a porta do banheiro com toda a força do mundo e a tranquei, me apoiei na pia e fechei os olhos com força, eu estava morrendo de raiva, abri meus olhos me deparando com a minha imagem no espelho que ali havia, eles estavam vermelhos, sinal de lágrimas de pura raiva vindo. E então, desabei, comecei a chorar baixinho.
Não queria que o causador de tudo isso ouvisse. Meu subconsciente sussurrava-me que eu não deveria chorar por Castiel, ele era um idiota, eu já deveria estar acostumada a ser tratada assim, por ele, como um nada.
Nenhuma garota gosta de se sentir apenas mais uma, nenhuma garota gosta de se sentir uma vadia. Com exceção de Debrah, claro. Enxuguei minhas lágrimas com força, machucando um pouco meu rosto, eu estava com muita raiva, eu poderia matar Castiel com sua própria arma, eu odiava o que aquele babaca fazia comigo, simplesmente odiava. E ele ainda deixava bem claro que eu era somente dele, mas não como alguém que ele goste e sim, como uma marionete, com a qual ele podia fazer tudo o que quisesse, uma manonete idiota. E o pior... Sabe o pior? Eu era totalmente rendida a ele, eu não entendia o porquê. Como eu podia me apaixonar logo por ele? A verdade era, que eu podia ver algo a mais em Castiel, algo a mais em seus olhos, podia sentir que ele era mais do que isso, mais do que esse idiota que ele aparenta ser. Ou eu apenas estivesse errada, e pelo visto, eu estava.

Eu cai na dele, eu deixei me envolver por ele, eu deixei ele me seduzir, ele não era o total culpado, ou era, por não deixar eu me afastar dele, por não deixar eu tomar meu rumo, por simplesmente querer que eu fosse sua. Ok, eu também me culpo, pois apesar de tudo, ele nunca escondeu esse jeito babaca dele, e mesmo assim, eu deixei me levar. Eu me apaixonei.
Já estava naquele banheiro tentando conter minha raiva havia mais ou menos trinta minutos, estava sentada no chão, envolvendo meus braços em meu joelho e com a cabeça baixa, até que ouvi fortes batidas na porta.

-Abre essa porta, S/n. Veilmont ordenava tentando manter a calma.

- Isso não é um saco de pancadas, é uma porta, e você é um porra. - Gritei.

-Sem gracinhas e abre isto de uma vez, garota. Ele dizia autoritário do lado de fora.
- Por que?
-Porque eu quero,
- Querer não é poder, me deixa. - Falei.
- Eu vou arrombar essa porta, igualzinho eu fiz com você. - Ele era ridículo. -Olha o respeito, seu idiota. E faz o que quiser, a casa é sua, o prejuízo e seu também.
-Abre,S/n. Eu quero falar com você. - Ele estava quase derrotado.

-Que droga, Veilmont. Me deixa, vai lå foder suas vadias. Me larga de mão, poxa. Depois ainda vem dizer que eu fico no seu pé. - Eu gritava dentro daquele banheiro. E aliás, me esquece, eu não sou sua. Não quero essa vidinha, minha vida já está ruim o suficiente. Obrigada.- Falei e logo as batidas na porta cessaram, o silêncio.pairou, respirei fundo a fim de afastar as lágrimas, mas elas vieram mais uma vez e dessa vez, o motivo era minha droga de vida.

Eu já estava há uma hora e meia dentro daquele banheiro, até que eu cansei, já estava um pouco mais aliviada, mas ainda bem magoada em relação à Veilmont, porém eu não podia me afastar, evitá-lo ou algo do tipo, eu estava em seu território por completo agora. Destranquei a porta do banheiro com cuidado, respirei fundo mais uma vez, olhei-me rapidamente no espelho para ver meu estado e abri..

A casa estava silenciosa, como se não houvesse ninguém e acho que realmente não tinha. Talvez eles tivessem havido outro imprevisto ou coisa

para resolver, o que me deixou mais aliviada ainda.

- Já acabou o show? - Ouvi aquela rouquidão atrás de mim. Virei-me. Ele estava lá. O ignorei e abri a porta do quarto de hóspedes, quando fui fechar a porta, senti sua força contra a minha. - Você acha que é quem garota? Me ignora e ainda quer fechar a porta na minha cara. Até parece que tem alguma moral. - Eu não aguentava mais ouvir os xingamentos cruéis de Castiel.

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